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Quando a maternidade não é assim tão cor-de-rosa

O que têm em comum duas bloggers e duas cronistas? Além de filhos, a forma como falam sobre a maternidade. Sem tabus e com muita ironia. Porque mães há muitas, sentido de humor nem por isso.

Filipa Fonseca Silva sempre quis ser mãe. Com apenas oito anos punha o despertador para as quatro da manhã para ir tratar do Nenuco como se de um bebé real se tratasse, com direito ao biberão de brincar e ao carinho de verdade. Aos 12, recebeu de braços abertos uma irmã e arrumou, definitivamente, a bonecada. Apesar do instinto maternal a acompanhar desde cedo, e de ser constantemente posto à prova com a irmã, só mais tarde seria mãe de primeira viagem. E é precisamente aí que começa a escrever em tom de desabafo, num registo irónico. Crítico, por vezes. “Já tinha alguma experiência com crianças, mas há coisas que só depois de sermos mães é que descobrimos”, diz ao Observador. “Por mais sobrinhos e irmãos mais novos que tenhamos, o cuidado da mãe é sempre diferente.”

É neste contexto que nascem os textos dedicados à aventura da maternidade, primeiro na forma de crónicas publicadas no blogue próprio e, depois, em jeito de livro. Coisas que uma mãe descobre (e de que ninguém fala) não é o primeiro trabalho literário de Filipa Fonseca Silva, ela que em 2011 tornou-se na primeira autora portuguesa a atingir o top 100 da Amazon com o livro Os 30 — Nada é como sonhámos. Mas se a barreira dos 30 traz situações imprevisíveis, o que dizer do desafio de ter um filho?

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Filipa Fonseca Silva / © Vera Marmelo

“As grávidas só falam de bebés”, “A gravidez é o pesadelo de uma fashion victim”, “As hormonas são umas cabras” e “Amamentar não é para toda a gente” são alguns dos títulos das crónicas trabalhadas pela escritora. “Sou uma pessoa muito frontal, não tenho tabus nem pretensões de ser politicamente correta. Não tenho pudor em dizer que amamentar é uma seca”, atira sem rodeios. Filipa fala da maternidade tal como ela é, conta o que de bom e de mau acontece, ironiza situações, queixa-se de outras e, sempre que pode, ri-se de si própria. Fá-lo sem medo das críticas que, volta e meia, lhe chegam à caixa de e-mail. Fá-lo porque acha que até na maternidade deve haver espaço para sentido de humor.

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“Sou uma pessoa muito frontal, não tenho tabus, nem pretensões de ser politicamente correta. Não tenho pudor em dizer que amamentar é uma seca."
Filipa Fonseca Silva

Não é a única a pensar assim. Sofia Anjos também entra neste círculo restrito, ao escrever uma coluna de opinião de mães para mães na secção Life&Style do jornal Público. O que começou como um desabafo pessoal tornou-se num registo semanal que já conta com leitores fiéis. As suas palavras dificilmente passam despercebidas, até porque Sofia faz questão de mostrar que a tela da maternidade não se pinta apenas em tons de rosa. Por esse motivo, as crónicas “Mães há muitas” têm gerado polémicas, também elas, muitas. Tantas que o projeto, à semelhança do que aconteceu com Filipa Fonseca Silva, transformou-se num livro.

Difícil é Parir a Mãe reúne os desejos e as birras de uma mãe em construção, isto é, os textos que escreve há coisa de dois anos para meio mundo ver. “Foi um título difícil de parir”, brinca Sofia Anjos, que já antes foi entrevistada pelo Observador. Em cima da mesa estavam outras propostas para batizar o primeiro livro daquela que é licenciada em Comunicação Empresarial — como o título “Mãe que te pariu”, mais duro e com uma conotação paralela. Ainda assim, refletia a ideia do projeto: “Põem-se sempre as dificuldades no bebé, mas as dificuldades estão em nós. Este livro retrata o nascimento de uma identidade [a criação de uma mãe]”.

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A cronista Sofia Anjos / © Hugo Amaral/Observador

Sentido de humor? Sim, mas com limites.

Uma das suas crónicas mais conhecidas toca um tema que é tabu para muitas mães: “As mães não se medem às mamadas” recebeu cerca de 40 mil leitores e mais de 70 comentários, muitos deles a criticar a postura da cronista. Apesar do frenesim que se gerou à data, Sofia Anjos não quer ofender ninguém. Já o disse antes, mas volta a repetir: escreve de uma forma lúdica, não se considera especialista na matéria e não tem a pretensão de ensinar nada a ninguém. Mas reconhece que os seus textos têm targets diferentes: “Acho que há quem se diverte e, mesmo que não se identifique, entende o sentido de humor. Há quem não goste do género literário e até mesmo quem não o entenda. Ainda somos muito conservadores em termos de abordagem maternal.”

