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Hindustan Times via Getty Images

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Howard Jacobson: "Há medo da comédia na literatura"

Enquanto o autor de Manchester falava para uma plateia cheia, em Matosinhos, o estádio do United era evacuado. O vencedor do Man Booker Prize em 2010 não quer sair da UE e não quer entrar na internet.

Durante muito tempo, os editores disseram a Howard Jacobson que gostavam muito dos seus livros, mas que não iriam publicá-los. Alguns enviavam mesmo cartas sem que o escritor britânico lhes tivesse feito qualquer proposta. A razão para as recusas parece inacreditável: os leitores não iriam perceber a mistura de humor com drama. Como se o mundo fosse a preto e branco. Como se nunca tivesse havido Shakespeare.

“A comédia está no coração da literatura. É parte do que é um romance”, defendeu o britânico de 73 anos, no festival Literatura em Viagem, em Matosinhos. Parece também ser parte dele, a julgar pelas gargalhadas que provocou no público que encheu a sala para o ver. Ficou surpreendido por ver a sala (mais as laterais) cheia. “Fiquei maravilhado por ver tanta gente, mas é estranho!”, disse, em entrevista ao Observador. Porquê, se em 2010 até venceu um Man Booker Prize com A Questão Finkler? “Sinto que não tenho leitores.”

Além dos romances, Howard Jacobson, que é judeu, tem falado e escrito muito sobre o Sionismo. Até há pouco tempo fazia-o enquanto colunista do britânico The Indepedent, mas retirou-se quando o jornal anunciou que iria acabar com a edição em papel. O online não é para Howard Jacobson, que nem sequer tem Facebook ou Twitter. Mesmo o e-mail é a mulher que gere.

“O discurso na Internet, os blogues o Twitter, favorecem a assertividade. O discurso torna-se categórico e a pessoa faz ‘gosto’ ou ‘não gosto’. “. Mas, apesar de nos termos desde logo apresentado como um jornal que só existe na Internet, aceitou falar connosco sobre livros, sobre o primeiro presidente da Câmara de Londres muçulmano e sobre o Brexit.

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Enquanto estava em palco, o estádio do Manchester United foi evacuado, depois de as autoridades terem encontrado um objeto suspeito.

Oh…

Ainda não se sabe do que se trata, mas o primeiro medo das pessoas é logo de um possível ataque de radicais muçulmanos. Recentemente, nas eleições autárquicas, os oponentes do vencedor Sadiq Khan fizeram questão de relembrar os atentados de Londres 2005. Mesmo assim, pela primeira vez, a Câmara de Londres vai ter um presidente muçulmano. O que é que isso diz sobre a cidade onde mora?

Isso pode dizer algo maravilhoso sobre Londres, não é? Não me costumo ouvir dizer o quão tolerantes e diversos nós somos. Mas em Londres sabemos que nem todos os muçulmanos apoiam o terrorismo. Pelo contrário, sabemos que muitos muçulmanos não apoiam. E se alguma coisa vai ser feita acerca do terrorismo dentro de fronteiras, toda a ajuda dos muçulmanos é necessária. Acho que é uma coisa boa. Tem havido… Não, não vamos por aí. Acho que é uma coisa boa.

Não gosta de falar sobre este tema?

Sempre que se trata de temas como violência ou pânico geral, é muito difícil não soar ao homem comum na rua. O mais excecional dos seres acaba sempre por soar ao homem mais comum, e dói-me, não gosto de me ouvir quando tenho estes sentimentos básicos de medo, raiva e ansiedade. Não quero que esta violência inacreditável aconteça e não é admissível que alguém tenha palavras de compaixão ou compreensão. Mal ouço alguém dizer “mas tens de compreender”, fico muito irritado. Eu lembro-me que depois do 11 de setembro [2001] havia vários membros da esquerda no Reino Unido que disseram “sim, é terrível, mas…”. Aquele ‘mas’. Eu chamo-lhe o ‘mas’ do Chomsky, porque ele está sempre a dizer: “se houver um ataque contra o Ocidente…”, e depois acrescenta-lhe um ‘mas’, querendo dizer que o Ocidente merece-o. As pessoas deviam ter coragem para assumir que, às vezes, não há um ‘mas’.

Howard Jacobson lev

Pedro Vieira e Tito Couto orientaram a conversa com Howard Jacobson, no domingo. © Divulgação

Vamos ver como é o nosso presidente da câmara. Houve quem tivesse sugerido que ele teve ligações com extremistas. Eu não sei se teve ou não, mas ninguém conseguiu apresentar um bom caso contra ele nesta matéria. No entanto, há muita gente em cargos de responsabilidade no Reino Unido que tiveram. Há um caso que vai ser apresentado contra Jeremy Corbyn [líder do Partido Trabalhista], por exemplo. Ele teve amizades de má reputação e não percebe o quão perversas elas são.

