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Silk Road. Como caiu o império de droga na Internet que valia 1,2 mil milhões

Ross Ulbricht lançou uma espécie de eBay para o mercado da droga que foi um dos maiores êxitos da Internet. Queria acabar com a violência nas ruas, mas só vai sair da prisão quando morrer.

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Cocaína pura, heroína negra, ópio, MDMA, ecstasy, opiáceos, LSD, estimulantes, cristais Molly. Tudo ilegal. Tudo online. Tudo nomes de drogas. Ponto de encontro entre compradores e vendedores: Silk Road. Meio de transporte: os correios norte-americanos. Fatura ao fim de dois anos: 1,2 mil milhões de dólares (mil milhões de euros) em vendas. Voz, mãos, pés e rosto: Ross Ulbricht, o físico de 29 anos detido pelo FBI, em 2013, numa biblioteca de São Francisco. À frente de Ross na biblioteca, o computador de Dread Pirate Roberts — o “barão da droga digital” que o FBI, o Departamento de Justiça e a Agência de Segurança Nacional (NSA) norte-americana procuravam há dois anos. A 31 de maio de 2017, a decisão que a juíza Katherine Forrest tornou definitiva: Ross, agora com 33 anos, nunca mais vai sair da cadeia.

https://twitter.com/BitcoinBtcNews/status/882626385583382528

A história do milionário de Silicon Valley mistura droga, tentativas de assassinato, corrupção, lavagem de dinheiro, identidades falsas, manifestos idealistas, uma justiça que não responde a todas as perguntas e milhões de dólares em bitcoins (moedas digitais) que ninguém consegue ter a certeza a quem pertencem. Não é preciso muito mais para fazer de Silk Road a história que, além de querermos ler, queremos ver. Para pôr a vida de Ross no cinema, já se escolheram nomes: os dos oscarizados irmãos Coen, que ficarão responsáveis pelo argumento de “Dark Web”. Para lê-la, há o livro de Nick Bilton, jornalista do The New York Times e da Vanity Fair, American Kingpin: The Epic Hunt for the Criminal Mastermind Behind the Silk Road.

Agora que um tribunal norte-americano pôs fim à saga de Ross Ulbricht na justiça, regressemos a 2011. O que leva um escuteiro de 26 anos, tímido, natural de um subúrbio de Austin, no Texas, a pôr a tecnologia ao serviço de traficantes e a criar aquele que foi o primeiro império de tráfico de droga online? Resposta: a Escola Austríaca de Economia. Mais precisamente: Ludwig von Mises. Mas já lá vamos.

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Ross, o idealista que queria tirar a droga das ruas

Escuteiro, tímido, filho de uma família de classe média que morava num subúrbio da cidade de Austin, no Texas, Ross Ulbricht parecia ter o que era preciso para ser mais um universitário norte-americano bem-sucedido. Aos 18 anos, deixou a casa dos pais, Kirk e Lyn Ulbricht, e, com a bolsa de estudo que ganhou, mudou-se para a Universidade do Texas, em Dallas, para estudar Física. Licenciou-se em 2006, mas quis continuar os estudos. Seguiu-se um mestrado em Engenharia e Ciência dos Materiais na Universidade de Pennsylvania e foi lá que começou a interessar-se por cristalografia — ciência experimental que estuda os cristais — e pela Escola Austríaca de Economia.

A filosofia política que privilegia a liberdade económica como suporte básico da liberdade individual depressa tomou conta das conversas e da atenção de Ross. E manteve-se nos manifestos que mais tarde passariam a ser parte fundamental da missão do Silk Road, associando o pensamento libertário de Ross ao movimento norte-americano dos cyberpunks dos anos 1990: hackers, programadores, ativistas, rebeldes que, no início da revolução digital que hoje conhecemos, lutavam contra a conformidade das massas e o domínio dos grandes agentes económicos sobre os indivíduos.

“Uma coisa que aprendi enquanto Dread Pirate Roberts é que as tuas ações vão agradar uns e enfurecer outros… Mas não podemos ficar calados para sempre. Temos uma mensagem importante e chegou a hora de o mundo a ouvir. O que estamos a fazer não tem a ver com pontuar drogas ou estendê-las ao homem, tem a ver com sermos fiéis aos nossos direitos enquanto seres humanos e em recusarmos a submissão quando não fizemos nada de errado. O Silk Road é o veículo para esta mensagem. Tudo o resto é secundário”, escreveu Dread Pirate Roberts (pseudónimo utilizado pelo líder do site e que a justiça norte-americana acredita ser Ross Ulbricht) no fórum do Silk Road.

