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Giorgio Cosulich/Getty Images

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Ciao, Berlusconi? O regresso do homem que todos julgavam estar acabado

Depois de condenado por evasão fiscal e impedido de desempenhar cargos públicos até 2019, a carreira de Berlusconi parecia ter acabado. Agora, é favorito nas eleições de 4 de março — mas com reservas.

Silvio Berlusconi deu o primeiro passo na sua fulgurante carreira a enganar. Aos 25 anos, este filho de uma família de classe média tinha acabado de receber um generoso empréstimo de Carlo Rasini, dono do Banco Rasini, onde o pai de Berlusconi era funcionário, para construir um prédio na Via Alciati, em Milão.

Quando a construção já estava encaminhada, Silvio Berlusconi percebeu que não havia dinheiro para fazer um escritório de vendas de raiz. Então, pediu a Carlo Rasini que lhe arranjasse “um escritório antigo e mal-amanhado, daqueles que há nos estaleiros de construção”. E assim chegou-lhe às mãos uma barraca de madeira, que ele próprio tratou de embelezar. De tronco nu, sob o sol de julho, Silvio Berlusconi comprou tinta azul — a sua cor preferida — e entregou-se à pintura do futuro stand de vendas.

De rolo na mão e sem camisola, o jovem Silvio foi abordado por um casal que estava interessado em comprar uma das casas. “Percebi que não lhes podia dizer que o fulano de rolo de tinta na mão também era o diretor executivo da firma”, recordou ao jornalista Alan Friedman, para a biografia “My Way” (sem edição portuguesa, mas cuja versão cinematográfica está disponível no Netflix). Então, com um sotaque bronco, disse que ia “já chamar o chefe”.

Apressadamente, Silvio Berlusconi foi para dentro da barraca de madeira, vestiu uma camisa e uma gravata, saiu lá de dentro com o seu melhor sorriso de vendedor e dirigiu-se ao casal com uma pronúncia refinada. Quando os dois potenciais compradores disseram que tinham ainda há pouco visto um jovem parecido com ele, Silvio Berlusconi respondeu: “Ah, sabem, é o meu primo… Ele não é muito inteligente, mas temos de ajudar a família”.

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Conversa para aqui, conversa para lá, Silvio Berlusconi conseguiu ali, com aquela pequena dissimulação, exatamente aquilo que queria: vendeu o seu primeiro apartamento, dando um dos primeiros passos para chegar a bilionário e ao posto de pessoa mais rica de Itália.

Além de ter criado um império mediático, Silvio Berlusconi comprou o A.C. Milan, em 1986. Em 2017, vendeu o clube. (Claudio Villa/Getty Images)

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Nas décadas que se seguiram, Silvio Berlusconi tornou-se num dos homens mais importantes de Itália. Na construção, nos anos 60, foi o responsável pela Milano Due, uma cidade nos subúrbios construída de raiz para um público da classe média-alta. Na década de 1970, quebrou o monopólio da televisão pública em Itália e criou a primeira estação privada do país, que evoluiu para um império mediático que ainda hoje detém. Nos anos 80, comprou um dos melhores clubes de futebol de Itália, A.C. Milan, e tornou-o num dos melhores do mundo.

E, em 1994, após o escândalo de corrupção conhecido como Mãos Limpas ter implodido o sistema político italiano, Silvio Berlusconi fundou o partido Forza Italia e venceu as eleições para ser o primeiro primeiro-ministro da Segunda República. Eram os anos da “revolução liberal” de Silvio Berlusconi, que, apesar das interrupções típicas da instável política italiana, foi o homem que marcou a política daquele país na transição entre séculos. Governou entre 1994-96, 2001-2006 (cinco anos que lhe valeram o título de primeiro-ministro que mais tempo esteve no cargo desde o fim da Segunda Guerra Mundial) e 2008-2011.

