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Gal Costa: "Tem que se ter coragem para ser ousada. E eu sempre tive"

A Índia da MPB morreu aos 77 anos. Recordamos a vida e a obra da diva nesta entrevista, uma conversa sobre Tropicália, Caetano, Gil e Os Mutantes, as mudanças na carreira e 50 anos de canções.

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[este texto foi originalmente publicado a 4 de novembro de 2017 e atualizado a 9 de novembro de 2022, após a morte de Gal Costa, aos 77 anos]

Amor, da cabeça aos pés. Estendida na areia, por baixo das nuvens do vapor barato, a baiana aproveita o refúgio sossegado e proclama um reino separatista em Ipanema, pedestal reservado a Gal Costa. “Eram as dunas do barato, um território livre para tomar ácido e trepar o diabo”, garantiu-nos Jards Macalé, companhia balnear e compositor de serviço para a fase mais revolucionária e sozinha da cantora tropicalista.

“Naquela época existia na praia de Ipanema uma zona com obra, e a obra fazia uma montanha de areia”, confirmava por telefone o próprio Dionísio reencarnado em cantora de MPB. “Comecei a ir naquela zona com o Macalé, depois as pessoas começaram a ir também, intelectuais, artistas, que tinham a mesma conexão intelectual, de vida, e ficou o nome de Dunas da Gal”. Durante o dia era a Gal-tudo-legal, rainha da juventude transviada de Ipanema, e de noite era Gal-fatal, animal de palco, a pedir que “não se assuste, pessoa”, apesar do choque inicial, seja suave ou violento, ela é sempre amor, da cabeça aos pés.

“Naquele tempo era tudo muito espontâneo”, lembrava Gal Costa (que morreu a 9 de novembro de 2022, aos 77 anos) em entrevista ao Observador sobre FA-TAL, o álbum insurgente de 1971, registo dos concertos míticos no Teatro Tereza Raquel, dirigidos pelo sempre irrequieto Waly Salomão. “A gente fazia os arranjos e criava as coisas juntos com os músicos, em comunidade”, explicou. “Então o conceito era um show com repertório contra a ditadura, que também falava muito de Caetano e Gil, com muitas lembranças do exílio”.

Alegria, alegria superbacana: a Tropicália faz 50 anos

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Órfã da Tropicália e dos geniais conterrâneos, procura Jards Macalé e encontra ainda outro desconhecido disposto a entregar a alma para ser interpretada para a eternidade pela voz de Gal, o recém falecido Luiz Melodia, Pérola Negra que sem o aval da rainha ainda estaria hoje dentro da ostra. “Olha, eu gostava tanto de Melodia, além de cantor maravilhoso, ela era uma pessoa maravilhosa, eu tinha um amor e carinho por ele imenso, foi uma perda dura para mim”, dizia-nos em 2017, ainda abatida.

O set no Teatro Tereza Raquel começava acústico, despido, Gal sozinha no mundo de violão e bustiê, em reflexão meditativa sobre o exílio dos amigos em Londres, até que surge “Vapor Barato”, um portal de nove minutos que abre caminho para o outro lado, sem retorno. Depois é o sucesso arrebatador, sequência de “Dê Um Rolê”, “Pérola Negra”, “Mal Secreto”, “Como 2 e 2”, e “Hotel das Estrelas”, acompanhada pelo guitar hero Lanny Gordin, virando bruscamente as páginas da MPB, sozinha no microfone.

[“Vapor Barato”]

“Na época da ditadura e da prisão de Caetano e Gil, eu fiquei aqui defendendo o tropicalismo, onde eu fazia rock, música experimental, isso tudo tem haver com a minha história”, contava. “Então o fato de fazer o Estratosférica, que é um disco e show todo ligado à atmosfera rock, é totalmente coerente e novo outra vez, porque é isso que se passou há muitos anos atrás.”

Para lá da estratosfera

Estratosférica, último álbum de Gal, nas mãos de Moreno Veloso e Alexandre Kassin, produtores artesãos da nova geração, é composto por novatos como Mallu Magalhães e Céu, mantendo o trilho recente da cantora, focada nos ouvidos mais jovens, sendo efetivamente o trabalho mais rock’n’roll desde que cantou nos anos 80 sobre as “divinas tetas” em “Vaca Profana”. “Espelho D’Água”, a mais bonita do disco, deu nome à digressão que passou pelo Campo Pequeno em Lisboa e pelo Coliseu do Porto em 2017.

“É um show com Guilherme Monteiro, que toca violão e guitarra elétrica, onde canto reportório que escolhi a dedo da minha carreira”, dizia-nos. “Pensei em fazer esse espetáculo para a geração jovem que acompanha e gosta do meu trabalho, e conhece toda a gravação da minha fase tropicalista, e todas as outras fases, e aí quis fazer um espetáculo para essa gente ter a oportunidade de ouvir essas canções ao vivo, e também estava com muita vontade de revisitar, cantar de novo.”