Aos austríacos juntou-se um fascínio pela autora russa Ayn Rand, que não é novo entre a comunidade tecnológica. Travis Kalanick (ex-CEO da Uber), Peter Thiel (milionário investidor no Facebook e apoiante de Donald Trump) e Steve Jobs (fundador da Apple) estão entre os seguidores daquela que já é considerada “a figura mais influente da indústria” de Silicon Valley, defensora de um mercado incondicionalmente livre e baseado numa “virtude do egoísmo” que se traduz em frases como: “The question isn’t who is going to let me, it’s who is going to stop me”. Em tradução livre, seria algo como “a pergunta não é quem é que me vai permitir avançar, é quem é que me vai impedir de o fazer”. Ayn Rand morreu em 1982, em Nova Iorque, aos 77 anos.

É no final do mestrado — inspirado pelo pensamento económico austríaco e pelo objetivismo de Ayn Rand — que Ross começa a desinteressar-se pela ciência e a querer ter um negócio próprio. Volta para a casa dos pais, em Austin, e aventura-se na produção de um videojogo, mas sem sucesso. Até que em 2010 lança uma plataforma online para troca de livros usados, a Good Wagob, cujas receitas revertiam, em parte, para um projeto de alfabetização num estabelecimento prisional, o Inside Books Project, e para uma organização não governamental juvenil em Austin. Igualmente sem sucesso, em 2011, pôs fim à primeira startup que lançou e assumiu no LinkedIn que os seus objetivos profissionais tinham, por fim, mudado.

“Quero usar a teoria económica como um meio para abolir o uso da coerção e da agressão entre os homens. Tal como a escravidão foi abolida em quase todo o lado, acredito que a violência, a coerção e todas as formas de força que uma pessoa pode exercer sobre outra também vão chegar ao fim. A utilização mais difundida e sistémica da força encontra-se nas instituições e nos governos, por isso, esse vai ser o meu ponto de partida. Contudo, a melhor forma de mudar um governo é mudar as mentes dos governados. Para esse fim, vou criar uma simulação económica que permita às pessoas experienciarem em primeira mão o que seria viver num mundo onde não há um uso sistémico da força”, lê-se na página de LinkedIn.

silk road ross ulbricht

Conta pessoal de Ross Ulbricht no LinkedIn

Para tirar das ruas a violência provocada pelo tráfico de drogas, Ross lança, em 2011, uma espécie de eBay para o mercado da droga, o Silk Road. Ponto de partida do jovem de 26 anos: cada um é responsável pelo que decide colocar dentro do seu corpo, seja fast food, álcool ou tabaco, escreve Nick Bilton num artigo que assina na Vanity Fair. Quando se trata de droga, o negócio que a envolve é bem mais opaco e violento, por ser ilegal. “Foi aí que ele teve esta ideia: então e se houvesse um site como o Yelp, que permitisse aos compradores e vendedores avaliarem-se uns aos outros, tornando o processo mais transparente e justo? Assim, o número de overdoses também seria menor”, explica o jornalista. Ficava só a faltar a morada certa: uma casa na deep web, o submundo da Internet.

Como funciona o Silk Road e o mercado negro da Internet

Imagine um icebergue: a parte do gelo que vê à superfície é a Internet tal e qual como a conhecemos. Todo o gelo que fica submerso no oceano é a deep web, um submundo da Internet onde não há leis nem regras ou regulação. Dentro desta deep web há uma espécie de mercado negro onde é possível comprar e vender bens ilegais, como drogas, armas, explosivos, pornografia infantil, identidades falsas ou até serviços — como pagar a alguém para matar ou prejudicar outras pessoas. Chama-se dark web. E foi neste refúgio do submundo da Internet que Ross Ulbrich montou, no verão de 2011, o marketplace de drogas que permitia aos compradores avaliarem vendedores e denunciarem situações em que se sentiam defraudados, o Silk Road.

Bruno Castro, líder da empresa de cibersegurança Vision Ware, explica ao Observador que a dark web utiliza a Internet para trabalhar tudo o que são conteúdos ilegais ou sensíveis, que não é suposto estarem expostos à rede, mas que funcionam como veículo de comunicação, através de fóruns ou de mercados de venda. “Para aceder à deep web, tem de haver uma missão muito ilícita. A curiosidade pode matar o gato e nada do que se passa ali é de confiar”, afirmou. Mas para que se passe alguma coisa é preciso entrar. E como é que se acede? Através de um software específico, o TOR, que se instala no computador e permite camuflar o IP (identificação digital) do utilizador. A navegação é feita, por isso, de forma anónima.

