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Vilar de Mouros. O sonho do Dr. Barge continua

Começou em 1965, em 68 descobria uma nova identidade e desde então tornou-se no mais mítico dos festivais de música em Portugal. Começa esta quinta o novo Vilar de Mouros, ainda a comemorar 50 anos.

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Quando António Barge disse à filha que ia a Setúbal convidar José Afonso para atuar em Vilar de Mouros, Isabel estava longe de imaginar o que iria acontecer. Corria o ano de 1968 e a jovem tinha apenas 16 anos. O músico e cantor tinha estado preso, a casa onde morava tinha sido vasculhada pela PIDE e estava escondido na residência de uns amigos. “Entregou ao meu pai uns singles que tinha editado em Londres e pediu-lhe para o ajudar a vender”, recorda Isabel, filha do fundador do primeiro e mais emblemático festival de Portugal, Vilar de Mouros.

A censura estava mais vigilante do que nunca. Tudo o que tivesse a autoria de cantores de intervenção era proibido e apenas conseguia ser editado ou transmitido clandestinamente. José Afonso era um deles. Isabel Barge trouxe os singles para Vilar de Mouros e vendeu-os aos amigos mais próximos. “Tenho ideia de passear na aldeia, ter os discos num saco cheio de coisas e só pensava que se a Polícia me revistasse, seria presa. Morri de medo”, relembra.

Vilar de mouros 82 barge

António Barge em 1982

José Afonso aceitou o convite do doutor Barge e rumou ao Alto Minho meses mais tarde. Dividiu o palco com Adriano Correia de Oliveira, Carlos Paredes e Luís Goes e ainda com os ranchos folclóricos. Na primeira fila, junto ao palco de madeira improvisado pela organização, estava o general da Guarda Nacional Republicana (GNR) e o governador Civil de Braga a assistir aos concertos. “O doutor Barge colocou a banda da GNR, símbolo do Estado, para disfarçar. À meia-noite começavam os nomes associados à música de intervenção”, relembra Fernando Zamith, professor universitário e autor do livro Vilar de Mouros — 35 anos de Festivais.

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Esta era a primeira edição do festival que procurava ir além da música tradicional. Vilar de Mouros fez 50 anos em 2015, já que foi em 1965 que a aldeia recebeu o primeiro evento, na altura dedicado à música tradicional do Minho e da Galiza. A equipa que por estes dias organiza o festival apostou em continuar os festejos do aniversário redondo. Vilar de Mouros quer continuar mas quer também fazer valer um passado influente.

Primeiras investidas

Outra vez em 1968. O Quinteto Académico também foi convidado. Encomendaram uma aparelhagem dos Estados Unidos, com 200 watts, de propósito para atuar no recinto. O sistema de som era artesanal mas suficiente para se fazer ouvir no vale do rio Coura. Durante o concerto, José Afonso decidiu homenagear Catarina Eufémia, a ceifeira que foi morta a tiro por um GNR na vila alentejana de Baleizão. “A mulher do Zeca tremeu de medo. Nós também. Tínhamos a alta patente na plateia e a PIDE andava em cima de nós”, recorda Isabel.

Aquele verão de 1968 na pacata aldeia de Vilar de Mouros, no concelho de Caminha, foi um trampolim futurista. Estima-se que assistiram ao evento cerca de 15 mil pessoas, repartidos por dois dias. “Foi um programa muito bem mascarado, tentando de alguma forma despistar os agentes e os polícias que iam fazendo relatórios”, menciona Fernando.

O sucesso nesse ano mostrou a António Augusto Barge, médico de Lisboa mas nascido e criado na aldeia do Alto Minho, que era possível fazer mais. Mais e melhor. Quando tudo começou em 1965, um dos motivos para divulgar a música do Alto Minho e da Galiza era o de tornar a aldeia um destino turístico. Barge optou por fazer uma paragem propositada durante dois anos. “Vamos preparar um grande festival em 1971”, dizia o fundador em casa. Queria algo eclético e ousado. “Ainda antes de haver Woodstock de 69 nos Estados Unidos, o Vilar de Mouros já estava a ser pensado em Portugal”, diz Fernando Zamith.

António Barge começou a fazer contactos e apresentar o evento com o apoio de uma equipa voluntária. A família também ajudava. O objetivo era criar um festival para a juventude e para a música, as suas maiores paixões. Assim que soube dos planos do médico, a RTP comprometeu-se a filmar o festival em troca da concessão de um subsídio. Mas Ramiro Valadão, administrador do canal público, acabou por ligar ao médico a cancelar a proposta. “Não se podia falar disso”, justificou na altura Valadão. Por isso, não há registos em vídeo do festival.

