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Os militares foram lestos a adaptar o recém-inventado avião aos seus propósitos e, ao longo da I Guerra Mundial, a guerra aérea foi desempenhando papel progressivamente mais importante, à medida que o progresso tecnológico ia disponibilizando aparelhos mais rápidos, sólidos, fiáveis e bem armados. Porém, em 1914-18, a guerra aérea travou-se sobretudo no do domínio do reconhecimento e dos combates entre aviões, tendo os bombardeamentos desempenhado papel secundário. A Alemanha foi o beligerante que mais apostou neste domínio, bombardeando a Grã-Bretanha, primeiro com zeppelins e, quando estes se revelaram demasiado vulneráveis, com bombardeiros pesados. Os estragos infligidos não foram, porém, significativos, pois a capacidade de carga dos bombardeiros era reduzida – o total de bombas lançado sobre a Grã-Bretanha durante a guerra ficou-se por 300 toneladas – e a precisão do bombardeamento deixava muito a desejar, pelo que a maioria das bombas falhou os alvos militares e matou sobretudo civis.

No período entre-guerras os progressos foram muito rápidos e a Guerra Civil de Espanha assistiu ao tristemente célebre bombardeamento de Guernica pela Legião Condor (sobre Guernica e as primeiras décadas do bombardeamento aéreo, ver “Há 80 anos, a tragédia de Guernica foi a glória de Picasso”), que deixou perceber que o bombardeiro se tornaria numa arma letal e decisiva nas guerras vindouras.

Se as primeiras bombas foram pouco mais que petardos e se durante os primeiros tempos as bombas eram “genéricas”, não tardou que começassem a desenvolver-se bombas para fins específicos – perfurantes, de alto poder explosivo, incendiárias, de fragmentação, anti-bunker. E, à medida que a capacidade de carga dos bombardeiros foi aumentando, começaram a surgir bombas cada vez mais pesadas – até chegarmos à ATIBP, cujo efeito um general russo descreveu assim: “tudo o que está vivo se evapora”.

Nesta selecção, ficaram de fora as bombas nucleares, de fissão e fusão, que são, por si, um assunto autónomo – a excepção são as duas únicas bombas nucleares que foram usadas em contexto bélico: a de Hiroshima e a da Nagasaki.

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Tallboy

Origem: Grã-Bretanha
Estreia: Túnel ferroviário em Saumur, na França ocupada pelos nazis, a 9 de Junho de 1944
Peso: 5.400 Kg

A Tallboy foi concebida para causar um “efeito de terramoto”: deveria ser lançada da maior altitude possível, de forma a penetrar o mais profundamente possível no solo antes de explodir. Possuía uma silhueta aerodinâmica, de forma a maximizar a velocidade de impacto (que se dava a velocidades supersónicas), e um nariz reforçado, de forma a favorecer a penetração. Um dos objectivos da sua criação foi a destruição de bunkers, túneis e outras estruturas contra as quais as bombas convencionais se revelavam ineficazes. A sua grande dimensão – 6.40 metros de comprimento – fazia com que apenas os bombardeiros Avro Lancaster fossem capazes de a transportar.

As Tallboys foram usadas com sucesso contra fábricas e locais de lançamento de mísseis V-1 e V-2 e contra os bunkers que os alemães tinham construído nos portos franceses (Le Havre, Boulogne, Brest) para abrigar os seus submarinos. Outra vítima das Tallboys foi o couraçado alemão Tirpitz, gémeo do Bismarck, que foi danificado num fiorde norueguês, num ataque a 15 de Setembro de 1945, e acabou por ser afundado num segundo ataque em Tromsø, na Noruega.

[Mini-documentário sobre Tallboys e Grand Slams]

Grand Slam

Origem: Grã-Bretanha
Estreia: Viaduto de Schildesche, em Bielefeld, Alemanha, 14 de Março de 1945.
Peso: 10.000 Kg

A Grand Slam era um desenvolvimento da Tallboy e era uma resposta à estratégia alemã, face aos bombardeamentos maciços dos Aliados, de transferir instalações fabris e militares para o subsolo e construir bunkers cada vez mais resistentes. A Grand Slam foi especialmente concebida para penetrar nas mais resistentes estruturas. Foi usada com sucesso contra pontes, viadutos, túneis e abrigos para submarinos, mas, quando entrou ao serviço, a guerra estava praticamente ganha e só foram lançados 45 destes engenhos.