Com extremistas muçulmanos?

Com terroristas. Com membros do Hamas, com gente que nega que o Holocausto tenha existido, etc. A esquerda assume à partida que quem tem uma agenda pró-Palestiniana está certo. Assume-se automaticamente. Isso é perigoso e errado, e não acho que o nosso presidente da Câmara não é assim. O Corbyn é. O Partido Trabalhista tem um grande problema porque, endémica à política do Labour está a ideia de que o Sionismo é mau. O Sionismo, no seu sentido original, não é mau. É um movimento de libertação, imaginado no século XIX como uma forma de os judeus escaparem das condições terríveis em que viviam na Europa de Leste… E, naquele tempo, na Europa Ocidental também. Mas no leste havia muito antissemitismo, na Áustria e em França também, as pessoas tinham medo. E surgiu um movimento que queria dar aos judeus o seu próprio país.

"O Sionismo, no seu sentido original, não é mau. É um movimento de libertação."

Não era um movimento opressor nem colonialista. Podiam encontrar-se alguns oportunistas, agressores e colonizadores entre eles, mas o movimento não representava isso. É muito importante que perceba isto. Que não olhe para o Sionismo através do que vê agora. Muitos dos Sionistas fundadores tinham o sonho utópico, naïf até, de como seria a chegada à Palestina. Recorde-se que os judeus tinham estado na Palestina durante centenas de anos. Alguns juntaram-se a movimentos que já existiam, outros deram-se muito bem com os árabes, os árabes até lhes venderam terrenos, havia esperança. Talvez fosse uma esperança naïf, mas havia esperança! Não era colonialismo opressor. E quem não compreender isto também não irá perceber nada do que vier.

O opositor de Sadiq Khan, curiosamente, era o judeu Zac Goldsmith. A população muçulmana em Londres é muito maior do que a judaica, é certo. Mas houve judeus que também votaram em Sadiq.

Bom, Zac Godsmith é meio judeu, digamos assim. A ideia que passou foi a de um muçulmano contra um judeu, mas não acho que tenha sido isso que se passou. Conheço muitos judeus que dizem não saber bem como é o novo mayor, mas acham que vai ser OK. Ele fez e disse coisas boas logo de início, foi ao Memorial do Holocausto, por exemplo. Não negou o Holocausto nem disse que os Sionistas são assassinos.

Portanto, é possível que ele tenha sido eleito com alguns votos de judeus porque a eleição não foi percecionada pela maioria como uma questão de muçulmanos versus judeus. Nem sequer Trabalhistas versus Conservadores. O mayor anterior era o Boris Johnson e as pessoas gostavam da personalidade dele. As eleições para a Câmara são diferentes, o voto é na pessoa.

Sair ou não sair da União Europeia. Como é que vai votar no referendo do “Brexit” no dia 23 de junho?

Acho que não consigo votar na saída. Há coisas que odeio, como as interferências legais, porque gosto da legislação britânica. Não percebo de questões económicas. Quando se fala das coisas terríveis que têm acontecido, não creio que esse terrorismo tenha alguma coisa a ver com a União Europeia. Acho que devemos ficar. Já temos preocupações suficientes.

Em palco, falou do “Fenómeno Trump” e de, certa forma, comparou-o a Boris Johnson.

Isso tem a ver com o fenómeno da televisão e a forma como pode projetar um político que a saiba usar. Faz com que seja mais fácil gostar dele e acreditar no que diz, o que pode ser perigoso. Mas em relação a Boris Johnson, quase ninguém acredita que ele pense realmente que devemos sair [da UE]. As pessoas acham que ele defende isso por ver nisso uma oportunidade política.

Neste festival, Claudio Magris descreveu-se como um patriota europeu e defendeu que a União Europeia devia ser um Estado, para poder enfrentar melhor os problemas que são de todos os europeus. Como é que se descreveria neste aspeto?

Não gosto da ideia de uma nação europeia. Acho que nem sequer gostamos de federação. Se alguém fala de Estado Europeu aos britânicos, eles querem todos sair [da UE]. Não é uma boa ideia. Monólitos não são uma boa ideia. Em relação a tudo. Eu disse-o na mesa: quando três pessoas estão juntas e concordam em tudo eu tenho vontade de fugir, acho assustador. Mantenhamo-nos amigos. Separados, mas amigos.

a questao finkler

Deixemos então a política de lado. Participa em vários festivais literários, mas é a primeira vez que vem a um português.

