O Montepio Socialtech é um programa de incubação, formação e aceleração de projetos de inovação social com base tecnológica. A Caixa Económica Montepio Geral, em parceria com o Laboratório de Inovação Social (LIS), o IES – Social Business School e do Impact Hub Lisbon, criou este acelerador que vai acolher 12 projetos que poderão mudar a vida de quem tem necessidades sociais urgentes e específicas. As candidaturas terminam a 5 de setembro.

Este é um programa que pretende fomentar e criar massa crítica, para que haja mais projetos de inovação social que solucionem problemas da sociedade. É uma iniciativa importante que não espera apenas receber candidaturas de ideias, mas também lançar na comunidade estudantil alguns desafios que possam trazer soluções de inovação social ao país.

A tática de 12-12-2

O júri vai selecionar 12 projetos que serão integrados numa incubadora durante 12 semanas (2 semanas de formação e 10 semanas de aceleração), 2 dias por semana que terão que passar pela implementação de um plano de trabalho, onde será diagnosticado o problema social. Durante este período, serão desenvolvidos um protótipo do potencial negócio, o modelo financeiro e ainda um dossier para investidores.

O programa terminará com a apresentação dos projetos a potenciais investidores num Demo Day que decorrerá em Novembro. No final, será escolhido um vencedor que, para além de todo o conhecimento que adquiriu, receberá ainda um prémio de 10 mil euros, atribuído pela Caixa Económica Montepio Geral. Haverá ainda lugar a um prémio adicional, no valor de 2,5 mil euros, por parte da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, para o projeto que ficar em 2º lugar. Outros prémios poderão ainda surgir através dos restantes parceiros do programa.

A grande mais-valia desta iniciativa é o acompanhamento, a mentoria e o networking facultados aos participantes, sob o olhar atento do Laboratório de Inovação Social, e ainda a possibilidade de contactarem com potenciais investidores.

O ponto-chave para a apresentação das ideias será o impacto gerado na sociedade, isto é, em termos de público e dimensão – o número de pessoas que pode abranger. O LIS será responsável por analisar vários aspetos da candidatura, como por exemplo a gravidade do problema, a emergência na solução, a existência ou não de soluções alternativas e, se caso hajam, de que forma o projeto pode ser ainda mais eficiente no ataque à problemática. Outro critério a considerar é a questão da sustentabilidade financeira, uma condição importante para que as candidaturas possam ter maior impacto e, futuramente, serem mais suscetíveis de serem alvo de investimento social.

Quem se pode candidatar e onde?

A apresentação dos projetos não se restringe aos estudantes das universidades. Este programa de empreendedorismo social, com base tecnológica, está aberto a todos, maiores de 18 anos, que formem equipas com duas a quatro pessoas, qualquer que seja a formação académica. Não há restrições relativamente à fase de desenvolvimento em que os projetos se encontram e as candidaturas são submetidas através do site.

Um algoritmo especial para surdos

Mas que tipo de ideias poderão ser apresentadas? Não há limites à imaginação quando se trata de colmatar lacunas em questões sociais. Todas as ideias serão analisadas tendo em conta a questão social e avaliadas à luz da componente tecnológica relacionada.

A título de exemplo, recordem-se alguns dos projetos vencedores do Santa Casa Challenge, 2016: como uma plataforma de Língua Gestual para serviços públicos, onde um algoritmo permite descodificar a linguagem gestual através de uma câmara e uma pulseira sensorial; ou uma app que permite ver obras de arte em museus gerando informação extra e animação interativa através do telemóvel apontado ao local.

Quem tem já bilhete direto para o programa Montepio Socialtech são as equipas vencedoras do concurso de ideias Santa Casa Challenge de 2016, e da maratona de programação Hack for Good, promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian, que desenhou uma aplicação móvel para facilitar o acesso de mulheres migrantes a médicos especialistas nos países de acolhimento.

Um projeto apelativo

A incubação decorrerá no espaço do Impact Hub, em Lisboa, uma rede global que se assume como um laboratório de inovação, incubadora de negócios e centro comunitário, presente em 80 cidades de 50 países e com 15 mil entidades envolvidas a nível global. Todo o plano de aceleração será conduzido pelo LIS e, até ao final da data das candidaturas, 5 de setembro, o programa será divulgado pelas várias universidades de base mais tecnológica: Universidades de Engenharia e Gestão. Em formato de workshop, o objetivo é incentivar a geração de ideias e a participação no programa.

Esta iniciativa visa desafiar a comunidade estudantil e apresenta-se como um projeto cativante uma vez que poderá vir a ter repercussões internacionais.

Diretamente nas universidades, foi proposto que, em equipa, se apresentasse uma solução para combater um determinado problema social e a partir daí poderiam submeter uma candidatura. Para quem já tem este tipo de projetos em mente, estes workshops podem mesmo ser um trigger que os faz acontecer.

Três passos para ser um empreendedor de sucesso

Quando se fala de novas ideias, incubação de projetos e aceleração de negócio faz-se uma ligação inevitável ao empreendedorismo social. Mas será suficiente ser um empreendedor para levar as ideias a bom porto?

Conheça os 3 passos necessários para que possa ser um empreendedor de sucesso.

Montepio, o Banco do Investimento Social

O apoio à economia social é um pilar diferenciador da Caixa Económica Montepio Geral. A postura da instituição financeira traduz-se nos vários programas que abordam as questões sociais mais urgentes na sociedade, sempre sob o mote “levar as ideias mais longe”.

Enquanto o Banco da Economia Social e do Empreendedorismo Social, a Caixa Económica Montepio Geral procura os melhores parceiros para as suas iniciativas. Para além do Laboratório de Investimento Social (LIS), do IES – Social Business School e do Impact Hub Lisbon, associaram-se a este programa a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Lisbon School of Business & Economics da Universidade Católica, a Microsoft, a Deloitte e a Universidade do Porto, que se disponibilizaram para assumir o papel de mentores dos vários participantes.

Para mais informações sobre o programa Montepio SocialTech, clique aqui.