Ao contrário do que os parágrafos anteriores podem sugerir, a carreira empresarial e política Silvio Berlusconi não foi marcada apenas pelos vários sucessos, mas também pelos vários encontros com a justiça. Foi assim ao início — o dinheiro que financiou o primeiro prédio, o tal da barraca de madeira, vinha de um banco suíço onde vários mafiosos italianos tinham conta —, foi assim no meio — além de ver alguns dos seus homens de confiança serem presos, Silvio Berlusconi foi acusado de suborno, corrupção, fuga ao fisco, abuso de poder, ligações à máfia, entre outros, sendo absolvido nalguns casos e ilibado noutros por prescrição dos alegados crimes — e foi assim durante aquilo que se pensou ser o seu fim — marcado em 2011 pelo caso Rubygate, onde foi acusado de ter relações sexuais com uma prostituta menor; e em 2013 por uma condenação por fuga ao fisco, crime que lhe valeu uma interdição de exercer cargos públicos até 2019.

O regresso do Cavaliere

Aos 81 anos, Silvio Berlusconi era tido por muitos como um nome do passado. Porém, nos últimos meses, à medida que o recorrente prenúncio de eleições antecipadas surgia em Itália, o líder do Forza Italia voltou para a primeira linha do combate político. Se esse gesto pode não ter surpreendido os mais cínicos, o mesmo não se pode dizer sobre a possibilidade cada vez mais provável de Silvio Berlusconi ser o vencedor das eleições de 4 de março.

À medida que essa data se aproxima, as sondagens são cada vez mais risonhas para Silvio Berlusconi e para a sua coligação de centro-direita. Embora o Forza Italia tenha projeções entre os 15% e os 20%, o que lhe valeria um terceiro lugar de forma autónoma, o ex-primeiro-ministro italiano estendeu a mão a três partidos da extrema-direita e da direita populista: a Liga (antiga Liga Norte), os Irmãos de Itália e o Nós com Itália.

Todos somados, as sondagens conferem ao bloco encabeçado por Silvio Berlusconi valores que quase batem nos 40%. Ou seja, bem à frente do Movimento 5 Estrelas (M5S, que as sondagens colocam entre os 25% e os 30%) e o Partido Democrático (PD, que deverá ter entre 20% e 25% dos votos).

“Berlusconi sempre teve a capacidade de ir para debaixo de água durante algum tempo e voltar quando há umas eleições por perto. Ele consegue desaparecer e mais tarde aparecer de tal forma que a maior parte das pessoas não vai ligá-lo à situação atual.”
Lorenzo Pregliasco, analista político e fundador do YouTrend

É como se, aos 81 anos, Silvio Berlusconi voltasse a repetir a graça daquela tarde quente de julho de 1961 em que vendeu os seu primeiro apartamento. Ciente de que não estava em condições para continuar no poder, afastou-se um pouco da vista de todos. Nesse período, respirou fundo, mudou algumas coisas, afinou outras e preparou-se para vencer.

“Berlusconi procurou reinventar-se para estas eleições e parece tê-lo feito com sucesso”, explica ao Observador Lorenzo Pregliasco, analista político especializado em sondagens e fundador do YouTrend. “Desta vez, ele procura passar a imagem de um homem inteligente e experiente, que sabe muito bem o que está a fazer, porque nada disto é novo para ele”, conta. A ideia fica clara quando se lê o slogan de campanha do Forza Italia: “Honestidade, experiência, sabedoria”.

Berlusconi admite que o Movimento 5 Estrelas é o seu maior adversário e diz que o movimento de Beppe Grillo é uma "seita" (ALBERTO PIZZOLI/AFP/Getty Images)

ALBERTO PIZZOLI/AFP/Getty Images

Mas será que a essa lista se pode adicionar “sorte”? Quando se coloca esta pergunta a Roberto D’Alimonte, diretor do departamento de Ciência Política da universidade LUISS Guido Carli, a resposta é um rotundo “não”. “Berlusconi tem duas coisas: capacidades e recursos”, diz, numa entrevista por telefone. “E os escândalos em torno dele, desde os mais complexos aos mais mediáticos, como as festas Bunga Bunga, não prejudicaram em nada, nem as suas capacidades, nem os seus recursos.”

