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Em Sintra, há quatro anos, Marco Almeida ficou a dois mil votos da eleição quando não tinha o apoio do PSD. Ganhou Basílio Horta, o atual presidente e candidato do PS, para quem as últimas sondagens foram mais que animadoras. Na câmara de Loures, o efeito Ventura baralhou tudo: a CDU lidera, o PS tem tradição no concelho, mas o PSD joga uma cartada imprevisível. Odivelas fez regressar Fernando Seara que depois de atingir o limite de mandatos em Cascais tentou, sem êxito, derrotar António Costa em Lisboa. O PS tem o desconhecido Hugo Martins a liderar a câmara desde a saída de Susana Amador. Será suficiente para a reeleição num concelho que tem liderado? Em Cascais, Carlos Carreiras acredita que fará um passeio, mas a ex-ministra socialista Gabriela Canavilhas está empenhada em complicar-lhe os planos.

Loures. Ventura diz estar empatado com Bernardino, Sónia diz que luta é entre PS e CDU

As conversas de campanha de André Ventura têm dois temas que vai alternando e que são desbloqueadores de conversa: ora futebol, ora ciganos. Na Bobadela — onde o Observador acompanhou o candidato esta quinta-feira — o futebol era a natural desculpa para uns dedos de conversa. “É do Sporting?” Se a resposta fosse “não”, o candidato do PSD à câmara de Loures lançava um sorriso, se fosse “sim” não perdia a compostura: “Vocês este ano até estão bem”. É na gíria futebolística que fala ao Observador naquelas que considera ser as hipóteses que tem de ganhar a autarquia: “Eu e o Bernardino estamos empatados.”

Os níveis de popularidade do candidato do PSD na rua são elevados. Todos o conhecem, muitos o querem cumprimentar. “Se tivesse um cachecol, dava-lhe o já. Vou votar em si. Tem o meu voto e de toda a família”, diz um idoso benfiquista a Ventura à entrada da cervejaria Joka, na Bobadela. Lá dentro, com o “Joka”, um sportinguista, Ventura vai-se queixando dos últimos resultados do Benfica: “Disse na CMTV que este guarda-redes [Ventura] não era para o Benfica. E um central? Precisávamos de um central. Gosto muito do Luisão mas ele tem 37 anos e anda a correr atrás de miúdos com 19. Não dá.”

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“Joka” vai sorrindo satisfeito por o Sporting estar melhor que o rival. E Ventura até enaltece o clube de Alvalade (os votos a isso obrigam): “Este ano estão bem. Têm todas as condições. Se não ganharem este ano também não sei quando vão ganhar”. Quando Ventura sai do estabelecimento, o proprietário ainda lhe manda um grito:

Continua lá aí com a conversa de correr com os ciganos.”

A comitiva de Ventura era pequena (não mais que 12 pessoas) para um grande partido, mas claramente liderada pelo candidato. É ele que se aproxima às pessoas. Numa esplanada no centro da Bobadela ouve de uma socialista: “Eu sou militante do PS, mas vou votar em si porque diz o que os outros pensam, mas não dizem.”

Lourenses pedem para tirar foto com André Ventura

Nem os mais pequenos ficam indiferentes à passagem de Ventura. Numa escola, uma criança chega-se à rede e diz ao candidato do PSD: “Eu sei quem tu és: és o presidente”. O candidato aproveita: “É isso mesmo.” E vira-se para a comitiva: “Ouviram, ele é que sabe”. De repente, começam a chegar grupos de crianças e Ventura ainda brinca, perguntando se vão votar. Dois minutos depois, despede-se: “Vá, vou-me embora. Não vou perder mais tempo convosco, que vocês não votam.”