“Dei de amamentar três meses. Isso coloca-me num meio-termo, não sou boa nem má, fico ali em purgatório matriarcal até decidirem que juízo dar a esta média. Contas feitas, quem amamenta seis meses é uma boa mamã, quem amamenta dois meses é uma mamã menos boazinha. As que ultrapassam os seis meses são profissionais e as que ultrapassam um ano são as minhas preferidas, são as mamãs prodígio.”
Sofia Anjos, “As mães não se medem às mamadas”

“Neste tipo de humor não se pode ser totalmente disruptivo”, continua Sofia Anjos, explicando que há limites. Apesar disso, aponta o dedo no sentido da evolução no que a mentalidades diz respeito. Pensa que o facto de já se falar nas situações menos felizes que acontecem no decorrer da transformação de uma mulher em mãe é um sinal positivo e sinónimo de mudança: “Para já é ótimo que se fale das coisas, as mudanças não têm de ser de rompante. Isto é um tema tão íntimo para nós… E todas as mães, e todos os pais, acham que são doutorados. É preciso tempo para as coisas mudarem, mas não temos de falar de uma forma agressiva ou de protestar.”

“Há muita gente que diz ‘Pode-se brincar com algumas coisas, mas não com tudo’. Como não? No início do ano éramos todos Charlie, mas agora não se pode brincar com tudo? [É preciso] aceitar que a liberdade de expressão é um direito constitucional.”
Filipa Fonseca Silva

Filipa Fonseca Silva, por sua vez, mostra mais indignação. “Tudo o que mete a maternidade é sagrado. Não posso dizer mal dos meus filhos que isso faz de mim má mãe”. E dá um exemplo concreto: “Não há nenhum pai cujo bebé tenha tido cólicas que não tenha tido um momento ‘cala-te, senão atiro-te da janela!’.” Para ela, o sentido de humor na maternidade encontra-se numa direção desejável, mas não esconde que dá por si a encontrar recorrentemente a frase “podes falar de tudo, mas com limites” na caixa de comentários do blogue. Isto enfurece-a e, tal como já tinha avisado, fá-la falar sem tabus: “Há muita gente que diz ‘pode-se brincar com algumas coisas, mas não com tudo’. Como não? No início do ano éramos todos Charlie, mas agora não se pode brincar com tudo? [É preciso] aceitar que a liberdade de expressão é um direito constitucional.”

Críticas? “Eu sou a Cocó e gosto”

“Quando só se mostra o lado feliz é mentira. Há blogues muito lindos, e ainda bem que existem, mas aquilo nem sempre é assim. As crianças fazem cocó, têm ranho no nariz e fazem birras a meio da noite. A maternidade é isto de amar incondicionalmente, mas será que podemos desabafar?” A pergunta é retórica, isto porque Sónia Morais Santos é perita em desabafar no blogue que criou em 2008 — importa fazer as contas e dizer que já lá vão cerca de sete anos, um tempo de vida útil muito além do que a maioria dos projetos na blogosfera tende a oferecer.

O Cocó na Fralda surgiu de forma espontânea, com a jornalista a contar as peripécias do que era, então, ser-se mãe de dois filhos. Na altura estava a trabalhar na Time Out Lisboa e coube a uma colega em particular — Ana Garcia Martins, do blogue A Pipoca Mais Doce — incentivá-la a passar para o papel as aventuras que tinham nos miúdos verdadeiros protagonistas de uma comédia familiar ao jeito de Hollywood. Mas mais do que desabafar, a ideia era mesmo “queixar-se” deles.

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Sónia Morais Santos / DR

“Não acredito que haja alguém que já não tenha tido vontade de dizer ‘porque é que eu me meti nisto?’”, diz Sónia Morais Santos. “Acho que cada vez mais se fala sobre a maternidade, isto é, sobre o lado menos maravilhoso e rosinha. Deixou de ser um tabu. Só era permitido às mães escorrer baba sobre os filhos. Senti que podia ajudar falando sobre isso”, continua. Ao longo de tanto tempo de vida, o blogue alimentou-se de duas realidades opostas: se por um lado começaram a aparecer pessoas que lhe agradeciam as palavras, por se identificarem com alguns momentos, outras apontavam-lhe sucessivamente o dedo num tom e gesto críticos. E há exemplos para ambas as situações.