Dadas as suas dimensões e peso só podia ser transportada por Avro Lancasters (ou Boeing B-29 Superfortress) especialmente modificados.

Lancaster larga uma Grand Slam

Bombas de ricochete

Origem: Grã-Bretanha
Estreia: 16-17 Maio de 1943, nas barragens de Möhne, Edersee e Sorpe, no vale do Ruhr, Alemanha.
Peso: 4.200 Kg

Antes de ter inventado a Tallboy e a Grand Slam, Barnes Wallis, um engenheiro do ramo aeronáutica da Royal Navy, teve de conceber uma bomba destinada a resolver um problema espinhoso: o objectivo a destruir eram as barragens na zona do Ruhr, que não só eram extremamente resistentes como eram protegidas por redes submarinas anti-torpedos. A solução foi uma bomba saltitante (“Bouncing bomb”) que era largada a muito baixa altitude e ia fazendo ricochete sobre a superfície da albufeira (efeito que era potenciado pela sua forma cilíndrica e por o mecanismo de lançamento a colocar em rotação a alta velocidade), até embater na barragem, abaixo da superfície, o que tinha efeito destruidor muito mais poderoso do que uma explosão ao ar livre.

As bombas de ricochete acabaram por ter uma única (e espectacular) aplicação, na Operação Chastise, recorrendo a 30 Avro Lancasters modificados, que destruiu duas barragens (e danificou outra) no vale do Ruhr e causou graves inundações a jusante, que se saldaram em 1600 mortos. A operação seria recriada no filme britânico The Dam Busters (1955), de Michael Anderson, com Michael Redgrave no papel de Barnes Willis.

[Excerto de um documentário sobre as bomba de ricochete e a Operação Chastise]

https://youtu.be/-_EDXw5qr04

Fritz X

Origem: Alemanha
Estreia: Raid contra a frota italiana no porto de Augusta, na Sicília, 21 de Julho de 1943.
Peso: 1362 Kg, dos quais 320 Kg de explosivo

Os alemães, como os japoneses, nunca conseguiram desenvolver bombardeiros pesados com elevada capacidade de carga, pelo que também não investiram em bombas que se aproximassem da Tallboy ou da Grand Slam – a sua bomba mais pesada era a SC2000, de 1953 Kg. Por outro lado, foram pioneiros nas bombas guiadas: a Fritz X (também conhecida como Ruhrstall SD 1400 X, Kramer X-1 ou FX 1400) foi o primeiro engenho do género a combinar precisão e poder destrutivo e (como as restantes bombas guiadas de primeira geração) foi concebida sobretudo para atingir navios, uma vez que a mobilidade destes fazia deles alvos difíceis.

A Fritz X não tinha meio próprio de propulsão: era largada a 3-4 quilómetros do alvo e guiada via rádio; operador seguia a trajectória da bomba graças a um dispositivo pirotécnico na cauda da bomba e controlava as aletas da cauda de forma a dirigir a sua queda. O seu nariz reforçado estava desenhado para penetrar as blindagens mais espessas.

A bomba equipou alguns bombardeiros Heinkel He 177 e Dornier Do 217 e provou as suas qualidades a 9 de Setembro de 1943, num ataque à frota italiana, que, após a assinatura do armistício com os Aliados, abandonara o porto de La Spezia e se preparava para se entregar aos Aliados na Tunísia: as Fritz X afundaram o couraçado Roma e danificaram o seu gémeo Italia.

As Fritz X acabaram por não lograr muito mais sucessos, pois o seu lançamento exigia que os aviões se aproximassem do alvo a baixa velocidade e, após o lançamento, mantivessem rota e velocidade estáveis, de forma a não a perder de vista a bomba, o que fazia deles alvos fáceis.

