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JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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Martha Lane-Fox, administradora do Twitter: "Há valorizações de doidos no setor tecnológico"

A entrevista do Observador a Martha Lane-Fox: a empresária que cofundou a Lastminute.com, faz parte da administração do Twitter e tem sido decisiva nas políticas de digitalização do Reino Unido.

Martha Lane-Fox foi a mulher mais jovem a entrar para a Câmara dos Lordes do parlamento britânico. A 25 de março de 2013, com 40 anos, a empresária e investidora entrou para a nobreza londrina: passou a ser reconhecida como a baronesa Lane-Fox de Soho, da Cidade de Westminster. No currículo, Martha já levava a reputação de ser “a chefe do digital”, a empreendedora que foi pioneira no desenvolvimento do comércio online. Cofundadora da Lastminute.com — uma das empresas tecnológicas britânicas que sobreviveu à bolha das “dotcom” e que foi adquirida em 2005 (já a empresa estava cotada em bolsa há cinco anos) pela Sabre Holdings por 577 milhões de libras –, há um ano que faz parte do conselho de administração do Twitter.

Ao Observador, Martha Le Fox falou das “valorizações individuais no setor tecnológico que são de doidos”, mas que não a espantam porque “de alguma forma a tecnologia consegue atrair esta excitação desproporcional” por parte das pessoas. Explicou que o Twitter “precisa de fazer funcionar o seu modelo de negócio rapidamente. Precisa de não se preocupar apenas com os utilizadores, mas com as receitas também” e que “o ruído” que se tem gerador”à volta do Twitter tem sido muito destrutivo”. Por ser “uma espécie de última romântica do Reino Unido”, sente-se “devastada com aquilo que o país fez a si próprio” – a saída da União Europeia.

Considerada uma das maiores activistas e impulsionadoras da literacia tecnológica no Reino Unido, Martha Lane Fox faz ainda parte do conselho de administração de empresas como a mydeco.com e a Marks & Spencer. Esteve em Lisboa para inaugurar o programa que a Second Home lançou em parceria com a Embaixada Britânica em Portugal e que promete trazer à capital portuguesa empreendedores, investidores e inovadores internacionalmente reconhecidos para um ciclo de palestras e conversas.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Estudou artes.
Sim, estudei História Antiga e Moderna.

E como é que apareceu a tecnologia, o empreendedorismo e a economia digital?
É muito difícil analisares-te a ti própria. Mas acho que se tivesse de apontar alguma razão seriam duas: primeiro, a história acontece sempre à volta de ideias, é a humanidade a redefinir-se, especialmente na História Antiga e Moderna, que foi o que estudei. Portanto, acho que estive sempre interessada em novas ideias e em perceber como os seres humanos continuam a levar o mundo para a frente ou a dar saltos como foram as democracias. Outra coisa muito importante tem a ver com a minha família: a minha mãe era empreendedora, teve um negócio com a melhor amiga. O meu pai era académico, é um historiador muito conhecido, mas publicava sempre os seus livros e tinha um pequeno negócio paralelo também. O meu avô também era empreendedor… Por isso, acho que faz parte do meu contexto.

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Como surgiu a ideia de lançar a Lastminute?
Não foi ideia minha.

Mas foi a sua primeira empresa.
Foi a minha primeira empresa, mas não foi o meu primeiro emprego. Da universidade, em 1994 (tinha 21 anos), fui diretamente para uma empresa de consultoria, uma startup muito pequena focada em negócios de media e de telecomunicações. Isso realmente mudou a minha vida, porque me fez entender verdadeiramente os negócios. A consultoria obriga-nos a desconstruir os negócios e então tive essa oportunidade: de ser capaz de olhar para as coisas e aprender. Também estive focada particularmente na disrupção que a Internet estava a causar aos negócios de telecomunicações e de media. Foi um luxo incrível ter tido a oportunidade de olhar para todas estas mudanças no início dos anos 1990. Isto foi fantástico e também foi nesta altura que conheci Brent Hoberman, o verdadeiro cérebro por detrás da ideia do Lastminute.com e desenhámos o plano de negócios juntos. Quando começámos o negócio, tinha 25 anos. Não sabia nada de nada.

"A nível macro, vivemos um momento de incerteza financeira e isso vai afetar a tecnologia. Acho que prefiro dizer isto assim. É óbvio que há valorizações individuais no setor tecnológicos que são de doidos" 

Não sabia nada, mas criou um negócio que sobreviveu à bolha das dotcom e que mais tarde foi vendida numa operação que a avaliou em 577 milhões de libras. Quando se lembra destes tempos, havia alguma coisa que gostaria de ter feito e que não fez?
Muitas, muitas coisas. Sinto que foi um período de tempo compacto e exagerado, com muitos negócios a escalar muito rapidamente, o que tinha a ver com a urgência que se sentia naquela altura na Internet e no comércio eletrónico. Foi um boom que aconteceu de repente e nós estávamos lá no meio, com mudanças a ocorrer nos media, nas formas de consumo, em várias indústrias. Foi um período muito estranho e 20 anos depois, na minha cabeça, parece-me uma espécie de universo paralelo. Tal como seria de esperar, há muitas coisas que gostaria de fazer diferente, mas não me arrependo delas porque isso também não nos ajuda muito.