É verdade. Cheguei a ser convidado uma vez pela editora que publicou cá A Questão Finkler [Porto Editora]. Houve tantas recensões, vendeu tanto, que eu pensei: “eles cá percebem o livro”. E se aqueles rapazes estão certos [Pedro Vieira e Tito Couto, que conduziram a conversa em palco] em relação ao homem português ser melancólico, isso pode explicar por que motivo gostaram do livro. Senti que, de todos os países europeus, Portugal pareceu gostar mesmo d’A Questão Finkler. Eu queria muito ter vindo, era um festival perto de Lisboa, Óbidos. Mas não pude ir. Desta vez fiz mesmo questão de estar aqui, ainda que muito desconfiado sobre se alguém iria estar presente.

Em palco mostrou-se muito surpreendido por ver a plateia cheia, ao invés de apenas meia dúzia de pessoas. Não estava a ser engraçado então? Tem mesmo esse medo?

Eu… Sinto que não tenho leitores. Vivo num mundo em que… Bom, claro que tenho leitores porque vivo da escrita, mas… Talvez eu precise de sentir isto, sentir que há uma certa luta. Fiquei maravilhado por ver tanta gente, mas é estranho! Quando vejo o que as pessoas acham sobre o que um livro deve ser, quando ouço como se fala sobre livros, que as pessoas querem livros positivos e felizes, thrillers e assim, acho que os livros que eu escrevo não são os livros de agora.

"Vai chegar o dia em que amaldiçoaremos Mark Zuckerberg e todos os outros."

Em Inglaterra não costumo ver gente tão jovem, por isso hoje foi fantástico. Por jovem quero dizer toda a gente mais jovem do que eu [risos]. Quando vou a um evento, e fui a um na semana passada, toda a gente era da minha idade. Bom, eu gosto da minha idade, por isso não me posso queixar, mas penso: se continuar a escrever nos próximos 15 anos, quem é que me vai ler? É difícil chegar aos jovens. Pelo menos aos britânicos. Já tinha reparado no mesmo em Itália ou na Alemanha, lá também tenho uma audiência mais jovem. Algo se passa com os jovens no Reino Unido.

Não leem tanto quanto as gerações anteriores?

Acho que já não leem.

Não vê esse problema como algo mais global?

Acho que vai ser global! Desculpe-me, mas acho — e não me refiro a um jornal online, isso é totalmente diferente — que o discurso na Internet, nos blogues, no Twitter, favorece a assertividade. O discurso torna-se categórico e a pessoa faz ‘gosto’ ou ‘não gosto’. C’mon… Para onde foi a nuance? A subtileza? A ironia? Para onde foi o ‘não tenho a certeza’? ‘Gosto’, ‘não gosto. Não! ‘Não sei’. Os miúdos britânicos são muito virados para as redes sociais, vivem lá. Eu acho que não é bom. É completamente, totalmente mau — isto não tem lá muitas nuances, pois não?. É mau porque encoraja a ideia de que a conversa, a opinião e o julgamento têm a ver com asserção. Eu valorizo a literatura por ser o oposto: é exploração, é não saber, é descobrir. Vai chegar o dia em que amaldiçoaremos Mark Zuckerberg e todos os outros. E vamos olhar para trás e ver que isto foi a ruína da nossa civilização. [faz voz de profeta] Marquem as minhas palavras!

O seu mais recente livro chama-se Shylock is My Name. Já sabe se vai ser publicado em Portugal?

Vai sim, em fevereiro, pela Bertrand. É uma versão moderna d’O Mercador de Veneza. A editora Hogarth Press pediu-me, assim como a mais 10 romancistas conhecidos, que escrevesse uma versão moderna da peça, a propósito do 400.º aniversário de Shakespeare. No meu livro encontra várias personagens da peça, claro, mas apercebi-me que não conseguia criar uma versão moderna do Shylock, porque ele é demasiado importante. Então aqui o Shylock de Shakespeare está vivo. Assume-se e não se fazem questões. Se lhe perguntassem a idade, teria 437 anos, mas não se pergunta. As pessoas assumiram sempre que era uma peça antissemita, eu não acredito que seja. Não acho que o retrato de Shylock seja tão horrendo como as pessoas pintam. O meu livro é uma discussão, não com a peça, mas com a forma como a peça tem sido interpretada ao longo do tempo.

Howard Jacobson quando recebeu o Man Booker Prize, em outubro de 2010. © Stuart Wilson/Getty Images

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Já passaram quase seis anos desde que venceu o Man Booker Prize com A Questão Finkler. O que mais se alterou? Afetou o processo de escrita, por exemplo?

O processo de escrita não mudou. O sentimento dominante foi de alívio, porque sentia que precisava, não necessariamente deste prémio, mas algum reconhecimento. É tão cru quanto isto. E não estaria aqui a falar consigo se não tivesse vencido o Man Booker Prize, porque não estaria traduzido em português. Nem em tantas outras línguas. Agora, também os romances anteriores estão a ser traduzidos. Hoje tenho leitores em todo o mundo! Não muitos, mas alguns. E isso é fantástico para um escritor, porque queremos ser lidos. Eu nunca percebi porque é que não era traduzido. Acho que provavelmente era o menos traduzido dos autores britânicos conhecidos. A culpa era da comédia, diziam-me. Havia o medo de que a comédia não se pudesse exportar.