Lorenzo Pregliasco explica que entre as capacidades de Silvio Berlusconi está a noção de timing político. “Berlusconi sempre teve a capacidade de ir para debaixo de água durante algum tempo e voltar quando há umas eleições por perto. Ele consegue desaparecer e mais tarde aparecer de tal forma, que a maior parte das pessoas não vai ligá-lo à situação atual.”

Com eleições à porta, e após sete anos sem Silvio Berlusconi, em que Itália passou por um governo tecnocrático (de Mario Monti) e por três primeiro-ministros do centro-esquerda (Enrico Letta, Matteo Renzi e Paulo Gentiloni), a economia italiana cresce a um ritmo de 0,2% do PIB (números do último trimestre de 2017), está com uma taxa de desemprego global de 10,8% e de 32,7% entre jovens e atravessa uma aguda crise de imigração. Desde 2011, o ano em que a Primavera Árabe levou a um pico de partidas migrantes e refugiados para Itália por mar, sobretudo a partir da Líbia, cerca de 630 mil pessoas chegaram a Itália.

“Nunca justifiquei a evasão fiscal. Pago 73% de impostos e não fujo ao fisco nem com um euro. Quem paga um terço, fá-lo de forma voluntária e quem paga 50% fá-lo de má vontade. Mas quem paga mais de 60% é vítima de extorsão do Estado.”
Silvio Berlusconi

Numa linguagem clara mas parca em pormenores, como é seu hábito, as grandes promessas de Silvio Berlusconi procuram responder às questões presentes no parágrafo de cima. Para revitalizar a economia, o líder da Forza Italia promete uma flat tax de impostos, para que todas as pessoas passem a pagar 23% de taxa sobre o seu rendimento — à exceção daqueles que ganham 12 mil euros anuais, que não pagariam nada. Além disso, prometeu o aumento da pensão mínima de reforma para mil euros mensais, o que colocaria os reformados com menores rendimentos — entre os quais Silvio Berlusconi sempre foi favorito — isentos de impostos.

“Eu nunca justifiquei a evasão fiscal”, disse Silvio Berlusconi, referindo um dos poucos crimes que o levaram a uma condenação, numa duas suas entrevistas em televisão, que têm sido praticamente diárias nos últimos dias, tanto em canais que lhe pertencem, como noutros. “Eu pago 73% de impostos e não fujo ao fisco nem com um euro. Quem paga um terço, fá-lo de forma voluntária e quem paga 50% fá-lo de má vontade. Mas quem paga mais de 60% é vítima de extorsão do Estado.”

Berlusconi promete uma flat tax de 23% sobre os rendimentos — e quem receber até 12 mil euros por ano deixará de pagar impostos, segundo o seu programa (Franco Origlia/Getty Images)

Franco Origlia/Getty Images

Outra proposta de Silvio Berlusconi diz respeito ao número de migrantes em Itália. “Hoje, em Itália, temos pelo menos 630 mil migrantes, dos quais só 5% [30 mil] têm o direito de estar no nosso país ou na Europa porque são refugiados”, disse o ex-primeiro-ministro, referindo-se ao período entre 2013 e 2017. Os números de Berlusconi estão errados, porque nos últimos quatro anos entraram não 30 mil, mas sim 119 mil refugiados, ou seja, 18,9% do total de entradas em vez dos 5% referidos. Os 30 mil de que fala Berlusconi dizem respeito apenas ao número de refugiados que chegaram ao país em 2017. Mas a polémica surgiu quando Silvio Berlusconi disse: “Os outros 600 mil são uma bomba social pronta explodir, porque estão prontos a cometer crimes”. De seguida, prometeu maior vigilância, mais policiamento e mais controlo de fronteiras e nas estradas. “É absolutamente prioritário voltar a controlar a situação.”

