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Internacionalizar, crescer, estabelecer mais parcerias, melhorar produto, captar mais investimento. São estes os desejos dos fundadores da Science4You, Cuckuu, Followprice, Tripaya, Indie Campers, Inviita, Line Health, Mub Cargo, Prodsmart, CrowdProcess e Attentive para o próximo ano. Depois de, em 2016, Portugal ter acolhido aquele que é considerado o maior evento de tecnologia e inovação da Europa, a Web Summit, são muitas as expectativas sobre qual será a evolução do ecossistema empreendedorismo em 2017. Que resoluções têm, afinal, estes líderes para o próximo ano?
Miguel Pina Martins (Science4you): “Crescer está sempre no nosso ADN”
“Queremos continuar a crescer com valores superiores a 50%. É um desafio bastante grande pois, neste momento, o nosso volume da faturação começa já a chegar a níveis grandes que dificultam esse crescimento exponencial. Mas para uma startup como nós, crescer está sempre no nosso ADN. Queremos continuar a levar os brinquedos portugueses o mais longe possível e trabalhar muito, muito, muito. E, acima de tudo, queremos manter o foco no que é importante. Neste momento ‘só dependemos de nós’ para conseguir cumprir [esses objetivos].
No que toca ao ecossistema, esperamos que continue a crescer ao nível das novas startups mas acima de tudo que comecemos a ter exits (empresas que saem da esfera dos investidores porque vão para o mercado ou porque são adquiridas por outra empresa) grandes em Portugal. É muito importante existirem histórias de sucesso internacionais para que o investimento aumente exponencialmente. Nada como histórias de sucesso, do início ao fim, para tornar este investimento o mais viral possível”.
João Jesus (Cuckuu): Ir além fronteiras
“O grande desejo do Cuckuu para 2017 é a internacionalização. Depois de termos provado o conceito e de termos criado parcerias em Portugal com marcas como o Benfica, achamos que estamos agora prontos para atacar mercados mais competitivos como o do Estados Unidos e mostrar todo o nosso potencial. Objetivo: fazer com que o nosso crescimento possa acelerar exponencialmente. Para isso, estamos a tratar de obter parcerias para investimento e também com várias marcas internacionais, que utilizem o Cuckuu na sua estratégia de social media. Temos também vários criadores de conteúdos prontos para começarem a divulgar o Cuckuu”.
Vasco Moreira (Followprice): Mais 1 milhão de pessoas a poupar
“A definição de desejos leva-nos ao estabelecimento de objetivos sempre importantes para o alcance dos nossos desejos, mas que servem também de guia e caminho àquilo que vamos fazer num determinado período de tempo. O maior desejo dos fundadores da Followprice para 2017 é que todo o mundo possa viver melhor, mais feliz, com paz e muita alegria. É com estes ingredientes em mente que a Followprice se propõe a um grande desejo: chegar ao final do ano sabendo que ajudámos mais de um milhão de pessoas a poupar tempo e dinheiro nas suas compras online. Para atingir este objetivo teremos necessariamente de trabalhar arduamente, com muita vontade, dedicação e muita paixão”.
André Ramos (Tripaya): Tornar o Tripaya “uma marca global”
“Este foi o ano do nosso lançamento, onde conseguimos alcançar grandes feitos, como por exemplo, termos sido considerados o melhor site de viagens para o Blog de Lifestyle New in Town, termos vencido o Global Startup Awards, termos também vencido a edição portuguesa e a final europeia do Startup Tour Europe, ou termos sido escolhidos pela Forbes como uma das melhores 25 startups em Portugal. Em 2017 queremos tornar o Tripaya numa marca global, expandir para fora de Portugal e crescer nos cinco continentes. Parece ambicioso, mas na realidade já temos utilizadores de mais de 100 países diferentes. Num setor como o do Turismo, não faz sentido estar confinado a uma geografia. Para tal estamos a fechar parcerias com players globais de referência que nos permitirão alcançar esta meta”.
Hugo Oliveira (Indie Campers): Entrar em mais 60 destinos europeus
“Para 2017, temos três grandes objetivos. Primeiro, tornar o nosso produto ainda melhor, tanto ao nível das autocaravanas como na experiência e no serviço ao cliente. Temos vindo a estabelecer relações com parceiros nacionais e internacionais de elevada reputação e com anos de experiência no mundo das autocaravanas, desde o design à produção. Além disso, ouvir o feedback dos nossos acionsistas e dos nossos clientes, que são mais de 6.500 até à data, tem-nos dado informações preciosíssimas sobre qual a direção a seguir.
Segundo, expandir para a Europa abrindo 60 novas localizações incluindo Itália, França, Suíça, Bélgica, Ilhas Canárias, Córsega e Sardenha. Temos vindo a combinar a aquisição estratégica de empresas locais com o estabelecimento de alianças com intervenientes locais líderes no mercado. Para reforçar o processo de internacionalização, iremos catalisar o conhecimento e a experiência da nossa estrutura atual, com a abertura dos novos locais a ficar a cargo de talentos que já fazem parte da casa.
Terceiro, aumentar a nossa equipa através da atração e retenção de talento de topo para áreas como marketing digital, comercial, financeira, atendimento ao cliente e recursos humanos. Procuramos pessoas apaixonadas, com conhecimento e com experiência, que partilhem os valores e espírito Indie Campers, para serem integradas num ambiente descontraído mas desafiante e de muita responsabilidade, onde terão a oportunidade única de ter impacto direto no negócio. Temos neste momentos várias oportunidades em aberto, com o objetivo de aumentar a equipa até cem pessoas nos próximos meses e não apenas para Portugal.
