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Andreia Reisinho Costa

Andreia Reisinho Costa

Hwaida, a jornalista que fala com os combatentes sírios à noite

Hwaida Saad, jornalista do The New York Times, passa as noites a falar com combatentes da guerra da Síria. Contam-lhe da vida na frente de guerra e alguns chegam a pedir-lhe casamento.

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Bzzz-bzzzzzz. Há poucos dias, o telemóvel de Hwaida Saad tornou a vibrar, dando sinal de mais uma nova mensagem. Quando foi ver quem era, a jornalista libanesa de 46 anos, correspondente do The New York Times em Beirute, não reconhecia o número.

“Olá. Daqui é o Elah”, dizia a mensagem.

Hwaida Saad fez um esforço para perceber quem é que lhe escrevia daquele número desconhecido. Entre os milhares de contactos que tem de ativistas e combatentes na Síria — é só fazer as contas, entre os cerca de 1400 no Skype, outros 1500 no Facebook, um milhar no Twitter, muitos mais no Whatsapp —, quem seria aquele Elah?

“Qual Elah? Eu tenho cinco Elahs na minha lista!”, respondeu.

“Bom, então considera-me o teu sexto!”

Este foi apenas um entre os vários começos de conversa que Hwaida Saad teve desde que a Síria entrou em guerra, em março de 2011. A partir da capital do Líbano, esta jornalista conseguiu juntar uma lista de contactos vasta, que vai desde combatentes leais ao regime de Bashar al-Assad, até aos jihadistas do Estado Islâmico, passando pelos vários grupos de oposição ao Governo sírio, dos mais moderados aos mais radicais.

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Desde o início da guerra que Hwaida Saad se tornou num dos únicos pontos de ligação ao resto do mundo para vários combatentes daquela que se tornou numa das guerras mais intricadas do planeta.

Antes de ser jornalista do The New York Times, Hwaida Saad era gerente de uma sucursal em Beirute de uma empresa síria de importação de peças de automóveis

Entrou no jornalismo em 2007, quando tinha 37 anos, por acaso. O primeiro-ministro do Líbano, Rafic Hariri, acabava de ser assassinado e o país foi, como acontece de forma cíclica por aquelas coordenadas, invadido por jornalistas e correspondentes de jornais estrangeiros. Um deles, do Boston Globe, costumava recorrer aos serviços de uma amiga de Hwaida, que fazia de fixer — ou seja, tradutora, intérprete e também responsável por arranjar contactos. Só que, dessa vez, a amiga de Hwaida não podia. E então perguntou-lhe se queria experimentar uma nova profissão durante um par de dias.

Hwaida, que à altura era gerente de uma loja de importação de peças para automóveis que pertencia a uma empresa síria, aceitou a proposta. Depois de alguns dias a acompanhar o repórter do Boston Globe, foi contactada por Robert F. Worth, chefe de redação do The New York Times em Beirute. Queria saber se ela queria ir trabalhar para aquele jornal que “só” recebeu 117 prémios Pulitzer.

“O The New York Times? O que é que interessa o The New York Times?”, comentava Hwaida à altura, com amigos e família. A irmã ficou boquiaberta. Perguntava-lhe se estava a falar sério. “Vais aceitar, certo?”, atirou-lhe a irmã.

Lá aceitou.

“Quando entrei para o The New York Times… Foi qualquer coisa”, diz ao Observador, numa chamada por Skype, mostrando a sua gargalhada fácil. Nos primeiros tempos no jornal, Hwaida acompanhou outros jornalistas da redação em Beirute para ajudar a pesquisar e a escrever artigos no Líbano e também na Síria. Já nessa altura, os dois países eram imensamente diferentes. Enquanto no Líbano estiveram relativamente à vontade para escrever sobre a compra de votos nas eleições de 2009, bastava irem até à Síria para serem intimidados pelo Governo, que os proibia de escreverem sobre a seca no interior do país. Acabaram por escrevê-lo na mesma — o que valeu uma expulsão temporária do jornalista Robert F. Worth por parte do regime sírio. Isto foi em 2010.

Hwaida Saad esteve na Síria em trabalho antes e depois das primeiras manifestações. De todas as mudanças, a maneira como os sírios passaram a referir-se ao Presidente Bashar al-Assad foi a que mais a impressionou. “As pessoas falavam do Bashar. Só Bashar, não havia cá ‘Presidente’”, recorda. “Isto foi um ponto de viragem na minha vida e na minha experiência enquanto jornalista.”