Acho que fizemos algumas más contratações, decisões terríveis no que diz respeito a pessoas. Comprámos muitas empresas de forma muito rápida quando fomos admitidos em bolsa (IPO). Comprámos 27 empresas em dois anos, o que foi de doidos. Algumas delas correram muito, muito mal e foi mau para as pessoas e mau para nós. Acho que a coisa sobre a qual refletiria agora seria precisamente na nossa dispersão de capital em bolsa. Foi uma tensão motivada pelos bancos, pelos investidores em capital de risco, não tanto por mim e pelo Brant e foi de doidos. Foi de doidos.

Se fosse hoje, teria optado por não dispersar o capital da Lastminute em bolsa?
Não, não teria. Teria tomado essa decisão muito, muito mais tarde. Na altura, não tínhamos receitas nenhumas, lucro nenhum. A intensidade que se colocou na empresa foi ridícula. Na verdade, fico feliz por perceber que agora as empresas se mantêm privadas durante mais tempo. Acho que é muito mais saudável para as empresas.

Tem-se discutido muito quando é que empresas como a Uber ou o Airbnb passam a ser cotadas em bolsa. E a verdade é que nunca tivemos startups não cotadas com avaliações tão elevadas. Estamos a viver outra bolha?
Sem dúvida. Desculpa, acho que disse isto depressa demais. Sinto que se sairmos do campo da tecnologia, a nível macro, vivemos um momento de incerteza financeira e que isso vai afetar a tecnologia. Acho que prefiro dizer isto assim. É óbvio que há valorizações individuais no setor tecnológico que são de doidos. Há sempre, porque de alguma forma a tecnologia consegue atrair esta excitação desproporcional e por isso um interesse de loucos. Há desafios do setor tecnológico, mas na verdade os maiores desafios estão à volta da estabilidade financeira de muitos países, das moedas centrais e acredito que terão um impacto nos próximos cinco anos que ainda não percebemos.

"Acho que a empresa cresceu muito, muito depressa, passou de nenhum utilizador para 350 milhões de utilizadores em cinco anos. Este período de crescimento foi uma loucura, teve diferentes líderes, o que não beneficiou todas as dinâmicas diferentes que estavam a ocorrer na empresa"

Acha que esta comunidade tecnológica está a cometer erros novos ou os mesmos erros do passado?
Não sei. É um boa questão, mas não acho que seja possível generalizar. Uma das coisas mais interessantes que me aconteceu (e não estou a exagerar) decorreu quando começámos o Lastminute.com. As pessoas fugiam de mim nas festas porque achavam que era muito esquisito eu querer entrar no mundo da Internet. Perguntavam-me “o que estás a fazer?” e agora é um setor tão interessante, tão cheio de energia. Em Londres, a cada hora há uma nova startup tecnológica. A cada hora. Tenho a certeza que estão a ser cometidos os mesmos erros, porque há apenas uma mão cheia de erros que podes cometer: contratar as pessoas erradas, não saberes gerir o dinheiro, ter o produto errado. Não é como se de repente o mundo estivesse completamente irreconhecível. Tenho a certeza que isto acontece a toda a hora, mas também acho que no empreendedorismo há esta energia particular que está a crescer e não a diminuir.

No ano passado, juntou-se ao conselho de administração do Twitter e é administradora de outras empresas. Como é que surgiu esta oportunidade?
Em 2005, comecei um negócio chamado LuckyVoice, com serviços de Karaoke privados. Mas nunca geri esta empresa, só investi nela. O Twitter é um dos principais focos da minha vida comercial, porque muito do meu trabalho é não comercial. Acho que foi uma feliz coincidência de um par de coisas diferentes. Eles precisavam de mais gente com perspetivas diferentes no conselho de administração, não só em questões relacionadas com diversidade mas também em termos internacionais. Sou uma super utilizadora do Twitter, adoro-o, interesso-me muito pelo que se passa lá. Para mim, o Twitter é muito mais interessante e complexo do que muitas outras plataformas que são negócios. Tem desafios, sem dúvida, mas tem muitas coisas nas quais estou interessada no mundo político, por exemplo. Sou uma super utilizadora e tenho a sorte de conhecer outras mulheres administradoras, como a Marjorie Scardino. Foi ela que me apresentou à empresa. E foi assim conheci o Jack Dorsey e o presidente não executivo.