Cartaz de 25 de Agosto

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  • 19h00 – Manuel Fúria
  • 20h00 – Peter Hook
  • 21h20 – Legendary Tigerman
  • 22h45 – Happy Mondays
  • 00h30 – Peter Murphy
  • 02h05 – António Zambujo

A censura não descansou e estava em cima dos Barges. “Um dia tocaram à porta de casa e pediram para o meu irmão se meter no carro e fazer o reconhecimento de uma mulher canadiana que estava em Vilar de Mouros clandestinamente. Era mentira”, narra a filha do fundador, cuja correspondência era consultada pela polícia. Mesmo assim, Barge não desistiu. O festival era para os jovens e não contra o regime.

1971: Um cartaz de sonho

Claro que António Barge pensou nos Beatles. Tal como quis os Rolling Stones, que não tinham datas livres para vir a Portugal. Acabou por ser Elton John a figura escolhida, com um “cachet muito alto na casa dos 600 contos”, e os elétricos Manfred Mann por “pouco mais de 100 contos” e refeições vegetarianas em terras de pratos minhotos ricos em carne. Isabel Barge conseguiu solucionar o problema na cozinha de uma pensão em Caminha.

Juntaram-se às estrelas internacionais os Sindikato com Jorge Palma e Rão Kyao, Psico ou Quarteto 1111. Fã de música clássica, António Barge encomendou duas peças inéditas a António Vitorino de Almeida. O primeiro fim-de-semana foi dedicado à música clássica. A banda da GNR voltou a subir ao palco de Vilar de Mouros e tocou peças de Tchaikovsky, Shostakovich e Giménez. O segundo dia era direcionado para a pop, com vários artistas portugueses. Ao terceiro era a vez de Amália Rodrigues e do popular Duo Ouro Negro, para encerrar o festival. “Pouca gente se lembra mas a fadista também andou por lá”, afirma Fernando Zamith.

O festival dividiu-se em três fins-de-semana entre 31 de julho a 15 de agosto de 1971. A poucos dias do evento, começaram a chegar os primeiros jovens vestidos de “roupas extravagantes”, “cabelos compridos dos anos 70”, de mochilas às costas, com “o seu espírito hippie e libertário”, como foi descrito na altura. O acontecimento cultural que se esperava na pequena aldeia minhota mobilizou milhares de pessoas. Os jovens festivaleiros chegavam de boleia ou de comboio.

Na região, foram distribuídos panfletos a apelar à ajuda aos visitantes. “Foi um momento único, de encontro de uma juventude abafada, cansada da guerra e que veio para um sítio ouvir música”, descreve Isabel Barge. As margens do rio Coura foram ocupadas por tendas, carros e parques de estacionamento improvisados. O médico de Lisboa conseguiu um patrocínio da marca Philips para a parte elétrica. “As obras nas estradas foram mesmo adiantadas por causa do festival”, recorda Fernando.

A pequena vila transformou-se por aqueles dias. Eram os jovens de túnicas coloridas, descalços a percorrer as ruas do centro da vila. Aproveitavam até para vender artesanato. “Não havia estruturas para aguentar o festival. Há relatos de pequenas pilhagens de pessoas que assaltaram terrenos de milho para comer. Foi o caos”, afirma Miguel Alves, atual presidente da Câmara de Caminha.

Durante aqueles dias, Vilar de Mouros era uma espécie de centro de um mundo completamente diferente do que estava habituada. “Nunca se tinha visto nada assim em Portugal. Tomávamos banhos nus no rio e fumávamos umas coisas. Foi um momento de liberdade total”, descreve José Cid, um dos membros do Quarteto 1111 que esteve no festival de 71. A GNR e a PIDE estiveram presentes com “com armas, uma espécie de exército de guerra”. “O meu pai conseguiu convencer a patente mais alta para que ficassem numa zona distante do recinto para não assustarem as pessoas”, relembra Isabel. Segundo garantem fontes da organização da época, 30 mil jovens estiveram no festival e marcaram para sempre aquela aldeia no Alto Minho.

O médico não olhava a meios para conseguir trazer os artistas que queria. “Quando lhe falaram que os Beatles podiam cobrar 1000 contos por concerto, ele respondeu: tudo bem”, contou ao Observador Fernando Zamith.

Quando o evento chegou ao fim, correu o boato que a família Barge tinha sido toda presa. “Os amigos dos meus pais ligavam a perguntar se estávamos bem”, diz a filha do fundador. Estavam mas com um grave prejuízo financeiro. Tal como tinha acontecido com o Woodstock nos EUA, as receitas de bilheteira não foram suficientes. “O primeiro e último dia de festival foram um fiasco”, conta Fernando.

O médico não olhava a meios para conseguir trazer os artistas que queria. “Quando lhe falaram que os Beatles podiam cobrar 1000 contos por concerto, ele respondeu: tudo bem”, contou ao Observador Fernando Zamith. O projeto megalómano não teve grandes patrocinadores ou produtoras a apoiar. “O doutor prometeu à esposa dona Amélia que não se metia noutra”, comenta o professor universitário. Sem apoios estatais, a família gastou 2500 contos com o festival, teve um “apoio de 30 contos na época” e andou “20 anos a pagar as dívidas do evento”.