Mais à frente, são várias (e estranhas) as manifestações de apoio. Uma mulher que está ao multibanco e ao telefone, interrompe a conversa (“espera aí um minuto que está aqui aquele que fala dos ciganos”) para cumprimentar Ventura e garantir-lhe que tem o seu voto. Pouco depois, uma carrinha dos CTT passa e o funcionário coloca a cabeça de fora do carro para dizer: “Vou votar em ti, pá. Porque és benfiquista. Podes roubar. Podes tudo, pá“.

Num outro café, Ventura é identificado como “o da CM” e aproveita para fazer campanha também pelo canal onde é comentador: “Não deixe de ver a CMTV”. Um outro automobilista pergunta: “És o que fala das minorias ou da miúda gira dos cartazes vermelhos [Sónia Paixão, do PS]?”.

No fim da arruada, em conversa com o Observador, André Ventura conta que na campanha tem sido sempre escoltado pela polícia. “A polícia tem-nos acompanhado sempre. Nós temos estado em contacto com o comandante de Loures e eles têm sido incansáveis. Muito discretos, mas acompanham as ações. Tem de ser, nós somos ameaçados muitas vezes“. Apesar de se gabar de ser “muito bem recebido”, diz que não pode deixar de dizer a “verdade” e essa é que muitos o chamam de “racista” e “xenófobo”.

O candidato do PSD acredita que vai ter “o voto de muita gente que não iria votar” antes de aparecer a sua candidatura, que acredita que vai crescer até à vitória devido à “dispersão de votos no PS“.

O PS é, no entanto, tradicionalmente mais forte que o PSD no concelho, que já governou vários anos. A candidata socialista, Sónia Paixão, diz em declarações ao Observador que “não há dúvida” que a discussão sobre quem ganha as eleições é “entre o PS e a CDU”, acreditando que vai recuperar a autarquia que perdeu em 2013. “O PS tem trabalho feito em Loures e quer retomar essa trajetória de progresso”, explica a socialista.

Sónia Paixão não acredita que Ventura seja uma ameaça para a sua eleição como presidente, já que “o povo de Loures saberá valorizar o projeto do PS e não uma candidatura assente em populismo, que não apresenta uma medida, apenas um tema.” O PS fará campanha esta sexta-feira na Quinta do Mocho e na Quinta da Fonte, onde Sónia Paixão lembra que, como vereadora, iniciou o projeto “O Bairro e Mundo”, que pretendia “melhorar a qualidade de vida de quem vive nos bairros sociais”. Incluía propostas de empregabilidade que os atuais projetos comunistas não integram. A socialista acrescenta que o projeto foi interrompido por Bernardino Soares que optou por um “projeto de arte pública, que não envolve a população que ali vive e que passa por pessoas de fora que ali vêm pintar”.

Odivelas. Para Seara não há drama: ganhar ou perder é política

Uma quinta-feira inexistente na rua. Em Odivelas, o presidente da câmara, Hugo Martins, não fez campanha porque celebrava o seu aniversário. Fernando Seara não fez campanha porque não é essa a sua estratégia (esta sexta-feira também não fará, pois vai a tribunal como advogado), mas já lá vamos. Nas ruas de Odivelas, o entusiasmo é pouco. Doze negas ao Observador para falar sobre autárquicas (“não estou interessado”, “não voto”, “não quero falar”), até à primeira pessoa que aceita falar sobre política. Um luso-moçambicano que veio para Portugal precisamente por culpa dela: a política. Carlos Alberto Santos, 77 anos, ainda não sabe em quem vai votar (“se soubesse, também não lhe dizia, que o voto é secreto”), e não faz ideia de quem o presidente de câmara.

Sobre as eleições, só sabe que “vem o Seara de Sintra” e que vai votar porque “votar é um direito cívico”. Sobre Seara não acrescenta muito, a não ser que “foi casado com aquela jornalista, a Judite [de Sousa]”. Faz depois a queixa habitual de que “os políticos prometem tudo antes das eleições, e depois fica tudo na mesma”. Quando era novo, andou “metido nas campanhas”, mas adverte: “Li uma vez um livro do Mao-Tse Tsung em que ele dizia assim: ‘Tem cuidado com as balas de açúcar‘.” Ora, continua Carlos Alberto, “o povo vai morrer a morder os lábios, que estão doces das promessas dos políticos”.