Estas declarações de Silvio Berlusconi, feitas a 4 de fevereiro, têm um contexto. Dias antes, a 1 de fevereiro, um imigrante nigeriano, Innocent Oseghale, foi detido por suspeitas de ter assassinado Pamela Mastropietro. O corpo da jovem italiana de 18 anos foi encontrado desmembrado e guardado em duas malas encontradas nos arredores da cidade de Macerata. Dois dias depois, a 3 de fevereiro, Luca Traini, 28 anos, ex-candidato da Liga em Macerata, disparou sobre seis imigrantes negros, naquilo que as autoridades determinaram como um atentado com motivações raciais.

“Hoje, em Itália, temos pelo menos 630 mil migrantes, dos quais só 5% [30 mil] têm o direito de estar no nosso país ou na Europa porque são refugiados. Os outros 600 mil são uma bomba social pronta explodir, porque estão prontos a cometer crimes."
Silvio Berlusconi

Foi neste contexto que Silvio Berlusconi falou sobre os 600 mil migrantes que diz estarem “prontos a cometer crimes”, faltando apenas prometer deportações em massa — coisa que não faz. Aliás, na mesma entrevista, prometeu antes chegar a acordo com os países do Norte de África e falou a favor de um “grande Plano Marshall” para aquela região a ser pago pela União Europeia, pelos EUA e os países do Golfo arábico.

Para Lorenzo Pregliasco, Silvio Berlusconi procura passar a imagem de um político moderado, até em temas fraturantes como o da imigração, porque sabe que este colhe junto de vários quadrantes políticos. “Em Itália, uma grande parte da população, até no centro-esquerda, tem uma postura muito cética em relação à imigração”, diz o analista. Segundo uma sondagem do Demos & PI de setembro de 2017, 46% de italianos diziam que os imigrantes eram um perigo para a ordem pública e segurança.

O facto de referir que 600 mil migrantes estão “prontos a cometer crimes” e no fôlego seguinte prometer um “grande Plano Marshall” pode parecer um paradoxo — e, para Roberto D’Alimonte é mesmo. Mas, ao contrário da maioria dos paradoxos, este tem uma explicação. “Para ser o maior partido do centro-direita, o Forza Italia precisa de pegar no tema da imigração, onde a Liga tem uma vantagem competitiva sobre Berlusconi”, explica. “Por isso, é apenas uma questão de competição pré-eleitoral. Depois das eleições logo se vê.”

“Trump não me aquece nem me arrefece. Sobre Trump, posso dizer, tal como muita gente, que gosto da Melania. Pela sua beleza, pelo seu estilo e pelo seu charme.”
Silvio Berlusconi

Enea Desideri, investigador no think-tank Open Europe, vê mais pragmatismo e moderação em Silvio Berlusconi do que radicalismo no que toca a temas como a imigração. “Ele está apenas a fazer contas para conseguir chegar a uma maioria sólida”, refere.

Por isso, as comparações com Donald Trump — que quando anunciou a sua candidatura, no longínquo ano de 2015, referiu que os imigrantes mexicanos “estão a trazer drogas, estão a trazer crime, são violadores” — têm limites, de acordo com os especialistas contactados pelo Observador. “Berlusconi é mais moderado do que Trump”, sublinha Roberto D’Alimonte. E o próprio Silvio Berlusconi também rejeita a comparação ao Presidente dos EUA. “Não me aquece nem me arrefece”, respondeu, em relação a essa ideia. E, depois, completou com uma tirada sui generis: “Sobre Trump, posso dizer, tal como muita gente, que gosto da Melania. Pela sua beleza, pelo seu estilo e pelo seu charme”.

Berlusconi de chaves na mão ou um impasse à italiana?

Apesar de os números serem mais sorridentes para Silvio Berlusconi do que para os seus adversários, o mais certo é que o Cavaliere encontre ainda assim vários obstáculos pelo caminho. Alguns, podem mesmo barrar-lhe uma nova subida ao poder.