[Mini-documentário sobre a Fritz X]

Henschel Hs 293

Origem: Alemanha
Estreia: 25 de Agosto de 1943, Baía de Biscaia
Peso: 1045 Kg, dos quais 295 Kg de explosivo.

A Henschel Hs 293 era uma bomba planadora, como a Fritz X, mas podia ser lançada de maior distância (até 12 Km). Na verdade, a Hs 293 era um híbrido, pois nos 10 segundos após o lançamento era impulsionada por um foguete e só depois planava em direcção ao alvo, controlada via rádio por um operador no avião. Acabava por ter limitações similares à Fritz X e a versão guiada por um sistema de televisão (que permitira que o avião lançador se afastasse) não chegou a ficar operacional antes do fim da guerra. De qualquer modo, a Hs 293 e a Fritz X podem ser vistas como as “mães” das “smart bombs” de hoje.

[Filmagens de época com a Hs 293]

AZON

Origem: EUA
Estreia: 14 de Junho de 1944, num ataque de bombardeiros Consolidated B-24 Liberator a uma ponte sobre o Somme em Ham, França.
Peso: 450 Kg

Os Aliados também tentaram desenvolver munições guiadas e o seu esforço mais conseguido foi a AZON (de “azimuth only”, designada oficialmente como VB-1), que funcionava segundo o princípio da Fritz X: a queda era controlada através da regulação das aletas da cauda, operadas via rádio, e o seu posicionamento era detectável por meio de um dispositivo pirotécnico na cauda. Uma evolução deste modelo, a RAZON, não chegou a ser usada em combate.

Bat

Origem: EUA
Estreia: Abril de 1945, ao largo de Bornéu, contra navios japoneses
Peso: 450 Kg de ogiva explosiva (a mesma usada na AZON) + 270 Kg de estrutura de voo e controlo

Já a Bat, uma bomba planadora desenvolvida pela Marinha dos EUA, representava um progresso assinalável, pois era guiada por radar e conseguiu, em situações de combate, atingir navios a 37 Km de distância.

[Testes com Bats, c. 1946]

Little Boy

Origem: EUA
Estreia: 6 de Agosto de 1945, Hiroshima, Japão
Peso: 4.400 Kg, dos quais 64 Kg de urânio enriquecido (dos quais, apenas 1 Kg sofreu o processo de fissão, gerando uma potência destruidora equivalente a 15.000 toneladas de TNT).

Little Boy, antes de ser carregada no avião que a lançaria

A bomba de Hiroshima, conhecida pelo nome de código Little Boy, não foi a primeira bomba nuclear a ser detonada: foi precedida de um teste, a 16 de Julho de 1945, que recebeu o nome de código Trinity e teve lugar em terra, no campo de ensaios de Alamogordo, no deserto do Novo México.

“Jumbo”, o contentor com a primeira bomba nuclear a ser detonada, é encaminhado para o local de teste em Alamogordo

Little Boy foi lançada de um Boeing B-29 Superfortress, o bombardeiro pesado de longo alcance usado na maioria dos raids americanos sobre o Japão. O avião era pilotado pelo coronel Paul Tibbets, que o baptizara com o nome da sua mãe, Enola Gay. Estima-se que tenha causado 69.000 mortos quando do impacto, não contabilizando as vítimas da radioactividade, que se foram acumulando durante décadas.

O B-29 “Enola Gay” aterra na base, no regresso da missão a Hiroshima

Os testes realizados em 1945 permitiram concluir que as bombas de plutónio eram mais eficazes do que as de urânio enriquecido, pelo que Little Boy deveria ter sido uma exemplar único. Porém, quando, em 1946, surgiram problemas no funcionamento dos reactores nucleares que produziam plutónio, foi decidido produzir alguns irmãos de Little Boy, “só para prevenir”. Entretanto, o problema na produção de plutónio foi resolvido e os seis Little Boys nunca chegaram a ser terminados.