A capa de “Estratosférica”, álbum de 2015

“Estava em Lisboa quando ele me chamou para fazer o Recanto”, recordava sobre a última passagem por Portugal, com Caetano a surpreender entre o público. “Ele me contou que queria fazer um disco e produzir, aceitei imediatamente.” Se Estratosférica não foi uma grande rutura na carreira, isso é somente porque sucedeu a Recanto, mais um álbum de Gal idealizado por Caetano, desta vez querendo resgatar a diva para fora de conforto sexagenário da MPB de poltrona e de volta para o estranhamento de renascer.

“Não gosto de me acomodar, gosto de mudar, de ousar, acho que tem que se ter coragem para ser ousada. E eu sempre tive”, indicava sobre o álbum que transportou Gal de volta para o século XXI, “acho que é muito enriquecedor, não só para a carreira, como pessoalmente.” O álbum de 2011 foi a resposta brasileira a 808s & Heartbreak de Kayne West, confissões de autotune que dividiram novamente os fãs de Gal, como se estivéssemos outra vez nos trepidantes anos 70. “Claro que tem um público que me segue há anos, mas eu tenho um público muito jovem também, garotos de 16 anos, que gostam do que faço de novo, isso tudo é estimulante”, explicava então. “E as mudanças na carreira não é questão de as coisas ficarem chatas, é porque eu sou inquieta mesmo.”

[“Autotune Autoerótico”]

“Uma menina muito tímida com uma voz muito bonita”, resume Caetano na série documental da HBO Brasil, “O nome dela é Gal”. “Quando pensamos em fazer uma coisa extrovertida, ela foi a mais extrovertida de todos”. Até hoje ele se surpreende, como o “João Gilberto de saias”, seguidora fiel da Bossa Nova se transformou na presença feminina de palco mais transgressora e poderosa do Brasil. “Eu e Caetano temos uma identidade, uma ligação com música, o fato de ele compor tão bem por mim, se deve pela paixão que a gente tem pela música de João Gilberto”, confirmava sobre sua primeira fase como cantora, “logo de cara quando nos conhecemos ele gostou do meu jeito de cantar, gostou de mim, pediu o violão, me mostrou uma música dele, e eu cantei. Então a gente tem afinidade musical, é uma questão misteriosa, de integração mesmo.”

Acordar cedo é que não

Mistério de sedução e afinidade, que celebra 50 anos da primeira vez que os dois baianos entraram em estúdio. “Caetano não gostava de acordar cedo e eu também não gostava, a gente tinha mesmo de acordar cedo”, recordou nesta entrevista sobre Domingo, disco a meias de bossa gravado no horário da manhã, reservado aos inexperientes, “mas é um disco lindo.” Elegante e sim, lindo, porque não, histórias de corações vagabundos, com esperança e uma crença quase infantil no poder do canto, episódios baianos de convivência na pacata Salvador. “Sempre quis cantar, desde que me entendo por gente que sabia que ia ser cantora”, dizia com segurança, “sabia desde que era pequenina, sabia que a minha missão e trabalho seria esse.”

[o trailer do documentário da HBO Brasil]

“Americana global, minha voz na panela lá/ Uma lembrança secreta de plena certeza”, canta em “Recanto”, referência a quando usava panelas da mãe para ampliar a voz na cozinha. “Eu era fã de Gil, mas não conhecia nem Caetano nem Bethânia” cantava naqueles dias em “Groupie” dos anos 80, recordação do primeiro encontro com os tropicalistas. “O Gil fazia muita televisão local na Bahia, tocava e cantava, e eu adorava, era fã dele muito mesmo, mas não conhecia pessoalmente”, confirmou ao Observador, período idílico de sessões de TV com a Dedé, vizinha do lado, e uma galinha de estimação. “O dia que conheci Gil foi uma felicidade, eu adorava ele, nos tornamos amigos, irmãos espirituais, temos ali uma proximidade, de abraçamento perto um do outro, parece que foi tudo tramado pelo universo, parece não, foi.”

“Eu estava ali com a turma, participava nas conversas, ouvia muito Jimi Hendrix, Janis Joplin, Beatles, Rolling Stones, Pink Floyd, tudo o que você podia imaginar de música daquela época, a gente ouvia incessantemente, e aquilo foi mexendo comigo, foi me transformando.”