Depois, veio 2011 e vieram as manifestações contra o regime de Assad. A partir daí, outro tipo de jornalismo passou a ser possível fazer na Síria. Com a entrada facilitada no país vizinho, Hwaida começou a poder falar com quem quisesse na rua. De repente, toda a gente queria falar. E, para choque desta jornalista libanesa, a maneira como o faziam não era de somenos. Não só falavam de Bashar Al-Assad, como se referiam ao Presidente sírio como nunca o tinham feito antes. “As pessoas falavam do Bashar. Só Bashar, não havia cá ‘Presidente’”, recorda. “Isto foi um ponto de viragem na minha vida e na minha experiência enquanto jornalista.”

Mas, com o passar do tempo, a Síria começou a ser um país demasiado perigoso para jornalistas — desde que a guerra começou, 101 foram mortos em serviço naquele país. Em fevereiro de 2012, o enviado do The New York Times, Anthony Shadid, morreu depois de um ataque de asma. Dias depois, a veterana do The Sunday Times Mary Colvin morreu durante o ataque do regime sírio à cidade de Homs. A estes, junta-se uma longa lista de jornalistas sírios (88% do total), grande parte deles jornalistas-cidadãos.

Depois, no verão de 2014, o Estado Islâmico ganhou o protagonismo que tanto procurava, ao dar provas de que não tinha problemas em degolar jornalistas e mostrá-lo ao mundo. Foi assim com o norte-americano James Foley, com Steven Sotloff e, mais tarde, já em janeiro de 2015, com Kenji Goto.

Com isto, as entradas do The New York Times na Síria foram limitadas, por razões de segurança. “Foi nesse momento que a situação no terreno deixou de ser confortável”, explica Hwaida Saad. “No início da crise nós sabíamos que podíamos falar com um grupo ou com outro, porque sabíamos quem é que estava a controlar cada área. Agora há demasiados grupos e não conhecemos os seus contextos, por isso concluímos que não era seguro.”

No entanto, a falta de segurança não significou o fim do trabalho de Hwaida — antes pelo contrário. Já que não podia ir às cidades e às outras zonas quentes da guerra na Síria, a jornalista do The New York Times virou-se para aquele que é um importante campo de batalha daquele confronto que já leva mais de cinco anos: as redes sociais.

(Crédito: Andreia Reisinho Costa)

Andreia Reisinho Costa

Foi pelos lados da Facebook e do Twitter que, depois de tantas voltas, Hwaida conseguiu juntar aquela que é seguramente uma das listas de contactos mais extensas entre qualquer jornalista que escreve sobre a guerra na Síria.

Seja na capital, Damasco; em Idlib, cidade perto da fronteira com a Turquia e ponto de passagem para muitos que tentam fugir para a Europa; nas cidades sitiadas de Madaya ou de Homs; ou até em territórios do Estado Islâmico, Hwaida arranja cidadãos e sobretudo combatentes que, à noite, quando as armas se calam, passam horas a contar-lhes as suas vidas.

Os combatentes que tiraram a Hwaida o vício das compras online

Hwaida tinha um vício: comprar roupa na Internet. Todas as noites, já em casa, abria o computador e atirava-se metodicamente a sites de moda, dos quais encomendava roupa atrás de roupa. “É verdade, havia muita roupa, gastou-se muito dinheiro”, diz, rindo-se de si própria.

Só que, quando a guerra na Síria começava a ganhar cada vez mais escala, o vício de Hwaida começou a ser interrompido por chamadas no Skype ou mensagens no Facebook de ativistas e combatentes, a maior parte deles jovens, que queriam falar ao final do dia. “Eles ajudaram-me, porque eu tinha este vício de comprar roupa todas as noites, mas eles de certa forma afastaram-me desse hobby”, diz.

Até porque não lhe sobra tempo. Todas as noites, à meia-noite em ponto, tem encontro marcado com um combatente da oposição que está neste momento em Zabadani, uma pequena cidade na fronteira com o Líbano, que está sob controlo dos rebeldes e à qual as tropas do regime sírio montaram um cerco, com a ajuda dos libaneses do Hezbollah.

Antes da guerra, Hwaida Saad passava grande parte do tempo livre a comprar roupa na internet. “É verdade, havia muita roupa, gastou-se muito dinheiro”, conta. Agora que passa as noites a falar com combatentes, deixou de ter tempo para compras. “Eles ajudaram-me, porque eu tinha este vício de comprar roupa todas as noites, mas eles de certa forma afastaram-me desse hobby”, diz.