Cartaz de 26 de Agosto

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  • 19h00 – NEEV
  • 20h00 – Linda Martini
  • 21h10 – Milky Chance
  • 22h35 – Echo & The Bunnymen
  • 00h15 – David Fonseca
  • 01h50 – OMD

A pequena aldeia de Vilar de Mouros estava longe de ser o cenário ideal para a realização de um festival de música. Mas o que aconteceu naqueles dias de agosto de 1971 foi inesquecível, segundo conta quem por lá passou. “Antes do 25 de Abril era uma pedrada no charco. Não sei como o meu pai conseguiu”, afirma Isabel Barge. Vilar de Mouros foi o palco de um oásis de liberdade. Dias depois, a imprensa nacional e estrangeira considerou o evento um reflexo do Woodstock nos EUA, que aconteceu dois anos antes. A instabilidade política e o 25 de abril de 1974 levaram a uma pausa no festival durante onze anos.

1982: o recomeço

Durante muitos anos, Vilar de Mouros e as suas histórias faziam parte do imaginário do jovem Fernando Zamith. Desde os 10 anos que passava férias na quinta de família bem perto do recinto do festival. Tinha acabado de fazer 18 anos em 1982. “A idade ideal para o primeiro festival”, relembra o professor universitário. Com os irmãos, dois primos e um amigo, assistiu à estreia dos U2 em Portugal que “só tinham dois álbuns da época” e viu o regresso de Echo & The Bunnymen, “o melhor concerto do festival de 1982” para Fernando.

Stranglers, A Certain Ratio ou GNR foram também alguns do nomes fortes do cartaz. O evento voltou a juntar uma grande diversidade de estilos musicais, com participações nas áreas do rock, jazz, fado, blues, folclore e música clássica. “Foi uma espécie de músicas do mundo com jovens acampados pela aldeia durante dias”, menciona Fernando. Nos mesmos moldes que o doutor Barge tinha imaginado o seu festival.

Pedro Castanho lembra-se do plano de viagens das bandas em 82 feito numa folha A4, com rascunhos. Foi graças à ajuda dos Stranglers que Pedro conseguiu trocar o pneu do carro. “Fui buscá-los ao hotel em Viana [do Castelo] e tive um furo. Eles fizeram de macaco e seguraram o carro”, conta, entre risos, o road manager do festival na época. “Não havia eventos como aquele. Era um ambiente frenético, com um pouco de loucura”, recorda.

Os Stranglers estavam nos tops de vendas de todo o mundo com o êxito “Golden Brown”. Foi à banda de rock inglesa que calhou o cachet mais alto do evento. Em 1982, aconteceu um pouco de tudo em Vilar de Mouros: houve quem tivesse esquecido as baquetas para tocar ou que se recusavam a atuar se não tivessem mais cerveja. Segundo dados oficiais, o evento contou com 25 mil pessoas.

Os problemas na organização e a falta de patrocínios colocaram mais uma vez o evento em risco. “Anos mais tarde, o problema repetia-se: as mercearias locais fechavam, faltava comida a meio da semana e não havia capacidade de resposta”, recorda Fernando. As receitas insuficientes criaram novamente problemas financeiros à estrutura.

Do(s) regresso(s)

Miguel Alves não era nascido em 1968 ou 1971 mas fartava-se de ouvir em criança que a aldeia de Vilar de Mouros não voltou a ser a mesma desde que acolheu o primeiro festival de música do país e ficou a ser conhecido pelo “Woodstock” à portuguesa. “Havia relatos mirabolantes deste movimento”, afirmou o presidente da Câmara de Caminha que a história do concelho está “umbilicalmente ligada” ao festival de música. “Esta ideia do Vilar de Mouros ao longo de todos os anos foi feita por sonhadores. Queríamos voltar a fazer esse sonho acontecer”, afirma o responsável que fez questão de trazer de volta o evento à aldeia do Alto Minho.

Nos últimos anos, aquele que é considerado o festival mais antigo do país teve altos e baixos. “Vilar Mouros é um festival Fénix, vai aparecendo e desaparecendo”, refere Miguel Alves. Em 1985, o evento regressou com nomes como os Trovante e apostou num conceito de festival luso-galaico. Novamente a história repetiu-se. O mau tempo e os prejuízos obrigam a uma nova paragem de onze anos.