Veio de Moçambique a 15 de maio de 1975. Deram-lhe 25 horas para abandonar o país. “A FRELIMO chamou-me e queria que eu corresse com os patrões da minha empresa. E eu disse-lhe: tu és comandante do gatilho, mas quantos meses demora a crescer a mandioca? Não sabes. Não é qualquer um que é patrão. Fui declarado traidor e tive de sair de Moçambique.” A política atirou-o para Portugal, mas hoje admite que o interesse é pouco.

Num banco ali perto, duas septuagenárias falam a custo sobre as eleições. Nenhuma sabe o nome do presidente da câmara. Uma delas, com esforço, tem ideia que “é uma Susana”. Refere-se a Susana Amador, a anterior presidente de câmara que saiu a meio do mandato para ser deputada à Assembleia da República, para onde foi eleita nas legislativas de 2015. E candidatos? “Não conheço nenhum”, diz uma deles. Outra, também com esforço, indica um: “O Seara é candidato, mas também não sei o que veio de Sintra para aqui fazer”.

https://observador.pt/videos/atualidade/a-forma-bizarra-como-fernando-seara-se-apresentou-em-odivelas/

Ao Observador, Fernando Seara, recusa-se a dizer se está mais animado na campanha do que estava há quatro anos, quando perdeu Lisboa. “Não faço comparações com há quatro anos. Ponto”. Sobre a candidatura autárquica, o antigo presidente da câmara de Sintra explica que a ida para Odivelas é uma “motivação de vida”.

O candidato do PSD e do CDS em Odivelas diz que na campanha apercebe-se que “as pessoas são muito simpáticas”, embora lembre que a sua vida “não tem privacidade”. “Todos sabem um bocadinho de mim. A Albertina, o senhor Joaquim, todos sabem coisas da minha vida”.

Fernando Seara garante que tem feito um “contacto direto com as pessoas” e que, simplesmente não faz “uma campanha para a comunicação social”, que, “estranhamente” só ganhou um “súbito interesse por Odivelas a 10 dias das eleições”. Isto num concelho, que recorda, tem 155 mil habitantes. Recusa-se a dizer se está na candidatura para ganhar, já que “quem decide é o povo de Odivelas”. Ainda assim, lembra que já ganhou “com maioria” e já perdeu. Sobre estas eleições só tem uma certeza: “Que dia 1 de outubro vou estar no meu escritório”. Ou para continuar a vida de advogado, ou para comunicar que vai ficar (pelo menos) quatro anos de fora.

Cascais. O PS e o combate à abstenção estão numa relação

Na rua quase não há pessoas. A comitiva de Gabriela Canavilhas – doze pessoas, cinco ou seis bandeiras apoiadas no ombro – segue a candidata socialista do PS à Câmara de Cascais pelas ruas do bairro da Torre, num concelho onde, em 2013, Carlos Carreiras (PSD/CDS) foi eleito com 28 mil votos (o dobro dos do PS) e que registou uma abstenção de cerca de 62%, a segunda maior taxa em todo o país. O foco da candidatura socialista está aí, em conquistar parte dos votos que nunca chegam a entrar nas urnas.

Se conseguir trazer a carreira 404 de volta ao bairro, Canavilhas pode contar, pelo menos, com mais seis boletins para o PS na Torre. É a promessa que lhe faz um grupo de jovens com que a candidata se cruza na ação de campanha. A ex-ministra da Cultura não promete autocarros, prefere falar do programa municipal de apoio à habitação que quer lançar “quando ganhar a câmara”. A julgar pelos números de há quatro anos, a missão de Canavilhas aproxima-se do impossível, mas a candidata socialista garante que, “desde o início”, acredita que está numa corrida para vencer.