O universo juntou a menina tímida a Gil, Caetano, Bethânia e Tom Zé, e com apenas dois discos debaixo de braço, os embrionários Chega de Saudade e Samba Esquema Novo, a então Maria da Graça Costa se estreia ao lado da nova turma no Teatro Vila Velha em Salvador, vestida de preto, enquanto Bethânia veste branco, decisão fatídica que explica bem a divisão inicial entre as duas divas.

“Aquilo foi em pleno começo tropicalista”, lembrava sobre o primeiro momento de sucesso, a cantar “Divino, Maravilhoso”, apresentada ao público do festival da TV Record como Gal Costa, musa da tropicália, reconhecida sobretudo por cantar suavemente “Baby” no manifesto Tropicália ou Panis et Circencis. “Eu estava ali com a turma, participava nas conversas, ouvia muito Jimi Hendrix, Janis Joplin, Beatles, Rolling Stones, Pink Floyd, tudo o que você podia imaginar de música daquela época, a gente ouvia incessantemente, e aquilo foi mexendo comigo, foi me transformando”. Os gritos guturais de Janis inspiram o João Gilberto a levantar as saias, e nasce sem vergonha a cantora destemida, no palco em frente à TV.

[“Divino Maravilhoso”]

“Quando Gil me deu a música para cantar no festival, me perguntou, ‘como você quer fazer a música?’ Olha, eu quero fazer de um jeito explosivo, para fora, como nunca fiz, aí ele pegou o arranjo e eu cantei daquele jeito, Dedé me ajudou com a roupa, e entrei no palco com toda a coragem , daquela maneira”.

“Atenção para o refrão
É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte”

Cantava assim aos berros, diretamente para os militares. “O Caetano nem participou nos ensaios e quando ele me viu no palco quase caiu duro”, lembra ainda satisfeita com a inesperada subversão, abrindo o caminho para o início de uma discografia pautada por uma junção psicadélica de bossa com swing Jorge Ben e a pop estridente da Jovem Guarda. “A música foi feita na ditadura, é uma música meio que profética, ela até podia ser feita de várias maneiras, mas eu fiz daquele jeito porque estava totalmente engajada naquela postura revolucionária, então foi uma coisa pessoal”, explicava, “você tem que ter uma intenção de fazer aquilo que você quer fazer”. E em 2017, ainda era preciso estar atento e forte, Gal? “Muito, e não é só Brasil que vive dificuldade, o mundo inteiro está um caos!”

Sambalanço

A baiana tinha ginga e rock na veia, e queria fazer fazer da sua música um “objeto não identificado”, no balanço — ou sambalanço como diria Jorge Ben — de suavidade bossa com a fúria contra-cultura de 60. Ouçam por exemplo “Se Você Pensa” e fiquem com o sermão de que vocês não sabem nada, e se não acreditam na Gal, levem com as chapadas fuzz de Lanny Gordin.

“Eu não fui ao exílio porque não podia ir, não tinha dinheiro para me sustentar. Caetano e Gil estavam com dificuldades, ia ser complicado para eles trabalharem, ia ser mais uma boca para ser alimentada, para ser sustentada, e tinha aqui a minha mãe para cuidar.”

Nos olhos da cantora, e debaixo dos caracóis dos seus cabelos, estava uma doçura travessa, colocando em cheque todas as outras cantoras brasileiras, parecendo agora meras presenças anacrónicas. Porém, quando o primeiro álbum de Gal é finalmente liberado pela censura, os dois amigos já estavam exilados em Londres, deixando a cantora como a única representante da Tropicália no Brasil, sem os compositores que orientaram o carnaval. “Eu não fui ao exílio porque não podia ir, não tinha dinheiro para me sustentar”, elucidava nesta conversa. “Caetano e Gil estavam com dificuldades, ia ser complicado para eles trabalharem, ia ser mais uma boca para ser alimentada, para ser sustentada, e tinha aqui a minha mãe para cuidar.”

Quando a mãe de Gal morreu recentemente, a cantora decidiu voltar a morar em São Paulo, como nos tempos tropicalistas, a partir de onde nestes dias criava o filho e conversava tranquilamente com o Observador por telefone, garantindo até, a eterna sedutora, que este jornalista tinha sotaque carioca.

[“Se Você Pensa”]

“Gal Costa a cantora, a mulher terrível, a mulher linda, a noiva, a morta, a viúva, a maravilha, é muito difícil falar essas coisas, a Gal Costa sempre me trata com choques elétricos, eu chego para ver ela e não vejo ela, me arrebato por ela, e me arrebento por ela, me desarrumo por ela, é sempre surpreendente, nunca sei o que vai acontecer, cada vez acontece uma coisa estranha, é como se a vida estivesse partindo, começando, se acabando, Gal Costa é muito maravilhosa”.