Fat Man

Origem: EUA
Estreia: 9 de Agosto de 1945, Nagasaki, Japão
Peso: 4.670 Kg, dos quais 6.4 Kg de plutónio, com poder destrutivo equivalente a 21.000 toneladas de TNT.

A Fat Man também foi lançada por um B-29, desta feita o “Bockscar”, pilotado pelo major Charles W. Sweeney. O alvo original era Kokura, mas o tempo encoberto fez abortar as três tentativas de lançamento, pelo que o “Bockscar” rumou a Nagasaki, que estava designada como alvo secundário.

Fat Man

Fat Man era, como a bomba de Trinity, uma bomba de plutónio e era mais potente do que a de Hiroshima, mas causou menos vítimas no impacto – 35.000 a 40.000 mortos – pois explodiu num vale que limitou a propagação da onda de choque.

A fim de treinar os aviadores no lançamento da Fat Man, foi desenvolvida uma réplica, com forma e peso similares mas preenchida com explosivos convencionais, que ficou conhecida como “pumpkin bomb” e de que se fabricaram 486 exemplares.

Pumpkin bomb

T-12 Cloudmaker

Origem: 1948, EUA
Estreia: Ficou operacional em 1948
Peso: 20.000 Kg

A T-12 era uma “bomba de terramoto”, como as suas antecessoras, as Grand Slam e Tallboy britânicas. Foi concebida para ser lançada do Convair B-36 Peacemaker, um bombardeiro gigante da Força Aérea americana, com 70 metros de envergadura e um peso total, com carga máxima, de 120 toneladas – eram necessários seis motores a hélice e quatro reactores a jacto para deslocar este mastodonte. Tinha uma capacidade máxima de transporte de bombas de 39 toneladas (10 vezes a do Boeing B-17 Flying Fortress, o bombardeiro pesado mais utilizado pelos EUA na II Guerra Mundial). Apesar da vastidão dos seus compartimentos de bombas, estes tiveram de sofrer modificações para poderem albergar a T-12.

Um Boeing B-29 Superfortress, o maior bombardeiro da II Guerra Mundial (à esquerda) e o seu sucessor, o Convair B-36 Peacemaker (à direita). A foto data de 1948, quando da entrada ao serviço do B-36; os quatro reactores no extremo das asas só seriam instalados posteriormente

Deixou de figurar no arsenal dos EUA a partir do momento em que foi retirado de serviço o B-36, uma vez que nenhum outro avião tinha capacidade para a transportar.

Daisy Cutter

Origem: EUA
Estreia: 22 de Março de 1970, Long Tieng, Laos
Peso: 6.800 Kg (5.700 de explosivo)

É a “avó de todas as bombas”, pois foi ela que serviu de base ao desenvolvimento da MOAB (ver abaixo). O nome oficial é BLU-82B e Daisy Cutter (“cortadora de margaridas”) era a designação adoptada na gíria militar, podendo ver-se nela uma alusão à finalidade para que foi concebida originalmente: abrir clareiras na densa floresta do Sudoeste Asiático que permitissem a aterragem e decolagem de helicópteros ou a instalação de baterias de artilharia. Por esta razão, é programada para explodir no ar, antes do impacto.

É uma bomba “económica”, para o seu peso, pois os ingredientes da sua componente explosiva são baratos: nitrato de amónia e pó de alumínio.

Tal como a MOAB, é lançada pela rampa de um avião de transporte Lockheed C-130 Hercules (ou da sua variante de combate, o MC-130).

Foi usada nas selvas dos Vietnam e Laos e voltou a entrar em cena no Afeganistão, nomeadamente contra a rede de túneis e cavernas de Tora Bora.

MOAB Massive Ordnance Air Blast

Origem: EUA
Estreia: 13 de Abril de 2017 num ataque contra jihadistas do ISIS em Achin, na provínica de Nangarhar, no Afeganistão, junto à fronteira com o Paquistão. O primeiro teste data de 2003.
Peso: 9.800 Kg (8.500 de explosivo, envolvidos numa fina cápsula de alumínio)

É a bomba convencional mais poderosa do arsenal norte-americano e foi concebida por Albert L. Weimorts Jr., do laboratório de Investigação da Força Aérea dos EUA. É tão grande (nove metros de comprimento) que não cabe nos compartimentos de bombas dos bombardeiros, pelo que tem de ser “descarregada” pela rampa traseira de um avião de transporte Lockheed C-130 Hercules. Apesar de não dispor de meios de propulsão próprios, as suas aletas permitem algum grau de orientação durante a queda.