Mas o Twitter é aquela empresa que toda a gente achava que ia explodir com o IPO e mesmo com o regresso do Jack Dorsey os resultados não são o que se esperava. O que aconteceu ao Twitter?
Só estou no conselho de administração há um ano. Não sinto que já tenha compreendido o génio da empresa na totalidade. Posso comentar agora o que para mim é muito simples: acho que a empresa cresceu muito, muito depressa, passou de nenhum utilizador para 350 milhões de utilizadores em cinco anos. Este período de crescimento foi uma loucura, teve diferentes líderes, o que não beneficiou todas as dinâmicas diferentes que estavam a ocorrer na empresa. O Jack regressou só há dois anos para tentar realinhar o negócio e já ocorreram várias melhorias. Acho que fundamentalmente precisa de fazer funcionar o seu modelo de negócio rapidamente. Precisa de não se preocupar apenas com os utilizadores, mas com as receitas também. Este é o processo.

"Os jornalistas utilizam o Twitter, aproveitam o conteúdo que lá está, mas se juntarmos isso ao facto de ser uma empresa pública, percebemos que é uma combinação tóxica se quisermos mudar muitas coisas na empresa. O ruído à volta do Twitter é muito destrutivo"

Também acha que fez um IPO demasiado cedo, como o Lastminute?
Talvez. Não sei o que é que o Jack diria, mas acho que muito provavelmente diria que é fascinante poder fazer isto e ter recursos na empresa, mas por outro lado, há toda esta atenção no Twitter. Todos os media mundiais usam o Twitter, faz parte deste jornalismo mais preguiçoso — os jornalistas utilizam o Twitter, aproveitam o conteúdo que lá está, mas se juntarmos isso ao facto de ser uma empresa pública, percebemos que é uma combinação tóxica se quisermos mudar muitas coisas na empresa. O ruído à volta do Twitter é muito destrutivo.

Tem estado muito envolvida no combate à iliteracia de computadores no Reino Unido, mas esse problema não é apenas do Reino Unido. O que é que ainda falta fazer?
Bem, há uma série de coisas. Quase metade do mundo não utiliza a Internet. É muito difícil esquecer isso quando fazemos parte da bolha: as grandes massas estão claramente na bolha, mas ainda há muita gente que não está. No Reino Unido, temos cerca de 10 milhões de adultos que ainda não utilizam a Internet. Isto tem a ver com o acesso físico à banda larga, mas também tem muito a ver com a classe sócio-económica. Por isso, acredito que é uma questão de justiça social, porque é muito frequente não pensamos em capacitar as pessoas com uma ferramenta que é tão simples.

Acho que é uma coisa com a qual temos de nos preocupar. Temos estado muito envolvidos com o Governo digital no Reino Unido. Fiz parte da equipa que digitalizou os serviços do governo britânico e que fez com que isto fizesse parte das operações do governo central. E enquanto fazia isso, conseguia ver que há milhões e milhões de pessoas que usam os serviços do governo todos os dias e que todos estes serviços são terríveis. Ao tornarmos estes serviços muito melhores estamos a ajudar estas pessoas. Sinto-me muito sortuda por ter feito parte disto. Acho que foi a minha maior conquista.

Há alguma coisa que lamenta ainda não ter feito?
Sou uma pessoa otimista e acho que apesar de ter 44 anos — às vezes brinco com o meu marido e digo-lhe que um terço da minha vida já foi –, há muitas coisas que quero fazer. Sou uma espécie de última romântica do Reino Unido. Sinto-me devastada com aquilo que o meu país fez a si próprio. Acho que é quase amoral termos deixado que o referendo acontecesse e que a classe política esteja a ser tão cobarde. Tenho a sorte de ter um lugar no Parlamento, na House of Lordes, e o que sinto é que qualquer pessoa que tenha voz precisa de fazer o melhor que pode para tentar que isto seja o menos doloroso possível.

"Não estou muito contente com o meu país neste momento. Acho que o Brexit é profundamente mau para o meu país e que o setor tecnológico apesar de ter feito muito ruído, não é o que mais me preocupa"

Como é que o Brexit pode ter impacto na economia tecnológica? Quais são os seus piores medos?
O meu maior medo é pensares no Brexit como um voto contra o sistema, que demonstra que as pessoas se sentem descontentes, estagnadas. Isto aconteceu um pouco por todo o mundo, mas acho que nalgumas áreas tem tido um impacto muito profundo. E depois temos estes picos incríveis de muita riqueza para algumas pessoas. Não acredito numa sociedade que funcione assim.