O primeiro desafio será mesmo conseguir que a coligação pré-eleitoral do centro-direita chegue a uma maioria absoluta. O novo sistema eleitoral italiano, que vai ser estreado a 4 de março, prevê a atribuição automática de 340 assentos parlamentares (54% da Câmara dos Deputados) a quem quebrar a barreira dos 40% dos votos.

“O PD está com 21%, o M5S está com 27% e o centro-direita está com cerca de 39%, 40%”, disse Silvio Berlusconi numa entrevista recente. “Só nós podemos assegurar uma maioria de governo. Eu digo não a qualquer outro governo que não saia das urnas”, disse.

"Pode dar-se o caso de Berlusconi ser o manda-chuva com pouco mais de 15% do votos. Do ponto de vista social e político, é uma situação muito periclitante."
Roberto D’Alimonte, diretor do departamento de Ciência Política da universidade LUISS Guido Carli

Mas o caminho não é tão linear quanto Silvio Berlusconi parece sugerir. Primeiro, porque ele próprio foi condenado a não poder exercer cargos públicos até 2019. O impedimento surge na sequência da aprovação de um decreto-lei, já depois da condenação de Berlusconi, onde ficou determinado que qualquer pessoa condenada por um tribunal perderia o direito de exercer cargos públicos durante um período mínimo de 6 anos.

Os advogados de Silvio Berlusconi recorreram desta decisão, defendendo que o decreto-lei foi uma medida ad hominem para impedir uma nova incursão política do ex-primeiro-ministro. A próxima etapa é no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, mas não deverá haver uma decisão antes das eleições. Assim, mesmo que as urnas o ponham em posição de ser primeiro-ministro, a lei afasta-o desse caminho.

Depois, apesar de as sondagens lhe serem favoráveis, o êxito do Forza Italia está longe de ser certo. Na maioria dos estudos de opinião, a Liga está a morder os calcanhares ao partido de Silvio Berlusconi. E, no caso de a Liga ficar em primeiro entre aquele bloco, Matteo Salvini já garantiu várias vezes que é ele quem deve ser primeiro-ministro.

Berlusconi fez uma coligação pré-eleitora com a Liga (de Matteo Salvini, à esquerda) e os Irmãos de Itália (de Giorgia Meloni, à direita) (ALBERTO PIZZOLI/AFP/Getty Images)

ALBERTO PIZZOLI/AFP/Getty Images

Silvio Berlusconi, da sua parte, promete-lhe o lugar de ministro do Interior caso seja o Forza Italia o partido mais votado entre o centro-direita. Porém, nesse caso, Roberto D’Alimonte aponta para um cenário de “crise social e política”. “Pode dar-se o caso de Berlusconi ser o manda-chuva com pouco mais de 15% do votos”, refere o académico. “Do ponto de vista social e político, é uma situação muito periclitante.”

Além disso, existe também a possibilidade de o bloco do centro-direita ficar aquém dos 40%. Nesse caso, caberá ao bloco mais votado encabeçar as negociações para uma coligação ampla, onde teria obrigatoriamente de figurar o PD ou o M5S. Mas, quanto a essa hipótese, Silvio Berlusconi pede para não contarem com ele. Uma coligação do Forza Italia com o PD só será possível de uma forma, segundo Silvio Berlusconi: “Só se o PD assinar o meu programa”. E o M5S parece estar fora de questão, com o ex-primeiro-ministro a definir o movimento populista como o seu maior adversário — e não só. “É difícil dizer que o M5S é um partido, porque é praticamente uma seita que recebe ordens de um comediante velho que muda de opinião da noite para o dia”, disse.

Perante o cenário em que nenhum partido chega a uma maioria, Roberto D’Alimonte prevê um “bloqueio em toda a ordem”. “Se não tivermos maioria, teremos [o atual primeiro-ministro Paolo] Gentiloni e depois vamos de novo a votos”, disse Berlusconi. Neste “vamos” subentende-se um “vou”, como quem volta à barraca de madeira e, passado um pouco, regressa em força.

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