Os pais da “mãe”: Al Weimort (à direita), Joseph Fellenz (à esquerda) e um protótipo GBU-43/B

O nome oficial é GBU-43/B, mas é também designada por Massive Ordnance Air Blast ou pelo acrónimo MOAB, que deu origem, em linguagem popular a “Mother Of All Bombs”.

Apesar de não ser uma bomba perfurante, o seu poder explosivo é tal que a torna eficaz na destruição de redes de túneis e cavernas – e foi contra um alvo deste tipo que foi usada no ataque de 13 de Abril de 2017 no Afeganistão. A detonação terá causado 94 mortos entre os combatentes do ISIS e danos em edifícios a quilómetro e meio de distância.

https://youtu.be/i9H50tHiHjs

FOAB Father Of All Bombs

Origem: Rússia
Estreia: por estrear; primeiro teste a 11 de Setembro de 2007
Peso: 7.100 Kg

Uma vez que no mundo androcêntrico, a figura do pai está investida de maior autoridade do que a da mãe, quando a Rússia desenvolveu uma bomba considerada quatro vezes mais potente do que a MOAB, passou a ser designada por “pai de todas as bombas” – embora a designação oficial seja, em inglês, de Aviation Thermobaric Bomb of Increased Power (ATBIP). Embora seja menos pesada que a MOAB, a FOAB usa uma nova substância de alto poder explosivo, de forma que a sua detonação equivale à de 44 toneladas de TNT (11 toneladas de TNT no caso da MOAB). A detonação ocorre no ar, antes do impacto e gera uma onda de choque devastadora e temperaturas extremamente elevadas.

Foi concebido para substituir pequenas bombas nucleares no arsenal russo, possuindo poder destruidor comparável e a vantagem de ser “amiga do ambiente”, por não gerar radioactividade. O rigor dos dados divulgados sobre o poder destrutivo da FOAB têm sido contestados por especialistas militares americanos.

CBU-105

Origem: EUA
Estreia: 2003, durante a invasão do Iraque
Peso: 420 Kg

A CBU-105 não é das bombas mais potentes, mas é das mais engenhosas. É uma bomba de fragmentação (CBU vem de “Cluster Bomb Unit”), ou seja, uma bomba que se fragmenta em unidades menores, que, por sua vez, podem fragmentar-se em várias sub-unidades – o objectivo é atingir múltiplos alvos.

A CBU-105 é uma evolução da CBU-97 e consiste num engenho de 420 Kg que é orientado por um sistema de navegação que corrige os efeitos do vento para o posicionar sobre a área pretendida. É então que são ejectadas as 10 unidades BLU-108, que ficam suspensas de pára-quedas de forma a assumir posição vertical; ao aproximar-se da zona-alvo, o pára-quedas é cortado, os foguetes da BLU-108 são accionados, voltando a fazer subir o engenho, a rodopiar. De cada BLU-18 são, então, ejectadas quatro ogivas Skeet, cuja forma discóide tem semelhanças com os alvos usados no tiro ao prato (“skeet shooting”).

Cada Skeet está equipado com sensores de infra-vermelhos e laser, que escrutinam o terreno em busca de alvos cuja imagem seja análoga a tanques e outros veículos militares e quando o encontram disparam um projéctil perfurante. Em condições ideais, uma única CBU-105 tem potencial para atingir simultaneamente 40 blindados e cobre uma área de cerca de seis hectares.

Se os sensores do Skeet não detectam nada que se pareça com um alvo, a sub-munição auto-destrói-se 50 metos acima do solo. O procedimento visa evitar que, mais tarde, civis possam ser vítimas de Skeets não-detonados.