“Todos os dias ele liga-me à meia-noite. Todos os dias. Diz-me o que comeu, que vegetais é que plantou nesse dia, o que é aconteceu…”, enumera Hwaida. “Às vezes pergunto-me a mim mesma: ‘O que é que lhe devo perguntar? Que tipo de pergunta é que se faz a alguém que está sob um cerco militar?’. Eu pergunto-lhe como é que ele está e ele diz ‘estou bem, está tudo na mesma’”, conta, imitando o encolher de ombros do combatente de Zabadani. “É claro que está tudo na mesma, ele está sob cerco”, desabafa Hwaida.

“Então ele quer saber notícias minhas, quer saber como é que está a minha vida”, explica a jornalista. “Quer saber o que eu comi, por exemplo.” Nessas alturas, costuma mentir-lhe. “Se calhar este tipo anda a comer folhas e eu vou dizer-lhe que comi frango?”, diz. “Eu não lhes quero dar a sensação de que vivo uma vida melhor do que a deles.”

“Agora a vitória já não lhes interessa, só lhes interessa saber como arranjar pão”

Cinco anos depois de escrever sobre a guerra na Síria, sobretudo através de conversas diárias com combatentes, Hwaida nota que o discurso de todos se tem alterado com o passar do tempo.

Entre os apoiantes de Bashar al-Assad, a lealdade para com o ditador deixou de ser marca identitária daqueles que lutam pela manutenção do seu poder. “No início havia muitas pessoas que eram pró-Assad e queriam defendê-lo até ao fim, mas agora as coisas mudaram e eles começaram a queixar-se de muita coisa”, diz.

Entre aqueles que estão no Estado Islâmico, Hwaida nota sobretudo arrependimento. “Quando o Estado Islâmico apareceu na Síria [em 2014], muita gente achou que eles eram a solução”, diz, referindo-se a muitos soldados e ativistas que até essa altura tinham estado do lado da oposição moderada. Alguns acabaram por trocar de lado. “Ficaram convencidos da ideologia do Estado Islâmico. Mas depois quando descobriram a brutalidade do Estado Islâmico, começaram a pedir-me como é que podiam sair de lá”, recorda, explicando que não tinha como ajudá-los no seu arrependimento.

Ao longo dos anos, Hwaida foi testemunhando a crescente radicalização de alguns dos combatentes da oposição. “Alguns chocaram-me profundamente”, admite. “No princípio, ninguém me perguntava nada sobre a minha religião, mas depois começaram a colocar questões”, conta. “Um deles foi o choque da minha vida, porque ele perguntou-me sobre a minha religião e eu, como pensava que ele era um moderado, fui honesta e disse-lhe qual era. Ele respondeu ‘se eu soubesse isso desde o início nunca tinha falado contigo’.”

Uma prova desse radicalismo crescente ficou documentada na reportagem em que Hwaida Saad e Anne Barnard, chefe de redação do The New York Times em Beirute, contam a história de Abu Bilal, um jovem que começou por ser um ativista anti-regime em Homs e que mais tarde se juntou ao Estado Islâmico. Foi em nome daquele grupo terrorista que, algures entre o final de 2015 e o início de 2016, fez um ataque suicida no seu próprio bairro, em Homs, matando pelo menos 30 pessoas.

“Um deles foi o choque da minha vida, porque ele perguntou-me sobre a minha religião e eu, como pensava que ele era um moderado, fui honesta e disse-lhe qual era. Ele respondeu ‘se eu soubesse isso desde o início nunca tinha falado contigo'.”

E depois há aqueles que continuam a pertencer à miríade de grupos anti-regime, que vão desde a oposição democrática a grupos islâmicos moderados. O idealismo que caracterizou estes grupos logo nos primeiros tempos da revolta contra Assad dissipou-se. “São cada vez menos idealistas. No início queriam saber da Síria, queriam conquistar isto ou aquilo, queriam chegar à vitória”, recorda Hwaida. “Agora a vitória já não lhes interessa, só lhes interessa saber como arranjar pão e comida para eles e para os filhos. Esqueceram-se da revolução, das palavras e dos princípios que partilhavam comigo ao início.”

Alguns, depois de noites e noites a falarem pelo chat do Whatsapp ou em chamadas de voz no Skype (Hwaida tem como regra inabalável falar com os combatentes por vídeo) disseram que já não queriam voltar a conversar com ela. “Em que é que isto mudou alguma coisa da minha vida?”, perguntavam-lhe. Depois de cinco anos em que um país ficou destruído, levando com ele mais de 400 mil vidas e fazendo 4,8 milhões refugiados de guerra, Hwaida não tem resposta para lhes dar.