Nos próximos dez dias, vai andar pelos bairros, visitar instituições, falar com os eleitores do concelho. Quer mostrar-se tanto quanto lhe for possível, aproveitar a imagem pública que vem dos tempos do Governo e das intervenções que foi fazendo, depois disso, na Assembleia da República. E quer colar-lhe um programa, propostas que falam às camadas desfavorecidas de um concelho com “assimetrias” entre o litoral e o interior. Se vê algum morador passar, Canavilhas interpela-o. Volta atrás dez metros, dá uma pequena corrida, se for preciso – e foi preciso –, entra nas lojas, faz perguntas, quer saber. Parte da estratégia política de Carlos Carreiras passa por lembrar que a socialista vem de fora e que só agora que é candidata despertou para os problemas do concelho. Ela tenta antecipar rasteiras.

Preparar a defesa, mas também joga ao ataque. Ali, na Torre, esse ataque passa precisamente por sublinhar a pouca participação nas eleições no concelho. Falta de interesse? Falta de propostas? Canavilhas sugere que também aí se vê a estratégia de Carreiras, por exemplo, quando a autarquia instala apenas dois locais de voto na freguesia de Cascais-Estoril, onde há cerca de 56 mil eleitores inscritos e onde apenas um terço (20 mil) votou. “É uma decisão política, porque é abstenção, sim, mas é uma abstenção que lhes é favorável”, acusa.

Vários prédios do bairro foram pintados por graffiters. “Os turistas já fazem excursões para vir espreitar os desenhos”, diz um morador

Há quem tenha de apanhar dois autocarros para chegar à sua urna de voto. António Silva conhece vários casos. Quem ali mora, beneficiou dos programas de realojamento de José Luís Judas. Foi na década de 1990. Desapareceram as barracas e construíram-se prédios. O de António, ativista social bem conhecido por aquelas ruas, é o terceiro de uma série de quatro edifícios e tem a cara pintada de fresco. O primeiro prédio também está como novo e os andaimes estão agora montados em frente ao último da esquerda.

António faz de cicerone para a comitiva. “Aquele é o barbeiro onde o Anselmo Ralph vem cortar o cabelo”, diz, ao apontar para a montra do negócio montado por Fábio, um jovem do bairro que contou com o apoio da Take It. A iniciativa, “uma espécie de tradutores” dos anseios dos novos empreendedores da Torre junto de potenciais financiadores, tem comparticipação da autarquia (30%) e de fundos comunitários (os outros 70%). Mais de 300 pessoas já participaram nos projetos ali desenvolvidos. O espaço onde funciona o centro foi reabilitado com a ajuda dos jovens que prometeram votos em troca do autocarro no bairro. “Eu sabia que eles não estavam perdidos, só estão à procura de uma orientação”, diz Canavilhas à saída do edifício da antiga escola.

Passa um carro com dois jovens moradores. A candidata aproxima-se da janela. “Eu não voto”, diz-lhe o condutor. Mesmo assim, a candidata entrega-lhe o panfleto do PS. “Votem, participem, tomem parte na atividade da câmara”. O apelo é feito sempre nos mesmos termos. A candidata socialista acredita que, com o PSD reduzido à sua expressão mínima no concelho, a vitória ainda pode estar ao seu alcance. Para isso, terá de dobrar o resultado de João Cordeiro em 2013 e esperar que o PSD não passe dos mínimos olímpicos.

Sintra. Marco Almeida resiste às sondagens mas admite aliança com Basílio Horta

No palco, sentados à mesa de frente para uma sala cheia de apoiantes estão Marco Almeida, José Ribeiro e Castro e Maurício Barra. Respetivamente, candidato à Câmara Municipal de Sintra, candidato à Assembleia Municipal e o coordenador do programa eleitoral do movimento independente Juntos pelos Sintrenses. Foi essa, aliás, a razão do encontro: apresentar o “programa de governo local”. O símbolo do PSD está nos panfletos, ao lado do logo do CDS, da marca do MPT e do PPM. Mas, seja no palco, seja na plateia, não há sinal de que por ali se encontre qualquer figura de peso do PSD. “Quem vive no concelho de Sintra não se preocupa se esteve este ou aquele”, desvaloriza o candidato, em declarações ao Observador. A estratégia é a mesma para a sondagem que lhe adivinha uma pesada derrota a 1 de outubro: “Não reflete o ambiente na rua.”