"Cada vez é mais fácil encontrar estes utilizadores, porque tudo hoje tem uma pegada digital. À medida que este tipo de organizações aumenta, as pessoas dentro desta organização também aumentam e a probabilidade de erro humano também"
Bruno Castro, CEO da Vision Ware

Antes de entrar em determinados mercados ou fóruns, há um grau de confiança que é exigido ao utilizador. Quanto mais sensível for a informação que procura, mais barreiras à entrada vai ter. “Alguém que quer transacionar armas, explosivos ou pedofilia vai ter de passar por vários fóruns e ser recomendado por alguém até conseguir fazê-lo. Tem de haver um nível de confiança que se conquista com o tempo e, muitas vezes, através de recomendações.” Nota: a deep web é amplamente utilizada por agentes infiltrados para apanhar criminosos, tal como aconteceu com Ross Ulbricht, no Silk Road. “Cada vez é mais fácil [encontrar estes utilizadores], porque tudo hoje tem uma pegada digital. À medida que este tipo de organizações aumenta, as pessoas dentro desta organização também aumentam e a probabilidade de erro humano também”, explica.

Dani Creus, especialista da empresa de cibersegurança Kaspersky Lab, acrescenta que é preciso olhar para o submundo da Internet como se fosse uma faca, utilizável para dois fins diferentes: cortar carne, vegetais ou fruta; ou matar alguém. “O facto de poder matar alguém não faz da faca, contudo, uma má ferramenta”, afirma. O especialista explica ainda que em teoria há, na deep web, todos os mecanismos necessários para que exista mais privacidade e anonimato. “Mas imagine que alguém está a vender drogas… Essas drogas vão ser enviadas fora da Internet e vai ter de haver uma ligação física. Há vários factores que colidem aqui. Apesar de teres os mecanismos, tens de ter os mesmos cuidados com a privacidade”, disse ao Observador.

[Trailer do documentário “Deep Web”, de Alex Winter, sobre Silk Road e o mercado negro da Internet]

No lado bom da deep web está o facto de ser uma das ferramentas utilizadas por ativistas para se exprimirem em países e regimes onde o direito à liberdade de expressão é reduzido. “Nalguns países, há muitos jornalistas e opositores do regime que não são capazes de falar livremente. E utilizam a deep web para dizer ao mundo o que se está a passar no país deles”, explicou o especialista da Kaspersky Lab. Ross Ulbricht queria lançar uma plataforma de venda de droga mais transparente e justa, mas depressa o site foi invadido por utilizadores que aproveitaram a tecnologia para vender armas e outros artigos ilegais. Dezoito meses depois de ser lançado, o Silk Road estava a faturar 500 mil dólares por semana, segundo Nick Bilton.

1,2 mil milhões e 12 mil artigos ilegais depois, o FBI

Quando o FBI deteve Ross Ulbricht na biblioteca de São Francisco, o Silk Road contava com 12 mil itens ilegais à venda e estima-se que tenha gerado 1,2 mil milhões de dólares em vendas. Em comissões, Ross terá recebido cerca de 80 milhões. Sem que tivesse havido investimento. É por isto que Alex Winter, autor do documentário “Deep Web” — que conta a história de Ross –, disse à Wired que uma das coisas que o espantou enquanto filmava o documentário era que todo o funcionamento e organização do Silk Road se assemelhava ao que se passava em qualquer startup tecnológica. “Isto é dito obviamente em retrospetiva, mas era tal e qual outra empresa tecnológica. Só que não era retratada desta forma na comunicação social”, afirmou.

As autoridades norte-amerianas procuraram o rasto do misterioso Dread Pirate Roberts durante dois anos. Sem pistas, sem testemunhas, valeu-lhes o trabalho de um agente infiltrado que ganhou a confiança do adminstrador do site e que começou a afunilar as buscas. Com a noção de que o FBI estaria a fazer de tudo para o encontrar, começou a entrar em paranóia, criando falsas identidades e chegando a trabalhar a partir de uma ilha nas Caraíbas. Foi no meio desta paranóia que o cabecilha do Silk Road decidiu pagar 150 mil dólares para mandar matar Curtis Green, de 47 anos, pai de duas crianças e um dos vendedores de Silk Road — e que Dread Pirate Roberts acreditava andar a denunciá-lo às autoridades.

https://twitter.com/ByNickGonzalez/status/874685365793292288

Mas, no meio da maior paranóia, o maior erro. A pessoa que Dread Pirate Roberts escolheu para a tarefa foi precisamente o agente infiltrado com quem andava a trocar mensagens no Silk Road. E o homicídio de Curtis acabou por ser uma encenação com sopa de tomate, apenas para as autoridades ganharem a sua confiança. As acusações de tentativa de assassinato — à de Curtis juntaram-se mais cinco potenciais vítimas — não chegaram a ser oficializadas no processo judicial, mas o ruído que causaram permaneceu. As sete acusações que foram feitas a Ross Ulbricht eram todas não violentas, argumento amplamente utilizado pela defesa para impedir que a pena fosse a prisão perpétua. Sem sucesso.