“Nunca se tinha visto nada assim em Portugal. Tomávamos banhos nus no rio e fumávamos umas coisas. Foi um momento de liberdade total”, descreve José Cid, um dos membros do Quarteto 1111 que esteve no festival de 71

Regressou em 1996 pela mão de Luís Montez e a Música no Coração. “Entre 1996 e 2006 as edições pareciam dar alguma estabilidade ao festival”, recorda Fernando. Mesmo afastado da organização desde 1971, António Barge acompanhava o evento e continuava a aceitar os convites dos novos organizadores. “Um dia, o Luís [Montez] disse ao meu pai que não era comparável o que eles faziam com o que ele fez. A Música do Coração era uma grande empresa, fazia cálculos e investimentos. O meu pai nunca pensou no dinheiro”, recorda Isabel.

Cartaz de 27 de Agosto

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  • 19h00 – Samuel Úria
  • 20h00 – Bombino
  • 21h20 – Tiago Bettencourt
  • 22h45 – The Waterboys
  • 00h30 – Tindersticks
  • 02h00 – Blasted Mechanism

O tempo nunca foi meigo com o festival. O medo das chuvas sempre assombrou o festival. Em 1971, o concerto de Elton John foi um dilúvio. Em 1996, a organização da Música do Coração voltou a temer o pior com as cargas de água que caiam a poucas horas de começar o evento. Montez e a sua equipa aguardavam num restaurante junto à ponte medieval do rio. Foram interrompidos por um pássaro que entrou de rompante, passou pela mesa e voltou a sair. “Foi o dr. António que me enviou a dizer que vai correr tudo bem”, disse Luís Montez à filha do “pai” de Vilar de Mouros. Minutos mais tarde, a chuva parou e o festival correu como previsto com concertos de James Taylor Quarter, Stones Roses e os portugueses Xutos e Pontapés.

A mudança do partido político na Câmara de Caminha voltou a trazer instabilidade. O festival Vilar de Mouros parou novamente por oito anos. “Acaba numa altura em que já havia muitos grandes festivais como o Sudoeste e o Paredes de Coura”, recorda o professor universitário.

Quando Miguel Alves assumiu a câmara de Caminha, em 2013, tinha como objetivo voltar a fazer o festival. “Resgatá-lo num bom nível e com boa música”, afirma. Em 2014 há uma primeira tentativa. “Não eram profissionais que estavam organizar e decidiram cancelar em cima da hora”, recorda Fernando.

“Vilar de Mouros é uma marca muito forte”

Miguel Alves quer agora aproveitar o “ambiente paradisíaco do rio Coura”, com uma praia fluvial reconhecida, e fazer o regresso de 2016 em “grande”. Por isso, a autarquia apostou na promoção local e internacional do evento. “Uma rádio de Madrid mostrou interesse e queria saber como fazemos a festa numa cidade no meio do Minho”, comenta o autarca que espera que o festival seja muito mais que três dias. “A economia cresce, os hotéis têm capacidade, os restaurantes estão prontos para receber. É importante aproveitar a dinâmica que acontece paralelamente aos concertos”, relata.
O autarca garante que dez anos depois continua a haver excursões até às margens do rio Coura para ver o recinto. “As pessoas apontam e dizem: ali foi o Woodstock português”, afirma. Sabem que não será fácil retomar o festival depois de tantos anos parados mas acredita na marca. “Há uma expectativa muito grande. Acreditamos no poder da marca de Vilar de Mouros.”

À vontade política de Miguel, juntou-se o consórcio “Surprise and expectations”, constituído pelas empresas “Probability Makers” e Metrónomo para a realização do festival nos próximos dias 25,26 e 27 de Agosto. Happy Mondays, Peter Hook ou Echo & The Bunnymen são alguns dos nomes que estarão presentes. Fernando Zamith está com uma grande expectativa. Desde 1982 só faltou a um festival em 1999. “Este regresso ao retro e às bandas dos anos 80 parece-me interessante e uma boa aposta”, explica. Já prometeu à filha Inês, de 18 anos, que a leva lá este ano. “Este é um festival de família para pessoas de todas as idades, os que foram antes e voltam com os filhos e até com netos”, comenta.

Isabel acredita que o apelo da tradição voltará a funcionar este ano e milhares de jovens voltarão a responder à chamada, “com renovadas esperanças nas mochilas” e encher as ruas da vila minhota. A organização e autarquia também. Acreditam que finalmente estão reunidas as condições para o regresso em pleno evento. “Não há melhor localização do que esta aldeia rodeada de montes, junto ao rio e com uma acústica natural”, reforça o autarca da Câmara de Caminha. Como disse António Barge em 1968, antes do arranque do primeiro Vilar de Mouros. “Começa o festival mais mítico de Portugal”. Que assim seja!

O festival realiza-se nos dias 25, 26 e 27 de agosto, em dois palcos, um deles com entrada livre e acesso à área de restauração, dentro do recinto. Os bilhetes custam 20 euros por dia e 45 euros o passe para os três dias. Mais informações no site oficial.

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