“Se há coisa que invejo nesta vida são os pais que gostam de brincar com os filhos. Mas que gostam mesmo, genuinamente, assim com paixão desmesurada. Eu gostava de gostar. A sério. Gostava de me sentar no chão, contente, a brincar às mães e aos pais, a fazer corridas de carrinhos, a vestir e a despir bonecas, a fazer cozinhados de faz de conta, a pentear poneys. Desgraçadamente, não é o que acontece. Sento-me no chão, é certo, mas faço um frete bestial. A esta altura já há mães a benzerem-se, ai Jesus como é possível uma mãe assim? Pois é. Isto há de tudo nesta vida. E eu perdi, algures no processo de crescimento, o gosto pelas brincadeiras.”
Sónia Morais Santos, Cocó na Fralda

“Uma coisa de que me lembro perfeitamente foi quando disse, pela primeira vez, que não gostava de brincar. A quantidade de pessoas que apareceram que nem baratas debaixo das pedras a agradecerem-me por ter disto isto… Sentiam que eram mães horríveis [por pensarem de forma semelhante]”, relata. Na altura lembra-se de ter pensado que, se calhar, aquilo era serviço público. Mas também há o reverso da medalha, como quando, à falta de pimenta, decidiu pôr tabasco na língua do filho mais velho por este ter dito um palavrão. O certo é que o Manel nunca mais repetiu o vocabulário impróprio aos ouvidos da mãe, mas isso não impediu que a blogger e jornalista fosse duramente criticada.

“Acho que cada vez mais se fala sobre a maternidade, isto é, sobre o lado menos maravilhoso e rosinha. Deixou de ser um tabu. Só era permitido às mães escorrer baba sobre os filhos." 
Sónia Morais Santos

Se há uma coisa que o blogue lhe ensinou é a fechar os olhos a quem critica. Se no início os comentários negativos levavam-na a ponderar desistir do projeto, com o tempo desenvolveu uma carapaça e percebeu que há pessoas que “estão contra tudo” e que, por isso, não merecem a sua preocupação. Ainda assim, admite que se fosse hoje não teria publicado algumas coisas — como a fotografia do Manel de queixo cosido, ferimento que resultou de uma queda aparatosa e que ao início (só ao início) julgou-se engraçada. “Foi ele que me pediu para o fotografar, mas não devia ter posto aquela imagem. Tive uma leitora a dizer-me que era uma pena que ele não tivesse morrido porque assim o blogue teria mais publicidade e eu ficaria rica.”

Atualmente, Sónia Morais Santos escreve e rescreve as coisas. É o seu próprio lápis azul porque, diz, aprendeu que há sempre pessoas suscetíveis de serem ofendidas. E, à semelhança de Sofia Anjos, não quer injuriar ninguém. Mas também não ambiciona cortar ou reduzir as doses de humor, este que se manteve inalterado à medida que ia somando filhos — já vai no quarto. Isso facilmente se reflete na escolha do nome para o blogue, uma assinatura escatológica e provocadora que já a fez perder dinheiro (há marcas que não se querem associar ao blogue por esse motivo), mas que ainda lhe cai bem. “Eu sou a Cocó e gosto.”

"Tenho em mim todas as condições para ser o diabo das mães fundamentalistas. Sou constantemente palco de pancada para essas mães, mas também acho graça. Em todos os fundamentalismos consigo ver um potencial de humor bastante forte.”
Ana Garcia Martins

“Sou o diabo das mães fundamentalistas” 

Se encarar a maternidade com sentido de humor pode ser visto como uma boa ferramenta para lidar com o stress que resulta da experiência, porque andam tantos nervos à flor da pele? “A maternidade é um tema que é levado com excessiva seriedade. As mães são a classe mais fundamentalista que há. Cada mãe acha que domina totalmente a arte da maternidade. Obviamente que não bem assim.” Quem o diz é Ana Garcia Martins, blogger que se descreve como o “anticristo” das mães. Primeiro porque teve um parto de cesariana e, depois, porque só amamentou durante quatro dias.

“Tenho em mim todas as condições para ser o diabo das mães fundamentalistas. Sou constantemente palco de pancada para essas mães, mas também acho graça. Em todos os fundamentalismos consigo ver um potencial de humor bastante forte”, comenta sem grandes hesitações. A Pipoca Mais Doce, como é conhecida, diz que fazer humor é parte integrante da sua vida, pelo que a ironia delicada e a mordacidade chistosa entraram pela porta principal quando deu início à sua nova faceta — ser mãe. A isso acrescenta que sempre tentou “não dourar a pílula”.

Ana Garcia Martins, Pipoca mais doce,

Ana Garcia Martins, A Pipoca Mais Doce / © Miguel Soares

Com a chegada do pequeno Mateus, Ana Garcia Martins lançou-se na literatura infantil e criou uma coleção de livros apostados em relatar as histórias que se passam em família depois de um casal ser pai pela primeira vez. Primeiro veio Quem deu um pum? e, agora, Já dormias, não?, que num registo irónico retrata o que uma família faz para adormecer uma criança — a pergunta que deu origem ao título, diz, está naquele tom querido, mas ligeiramente ameaçador. “Os livros são mais uma prova de como há alguma dificuldade em trazer humor para os temas infantis”, conta. “Para muitas pessoas foi um escândalo usar a palavra ‘pum’ quando se a disserem a uma criança ela é capaz de ficar a rir-se durante três horas.”