As acusações de homicídio caíram, então, por terra: havia uma suspeita por parte das autoridades de que a conta do Dread Pirate Roberts fosse utilizada por vários administradores (e não apenas por Ross) e dois agentes foram acusados e condenados por corrupção, incluindo o agente infiltrado no Silk Road, escreve a Wired. Shaun Bridges, do Serviço Secreto, roubou milhares de dólares em bitcoins da plataforma e Carl Mark Force, da brigada anti-droga do Departamento de Justiça, tentou extorquir Ross, vendendo-lhe informações sobre a investigação que estava a decorrer contra ele.

Vendas na dark web disparam após pena de prisão perpétua

Dezoito meses depois de ter sido detido, em 2015, Ross Ulbricht foi condenado a prisão perpétua para enviar “uma mensagem clara” a quem quisesse fazer o mesmo: dedicar-se à venda de artigos ilegais na dark web. O resultado foi perverso — de acordo com uma investigação do sociólogo Isak Ladegaard, publicada no Jornal Britânico de Criminologia, o mercado negro do submundo da Internet cresceu em vendas depois do mediatismo que rodeou a sentença de prisão perpétua de Ross. O sociólogo focou-se numa janela temporal de dez meses, que incluía os meses imediatamente antes da condenação de Ross e os imediatamente a seguir.

“Os dados sugerem que o comércio aumentou. E uma explicação provável é que toda a cobertura dos media apenas tornou as pessoas mais conscientes da existência do Silk Road e de mercados similares”, explicou. Na altura em que Ross foi detido, o Silk Road, que era o maior site do género, tinha à venda 12 mil produtos ilegais. Quando a primeira sentença foi conhecida, em 2015, o Agora — equivalente ao Silk Road — conseguiu duplicar as vendas dentro dos EUA nos dias seguintes ao julgamento, passando de menos de 40 mil dólares diários a cerca de 100 mil, 250 mil dólares por dia. Em 2017, o Alphabay, que se tormou líder do mercado negro da dark web, tinha mais de 300 mil artigos ilegais à venda. Destes, 240 mil eram drogas.

Os advogados de defesa de Ross Ulbricht recorreram da decisão do tribunal de primeira instância, para tentar diminuir a sentença, mas os três juízes responsáveis pelo recurso foram claros: “As pessoas sensatas podem não concordar com a utilidade social de penas tão duras relativas à distribuição de substâncias controladas ou até com o facto de a sua venda ser proibida criminalmente. É muito possível que, no futuro, as tenhamos como políticas que foram erros trágicos e que sejam adotados métodos menos punitivos e mais efetivos no que diz respeito à redução da incidência e dos custos da utilização de drogas. Mas, nesta altura da nossa História, os representantes da população, que foram democraticamente eleitos, optaram por uma política de proibição, suportada por um castigo severo”, afirmaram os juízes.

Ross admitiu no julgamento que era ele o criador do Silk Road, mas argumentou que já não era responsável por gerir a plataforma nem utilizava a conta do Dread Pirate Roberts. Ross alegou inclusive que foi o atual gestor do site que plantou no seu computador as provas que o incriminaram às autoridades: contas em bitcoins e um diário da sua atividade no Silk Road. Para os juízes, nenhum dos argumentos foi suficiente: “Os tribunais têm o poder de condenar um jovem a morrer na prisão e os juízes devem exercer esse poder apenas num pequeno número de casos, depois de efetuarem uma reflexão mais profunda. Embora não tenhamos sido nós a impôr esta sentença na primeira instância, perante os factos que nos foram apresentados deste caso, a sentença de prisão perpétua está dentro do alcance das decisões permitidas ao tribunal distrital”. Quem não deixa de lutar pela liberdade do filho é Lyn Ulbricht, mãe de Ross, e os apoiantes do movimento Free Ross Ulbricht.

“Um dia, seremos um farol de esperança para as pessoas oprimidas do mundo tal como já somos o refúgio das almas oprimidas e violadas. Acontecerá da noite para o dia? Não. Vai demorar uma vida inteira? Não sei. Vale a pena lutar até ao meu último suspiro? Com certeza. Quando vês o que é possível fazer, como é que consegues fazer o contrário?” Dread Pirate Roberts, no Silk Road

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