Iremos continuar a trabalhar para proporcionar a liberdade de movimento e o prazer do turismo sobre rodas, inspirando e conectando viajantes de todo o mundo com destinos europeus inesquecíveis”.
Bernardo Véstia (Inviita): Chegar aos 200 mil utilizadores
“2017 é um ano de grande importância para a Inviita. Desejamos chegar aos 200 mil utilizadores, crescendo na América Latina e na Ásia. A nossa base de utilizadores está maioritariamente concentrada na Europa e queremos ajudar pessoas a descobrir o que fazer em todo o mundo. Queremos o mesmo para os clientes dos nossos parceiros e, por isso, vamos lançar uma nova área de negócio, à qual chamamos Powered by Inviita. Vamos lançar já em janeiro a primeira aplicação Inviita para Android e uma nova versão da nossa galardoada app de iPhone. Desta forma, vamos conseguir chegar a uma enorme parte do mercado que são os utilizadores de Android. Com esta nova versão da aplicação será ainda mais fácil descobrir sugestões que satisfaçam os nossos estados de espírito. Na área do Powered by Inviita estamos a preparar mais novidades com o grupo Pestana, bem como com outros parceiros que iremos anunciar em breve”.
Carlos Palhares (Mub Cargo): Lançar app para Android
“O nosso grande desejo é lançar a nossa nova versão da aplicação, desta vez multiplataforma com Android e Web, e validar bem o nosso modelo de negócio. É um ano crucial para a MUB Cargo onde pretendemos crescer significativamente no país, afinar processos e o modelo de negócio para depois internacionalizar. Estamos na primeira fase de abertura de capital da empresa e precisamos de concretizar com sucesso a captação de investimento. Temos um plano de investimento em marketing, reforço da equipa de desenvolvimento e em infraestruturas de apoio e, naturalmente, necessitamos de mais investimento. É um desafio num país onde o ecossistema económico para apoiar e investir neste tipo de empresas ainda está longe da dimensão de outros mercados mais maduros, mas vamos para 2017 com um roadmap bem definido para conseguirmos executar a primeira fase do projeto com sucesso”.
Diogo Ortega Pereira (Line Health): Adaptar e reagir rapidamente
“O que eu desejo para este novo ano é que o encaremos todos com um espírito empreendedor: atitude positiva face à incerteza, capacidade para identificar e resolver problemas, e poder de adaptação e reação rápida caso as condições se alterem. Acima de tudo, espero que apliquemos as lições que aprendemos em 2016 (e que foram muitas), para redefinir estratégias e continuar em frente na direção certa.”
Gonçalo Forte (Prodsmart): Oferecer um produto “dez vezes melhor”
“O desejo, ou melhor, a resolução da Prodsmart, é diária e permanente: crescer sempre, crescer muito e interligar todas as fábricas do mundo, ajudando-as a produzir cada vez mais e melhor. A nossa grande visão é acabar com as necessidades de guardar stock no planeta, transformar a produção de bens numa barra de download e interligar o consumidor ao processo produtivo. Trabalhamos todos os dias para dar 10 a 0 ao papel. Queremos construir uma equipa de topo, melhorar o nosso produto constantemente, adicionar novos mercados na Europa e nos Estados Unidos da América e dar aos nossos clientes o melhor produto que eles alguma vez tiveram, tornando-o 10 vezes melhor”.
Pedro Fonseca (Crowdprocess): Apostar no mercado americano
“O nosso grande desejo para 2017 é conseguir convencer cada vez mais instituições financeiras que a crescente competição, a instabilidade económica e as alterações regulatórias não as impedem de adotar novas tecnologias. Para tal, vamos continuar o trabalho que temos desenvolvido com uma vasta rede de parceiros, de bancos a reguladores, de fintechs (startups de tecnologia financeira) a consultores. Os resultados que o James tem obtido nestes últimos meses permitem-nos afirmar que, apesar dos crescentes obstáculos, é possível diminuir o crédito malparado ou até mesmo aumentar o portefólio das instituições financeiras, sem incorrer em mais riscos e respeitando a regulação bancária. Apesar de mantermos o foco na Europa, esta é uma mensagem que iremos também levar para os Estados Unidos, um mercado no qual vamos apostar fortemente em 2017″.
Tiago Martins (Codeplace): Ser uma empresa “100% remote”
“Queremos tornar a Codeplace numa empresa 100% remota. O objetivo é atrair o melhor talento e melhorar os processos de organização internos, de maneira a fasear diferentes fusos horários”.
Francisco Lé (Attentive): Abrir escritórios além fronteiras
“O grande desejo do próximo ano é a internacionalização e abertura de escritórios fora do país. Temos tido várias empresas interessadas em usar a nossa tecnologia e, apesar de querermos continuar com operações em Portugal, ter uma presença fora será fundamental para o nosso crescimento. No nosso caso, o mercado mais importante é o dos Estados Unidos, onde metade do software empresarial mundial é faturado. É também lá que a maioria das empresas com quem queremos colaborar estão baseadas. Já estamos em conversações para perceber qual o melhor caminho a tomar, sendo que o queremos fazer através de um veículo de investimento ou parceria”.