A minha maior ansiedade em relação ao Brexit é o facto de ironicamente as pessoas que votaram pelo Brexit serem as que são mais negativamente afetadas por ele, porque trabalham nas indústrias mais subsidiadas pela União Europeia. Este é o meu maior medo. O meu segundo maior medo, para ser honesta — e especialmente agora que estamos nesta embrulhada — é que parece que as pessoas que eram apaixonadamente pró-Brexit têm uma crença casual de que tudo vai correr bem. Não estou muito certa de que estão a tomar ações específicas e deliberadas para se assegurarem de que vai mesmo correr tudo bem. Tens não só a realidade horrível de como pode ser o pós-Brexit, mas também a atitude da nossa classe política, que além de estar a estragar todas as negociações, também não está a fazer o seu trabalho diário, preocupando-se com os serviços de saúde, com infraestruturas, a preocuparem-se com outras situações geopolíticas que se estejam a passar.

Não estou muito contente com o meu país neste momento. Acho que o Brexit é profundamente mau para o meu país e que o setor tecnológico apesar de ter feito muito ruído, não é o que mais me preocupa.

Tem lutado muito pela igualdade de género no setor tecnológico. E tem sido um tema bastante presente na atualidade, com escândalos como os assédios sexuais na Uber e na 500 Startups, por exemplo. Isto sempre aconteceu ou está a acontecer mais agora?
Esta indústria não existia há 30 anos. É uma indústria nova e temos a oportunidade de a tornar melhor, de fazer isto melhor do que qualquer outra indústria. Basta olhar para tudo o que se está a passar com Weinstein, para as coisas horríveis que se estão a passar em Hollywood, que é uma indústria com 150 anos que sempre objetificou as mulheres e tem uma relação complexa entre estrelas de cinema e atores. Não estou a desculpar, mas há uma história diferente. O setor tecnológico é muito novo, mais especificamente a Internet, e ainda assim parece que andámos para trás no que diz respeito a pensarmos isto de forma diferente. Acho isso muito depressivo e realmente não sei que resposta dar, mas sei que não se trata apenas de uma coisa, tratam-se de mudar todas as partes que entram nesta cadeia.

"Acho que o maior salto que podemos dar nos próximos 30 anos vai ocorrer quando tivermos microchips dentro de nós, quando estes aparelhos estiverem muito mais presentes, mas de uma forma positiva e saudável. Estou entusiasmada com a possibilidade de como a inteligência artificial pode melhorar o cérebro humano."

O problema da ausência de diversidade no setor tecnológico não tem só a ver com as mulheres. Também tem a ver com raça.
Sim, tem a ver com tudo. Na minha opinião, a diversidade de género é um dos maiores problemas que existe porque as mulheres representam metade da população. É tão simples quanto isso. Estamos a ser parvos porque não estamos a construir os negócios de sucesso que podíamos estar a construir, não estamos a criar uma variedade de produtos que agradem tanto a homens como a mulheres. Isto importa realmente e não é apenas no setor tecnológico, é em quase tudo. Trata-se das escolas, de como contratas pessoas, de como reténs pessoas nas empresas, é sobre como as pessoas saem, de como as encorajas a desenvolver novas competências. Tem a ver com todo o ciclo de vida.

Acho que as empresas podem fazer parte disso, mas é preciso olhar com atenção para todas as partes da cadeia que afetam os empregados. Qual é a linguagem que estamos a utilizar para falar com os nossos colaboradores? Às vezes é tão simples quanto isto. Existem muitas ideias que estão pré-concebidas no subconsciente e essa é uma área enorme que temos de trabalhar. Mas continuo uma otimista, porque sinto que talvez nunca tenha havido tanto foco nisto como agora. Claramente, temos de manter as ações necessárias para melhorarmos este aspeto e reconhecer o problema. Por isso, continuo otimista.

E visto que é uma otimista, qual é que vai ser a tecnologia vencedora?
Não acho que vá haver uma tecnologia vencedora… Tenho 44 anos e faço parte de uma geração que se consegue lembrar da vida antes da Internet e que tem esta relação engraçada com a tecnologia, porque na verdade não faz parte do nosso ADN. É um bocado estranho e sei que os meus amigos estão a lutar com a forma como devem orientar a relação que os filhos têm com a tecnologia. Acho que o maior salto que podemos dar nos próximos 30 anos vai ocorrer quando tivermos microchips dentro de nós, quando estes aparelhos estiverem muito mais presentes, mas de uma forma positiva e saudável. Estou entusiasmada com a possibilidade de como a inteligência artificial pode melhorar o cérebro humano. Claro que temos de nos certificar que os robôs não começam a matar-nos a todos (risos), mas não acho que estejamos sequer perto disso. Acho que há coisas mais interessantes como curar doenças, ajudar pessoas a ver melhor, a trabalhar melhor, essas coisas positivas. Acho que vamos aprender muitas mais coisas nos próximos 50 anos.

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