A declaração de amor de Tom Zé na TV brasileira, em pleno fluxo de consciência, é possivelmente a melhor descrição de todas as sensações que a cantora provoca ao longo dos anos 70. Depois de Fa-Tal, quase como um final perfeito para as aspirações tropicalistas, Gal se reinventa em Índia de 1973, um álbum que ao mesmo tempo tem José Afonso e a famosa capa ultra sensual, imitada muitas vezes mas nunca superada.

Gal não era apenas amor, era sexo, ousadia que leva a censura a tapar o disco com uma capa preta. Mas era tarde demais, o mito dionisíaco nascera, com a cantora em palco sentada num banco de bar, sozinha de desafiadora perna aberta, agitando os costumes da sociedade conservadora, o derradeiro sex symbol da MPB. “Eu encaro otimamente bem [ser sex symbol], acho muito bonito”, dizia-nos sem rodeios, “a minha sensualidade… sou muito espontânea, natural, não sou vulgar.”

A famosa capa do álbum “Índia”

Quando se fala de Índia por vezes esquecemos que acontecia outra revolução musical em Gal Costa. Com Gil, Toquinho Horta, Dominguinhos e Chico Batera, retorna à bossa minimalista, ao cancioneiro clássico de Lupicínio Rodrigues, e dá o primeiro passo para ser o que sempre quis, cantora e grande intérprete de música brasileira. Em Cantar, álbum seguinte, aprimora a receita com João Donato, cada vez menos fatal, mas mais legal, um fracasso de público e crítica, que não chega a atordoar o caminho que já estava traçado com olho nas paradas de sucesso.

“Se fizer uma retrospetiva da minha carreira, vai ver que tem momentos de mudança tão radical, e grande sucessos, momentos de ganhar um público e perder outro”, confirma, “acho isso renovador.” A rainha da juventude transviada ficar musicalmente “careta” foi possivelmente a mudança mais radical, que hoje, a olhos lavados, vemos que resultou numa sequência de álbuns memoráveis, como Caras e Bocas, que celebra 40 anos. “Tem duas músicas desse álbum que eu canto no show”, antecipava, “‘Tigresa’ e uma versão de Dylan adaptada por Caetano e Péricles Cavalcanti (‘Negro Amor’)”

Um anjo que é um diabo

Uma voz “brilhante” de “cristal transparente” foi como Maria Bethânia descreveu Gal na canção “Caras e Bocas”. Uma voz e um corpo, e sobretudo, uma vontade irredutível de cantar, cantar a verdade, alguma verdade, até ao fim. “Exatamente, isso mesmo!”, concorda com os devaneios teórico-jornalísticos:

“Minha voz é precisa
Vida que não é menos minha que da canção
Por ser feliz, por sofrer
Por esperar, eu canto”

[“Minha Voz, Minha Vida”:]

Gal não pertence a movimentos, pertence às canções, e é refém da vontade dos versos, da força estranha que empurra para o palco:

“Por isso essa força estranha no ar
Por isso é que eu canto não posso parar
Por isso essa voz tamanha”

É isto que confirma em “Força Estranha”. A carreira de Gal no final dos anos 70, com Água Viva e Gal Tropical, assim como de início dos anos 80, é a cantora que faltava cumprir, de sucesso vertiginoso para o panteão da MPB. “Queria fugir da imagem tropicalista”, diz-nos sobre a mutação em cantora diva que manteve durante décadas, “o Guilherme Araújo [empresário] começou a perceber que meu jeito de vestir estava mudando e sugeriu fazer os shows que seriam outra mudança radicalíssima na minha história.”

A crítica não compreendia inclusive como a mesma Gal que gravou “Baby” com Os Mutantes, foi regravar a canção com os meigos Roupa Nova, que sacrilégio. Caetano fica sem jeito nos bastidores de Gal Tropical e confessa em choros que não gostou da mudança de carreira.

A digressão de Gal Tropical foi um sucesso tão grande, que permitiu comprar uma casa, curtindo finalmente o barato da cantora independente. “Em 79 comprei a casa e morei na Barra, meus amigos diziam, como você vai morar num lugar tão longe, isolado, na época que eu morei não tinha nada.” A crítica não compreendia inclusive como a mesma Gal que gravou “Baby” com Os Mutantes, foi regravar a canção com os meigos Roupa Nova, que sacrilégio. Caetano fica sem jeito nos bastidores de Gal Tropical e confessa em choros que não gostou da mudança de carreira. Décadas depois, em Lisboa, novamente nos bastidores, os dois amigos iam finalmente fazer as pazes criativas com Recato, e o público que se acostumou a ouvir Gal em abertura de novela (como “Gabriela”), ficou para trás em mais um movimento drástico da cantora que ninguém deve atrever a encurralar aos nossos gostos burgueses. Voz de anjo e um corpo do diabo, da cabeça aos pés.

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