“Quando lhe tento dar uma colherada de comida que não seja passada, ou se engasga e acaba a vomitar, ou então nem sequer faz o esforço e cospe logo, ao mesmo tempo que faz uma cara de nojo, como se o estivesse a obrigar a comer iscas de cebolada. Sacana do puto.”
Ana Garcia Martins, A Pipoca mais Doce

"É verdade que nos culpabilizamos muito porque a tarefa cai muito sobre nós. Impõe-se o papel de super-mãe, como antigamente, e esquece-se que a mulher hoje trabalha como um homem. Misturam-se coisas que provocam uma exigência na vida de uma mulher e que criam uma culpa gigante."
Sónia Morais Santos

“Isto não é uma competição”

A verdade é que começam aparecer no mercado um conjunto de livros que exploram o outro lado de ser-se mãe, mais longe dos elogios e perto do que cai e fica mal, mas que é retratado com jeito. “Apesar de a maternidade ser o tema mais sério da nossa vida, também pode ser encarado com graça. Não pode vir mal ao mundo por se aligeirar e brincar com as coisas”, diz Ana Garcia Martins, que explora a ideia de que a tensão que existe talvez se deva à pressão que se coloca nas mães.

Da Pipoca para a Cocó, Sónia Morais Santos partilha da mesma opinião e acrescenta à equação a palavra culpabilização. “É verdade que nos culpabilizamos muito porque a tarefa cai muito sobre nós. Impõe-se o papel de super-mãe, como antigamente, e esquece-se que a mulher hoje trabalha como um homem. Misturam-se coisas que provocam uma exigência na vida de uma mulher e que criam uma culpa gigante.” E nessas circunstâncias, em que uma mãe acumula mais culpa do que a que consegue carregar, fica difícil fazer humor. Apetece chorar em vez de rir.

"Longe de mim ser um guru. Cada criança é uma criança. É muito arriscado generalizar. Quem não tende a achar graça aos textos mais irónicos e corrosivos é porque se tenta pôr no papel dessa mãe e não se consegue rever. O primeiro instinto é de negação e, depois, ter uma reação intempestiva. Há muito pouca tolerância entre as mães." 
Ana Garcia Martins

A julgar pelo que se diz e pelo que se escreve parece que só agora, por contraste a gerações passadas, é que é difícil assumir de forma exemplar o papel de mãe. Parece. “Sempre foi difícil”, argumenta a cronista Sofia Anjos. “Mas antigamente as mães estavam em casa. Claro que as mulheres já trabalham há anos, mas é normal que agora se levantem uma série de mães a dizer que isto é difícil. É que, atualmente, a mulher concilia tudo. Antigamente seriam outras dificuldades, estas são as de hoje em dia.” Sofia Anjos vai um pouco mais longe ao afirmar que os portugueses, regra geral, têm pouco sentido de humor e que o que existe é bastante sectário. “Falta trabalhar o tema da maternidade com leveza”, remata.

Para Ana Garcia Martins, cada mãe tem o direito a falar sobre a sua experiência e não percebe como é que outras pessoas se podem indignar com isso. “Longe de mim ser um guru. Cada criança é uma criança. É muito arriscado generalizar. Quem não tende a achar graça aos textos mais irónicos e corrosivos é porque se tenta pôr no papel dessa mãe e não se consegue rever. O primeiro instinto é de negação e, depois, vem uma reação intempestiva. Há muito pouca tolerância entre as mães. As mães são muito pouco solidárias nessas questões e rapidamente apontam o dedo.” Sónia segue-lhe a linha de pensamento ao constatar que “as pessoas estão cegas para destruir os outros. Passamos de bestiais a bestas numa fração de segundos.”

E o que diz a escritora que se afirma sem tabus? Que isto não é uma competição. “Quando temos um filho há um instinto natural para o sobrevalorizar e projetar nele as coisas que gostávamos de ter. É quase maldade, é tipo pirraça. ‘O meu filho já faz isto!’ E então? Cada criança tem o seu ritmo e as suas aptidões.”

As duas cronistas e as duas bloggers não tencionam parar de escrever tão cedo e continuam a apelar ao sentido de humor na maternidade. Consideram que a evolução é real e esperam que, com o tempo, certos tabus sejam deitados abaixo, qual muralhas de uma fortaleza à espera de guarnição. Até lá, é provável que continuem a descobrir coisas que apenas uma mãe sabe e a relatá-las em jeito de desabafos carregados de ironia.

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