É uma das características que mais gosto na sua escrita.

Não é que me caiba falar das minhas qualidades, mas é o que faço melhor. Muitas vezes recebia cartas de editores. ‘Era só para dizer que adorei o seu romance, mas não o poderemos publicar.’ Não que eu tivesse perguntado, mas queriam dizer-me que não o poderiam publicar por ser demasiado divertido. Há um medo da comédia na literatura. Não é medo da comédia na comédia, mas na literatura acham que não combina.

Passa-se o mesmo problema no cinema.

Exato. E esse foi o principal benefício do Man Booker Prize. E aconteceu tudo tão depressa! Ganha-se o prémio e na mesma noite os editores estão a ligar ao nosso agente.

Antes d’A Questão Finkler já tinha escrito 10 romances e desde aí continua a escrever. Não o incomoda estarem sempre a falar-lhe do mesmo livro? Há escritores que se sentem frustrados.

Não, não. Eu escrevi-o. Não acho que seja o meu melhor livro, acho que a relação entre Libor e Malkie é provavelmente a parte mais tocante. E apesar de me dizerem que o livro é engraçado, acho que o principal fator para ter ganho o prémio foi essa forma de tocar no drama. Torneio a comédia aceitável a esse nível. Deu-lhe um equilíbrio entre a comédia e a tragédia. Fico contente que me falem dele!

Claro, não fui estúpido e não parei de trabalhar. Há pessoas que param para viajar pelo mundo e falar sobre o livro premiado durante cinco anos e eu não fiz isso. Eu comecei logo a escrever, embora tenha ficado doente porque viajei muito no primeiro ano. Esse foi o único erro que cometi.

"Com esta idade ainda não enfrentei os massacres, mas consigo vê-los a chegar, consigo ver no que me estou a tornar."

Se A Questão Finkler não é o seu melhor livro, qual é?

Acho que o melhor é o Kalooki Nights. Não está publicado em Portugal. É um livro sobre rapazes a serem engraçados e rudes ao mesmo tempo. É um livro sobre o Holocausto, de certa forma, sobre uns rapazes judeus que crescem no norte de Inglaterra nos anos 1960 e que leem sobre o Holocausto, nos primeiros livros que foram publicados sobre o tema. E mostra como é que rapazes judeus de 14, 15 anos são afetados por isso, psicologicamente, politicamente, sexualmente. Quase até ao ponto de se poder dizer que é assim que a vitimização atravessa gerações. Como ouvir o que se passou os afeta. Acho que esse foi o melhor e esse era apontado como possível vencedor do Man Booker Prize. Mas quando saiu a lista de finalistas, não estava lá. E eu sei porque é que não estava, mas não posso dizer. Mas foi escandaloso.

O que aconteceu?

Hmmm… Maus jurados. Eu digo sempre que é preciso muita sorte para vencer o Man Booker Prize. As pessoas dizem-me sempre: ‘não, não, tu mereceste’. Mas não é isso que quero dizer. É preciso a sorte de calhar um painel de jurados livres o suficiente, bons leitores — e isso é raro acontecer — e generosos. Isso é muito raro e não aconteceu no ano de Kalooki Nights e de tantos outros livros.

O que está a escrever agora?

Terminei há pouco o Shylock is My Name, pelo que tenho estado ocupado com a promoção do livro.

Li numa entrevista sua que só entregava um livro quando já estava a escrever outro.

E é verdade, mas não o fiz desta vez. Em parte porque tenho escrito livros muito seguidos nos últimos cinco anos. Desta vez sinto que preciso de um pequeno intervalo. Mas sim, estou a escrever agora uma história sobre ser velho. Uma comédia da velhice. É tudo o que posso dizer.

É por ter chegado aos 70s?

É, agora sei mais sobre o tema [risos]

E isso está a afetá-lo?

Sim, negativamente, pelo que tento torná-la positiva quando escrevo. Não é que escreva para me animar, mas sim para ganhar um domínio sobre os… horrores. Philip Roth disse que ser velho não é uma guerra, é um massacre. Um massacre. Com esta idade ainda não enfrentei os massacres, mas consigo vê-los a chegar, consigo ver no que me estou a tornar. Mas o que estou a escrever é uma comédia negra, sobre pessoas muito mais velhas do que eu. A minha mãe está nos 90s, a mãe da minha mulher tem 103 anos. Estou a olhar para a terceira idade, para o tratamento que lhes é dado. Se conseguir que resulte pode ser divertido. Mas ainda só escrevi 300 palavras.

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