Mas também há aqueles que continuam a procurá-la a cada dia. “Há alguns que não comem há dias e eu ando aqui a comer três refeições por dia e sinto-me cansada, não me apetece falar com eles”, admite. O telemóvel toca a altas horas da noite, por vezes tirando-a do sono. Mas acaba sempre por responder. “Assim que aparece a primeira mensagem no telemóvel é impossível não falar com eles”, refere. E admite que, depois de tantas noites, é difícil ficar indiferente àqueles que lhe contam as suas vidas: “Fico muito ligada emocionalmente”.

A poesia, o galanteio e os pedidos de casamento

Não são raros os casos de combatentes que, depois de de falarem com ela, se apaixonam por Hwaida. “Passam.-se dias e meses sem verem amigos ou família, por isso, quando falamos com eles, ficam surpreendidos, porque queremos ouvir o que têm para nos contar”, explica.

Alguns acabam por fazer-lhe pedidos de casamento. Um deles partiu de um jovem empresário de Palmira — a monumental cidade que o Estado Islâmico capturou em maio de 2015, destruindo vários dos seus monumentos, e que foi reconquistada pelas tropas leais a Assad em fevereiro deste ano. “Ele estava sempre atrás de mim, mesmo depois de ter saído de Palmira continuou a escrever-me”, recorda, rindo-se às gargalhadas da situação. “Eu sentia-me tão mal, porque não queria dizer-lhe que aquilo não ia funcionar.”

(Crédito: Andreia Reisinho Costa)

Andreia Reisinho Costa

A certa altura, o jovem empresário perguntou-lhe que perfume estava a usar. Hwaida respondeu-lhe com a marca de perfume errado, intencionalmente. No dia seguinte, ele escreveu-lhe: “Encontrei um frasco do teu perfume!”. Hwaida continuou a não ceder aos encantos da sua fonte e ele, depois de tanto insistir, desistiu. Bloqueou Hwaida e nunca mais deu sinal de vida. “Parti-lhe o coração”, recorda Hwaida. “E fiquei a sentir-me mal, porque ele era um contacto muito bom!”, diz, de novo às gargalhadas. “Fico mesmo chateada quando isso acontece.”

Outro pretendente escreve-lhe “páginas e páginas de poesia”, mesmo depois de Hwaida cortar contacto com ele. “Porque é que não me respondes no Skype?”, lia-se numa das quadras. “É porque tens o cabelo tão lindo? É porque achas que és bonita? É porque te achas tão boa?”, continuava.

Muitos dos combatentes apaixonam-se por Hwaida. Escrevem-lhe poemas, compram-lhe perfumes na esperança de um dia lhe poderem entregar o frasco em mãos. Alguns, chegam a pedi-la em casamento. “Há uns a quem eu agradeço e depois há outros a quem eu digo que já chega e bloqueio”, explica Hwaida.

“Há uns a quem eu agradeço e depois há outros a quem eu digo que já chega e bloqueio”, explica Hwaida. Quando algum contacto lhe interessa, chega a mentir sobre a sua idade — em vez de dizer que tem 46, a sua idade verdadeira, diz antes que tem 25 ou 30 anos. Quando pretende afastar alguém, diz-lhes que tem 50.

Às vezes, numa tentativa de evitar qualquer tipo de avanço romântico por parte dos seus contactos, diz às suas fontes que está noiva. “Só que depois há uns a quem eu já digo que estou noiva há muito tempo”, diz. “Eles depois perguntam-me: ‘Então mas há quantos anos é que estás comprometida? Não te devias ter casado já? Que é feito do teu noivo?’”

Entre propostas de casamento, poesia de qualidade questionável e simples conversa quotidiana, Hwaida consegue também obter informações cruciais para entender o estado da guerra nos vários pontos do país e aquilo que poderá estar prestes a acontecer.

Uma vez, um jihadista do Estado Islâmico estava prestes a contar-lhe qual seria um dos próximos passos a dar por aquele grupo. “Assim que ele falou de uma coisa em concreto, as nossas contas foram logo bloqueadas”, queixa. Já por cinco vezes Hwaida teve as suas contas bloqueadas pelo Facebook, por manter conversas com jihadistas. O The New York Times já pediu à empresa de Mark Zuckerberg para que fosse aberta uma exceção — “nós estamos a fazer jornalismo” —, mas nunca teve sucesso. “Já perdemos muitos contactos assim”, refere.

Mas não é por isso que eles passam a ser poucos. Continuam a ser milhares e milhares de contactos que sobram para lhe preencher os dias, marcados pelo constante bzzz-bzzzzzz do seu telemóvel. “Eu tenho amigos que me dizem ‘oh, estou tão aborrecido, não tenho nada para fazer’”, conta. “Eu digo-lhes logo: ‘Fiquem aqui com alguns dos meus contactos e nunca mais se aborrecem!”

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