Ainda antes de vestir (literalmente) a camisola do movimento independente Juntos Pelos Sintrenses, Ribeiro e Castro já recordava que o dia de apresentação do programa tinha começado com a notícia de “uma sondagem desfavorável”. O ex-social-democrata, que virou independente há quatro anos — depois de ver a sua candidatura afastada pelo PSD –, conseguiria menos 16% dos votos que Basílio Horta, segundo o estudo da RTP/Católica. “As máquinas mais fortes que nós estão no terreno”, defendeu Marco Almeida. Num “dia definidor” para o futuro da campanha, o ex-líder do CDS Ribeiro e Castro, que já foi presidente da Assembleia Municipal, pediu “garra, querer e ambição”. O facto de a cor do movimento ser o vermelho teve a sua influência na formulação escolhida pelo centrista.

Marco Almeida juntou em Massamá mais de um centena de pessoas, entre apoiantes e membros das listas às autárquicas pelo movimento que encabeça, para apresentar as 363 propostas para um “projeto a 12 anos” na autarquia. Mesmo não dando crédito à sondagem que atribui 26% das intenções de voto, Marco Almeida não afasta a hipótese de vir a sentar-se à mesa com Basílio Horta para somarem uma maioria absoluta na câmara. “Concorremos a estas eleições que acreditamos que vamos vencer e não recusamos nenhum cenário” para o dia 2 de outubro, diz ao Observador. Mas sublinha: “Não trocamos convicções por lugares.”

Ao Observador, fonte ligada à candidatura destacava a presença da líder da JSD/Sintra no grupo. Mas isso são universos diferentes. Em Lisboa, por exemplo, o próprio líder do partido, Pedro Passos Coelho, já esteve por diversas vezes na rua com Teresa Leal Coelho. E a verdade é que, há quatro anos, o facto de o PSD não ter apoiado uma lista encabeçada por Marco Almeida levou à cisão do social-democrata com o seu partido de sempre.

As pazes podem ter sido feitas, e desta vez o PSD deu mesmo o apoio que lhe recusou em 2013, mas as feridas ainda não parecem estar saradas. “Isto não é uma candidatura do PSD nem do CDS nem do MPT nem do PPM nem dos Sintrenses com Marco Almeida nem do Sintra Paixão com Independência nem dos ex-autarcas socialistas”, apressou-se a justificar o candidato. “Privilegiamos aqueles que estão com a candidatura e os partidos apoiam a candidatura”, acrescentou a seguir.

Entre as propostas que apresentou durante mais de uma hora, Marco Almeida prometeu criar um “gabinete de dívida zero” que vai dar formação em economia doméstica, garantiu que vai transferir mais 2,5 milhões de euros para as 11 freguesias do concelho (passando para os 10 milhões de euros) a reboque da descentralização de competências nas áreas de apoio social e de gestão do espaço público, admitiu um investimento na rede pública de transportes (porque “o privado não cumpre os requisitos”) e uma faixa de bus no IC19, além de garantir que vai seguir o exemplo de Cascais e retirar o município da Autoridade Metropolitana de Transportes para autonomizar essa gestão em Sintra.

“Este é o melhor programa eleitoral alguma vez apresentado a umas eleições autárquicas”, considerou, logo ao início, o coordenador do documento. Ribeiro e Castro diria: “Ninguém nos pode acusar de excesso de confiança”. Normalmente, quem costuma ser acusado de ter confiança a mais são os que ocupam os cargos, não os challengers.