Se já alguma vez tentou comprar um bilhete de avião na internet, por exemplo de Viena para Varsóvia, através de uma agência de viagens finlandesa e com um cartão de crédito alemão, então saberá que o mais provável é ter recebido uma mensagem de erro relativa à operação de pagamento.

Se já tentou ouvir música armazenada na sua nuvem através do seu smartphone ou tablet quando de férias noutro país da UE, então saberá que os custos adicionais são muito elevados, pois deve ter pago uma pesada fatura de roaming.

No século XXI não há nada que justifique a existência de tantas barreiras ao desenvolvimento de um Mercado Único Digital…

Nós queremos que a maior gama possível de mercadorias, serviços e modos de pagamento esteja disponível a todos os cidadãos em qualquer local da União Europeia.

Queremos derrubar todos estes muros digitais. Como primeiro passo, projetamos acabar com as tarifas de roaming na UE o mais rapidamente possível.

Temos de tornar a Europa mais competitiva no mundo digital. Não nos devemos proteger da globalização mas sim saber como moldá-la e aproveitá-la em nossa vantagem. Para isso é necessário um mercado interno com regras comuns.

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Isto aplica-se em particular à proteção dos dados pessoais na qual, somente com a adoção de regras unificadas para os 28 Estados-Membros, poderemos evitar a vigência dos padrões inferiores aplicados pelos americanos.

A internet deve ser um lugar onde a livre concorrência possa criar produtos e serviços inovadores. Temos que evitar os abusos dos gigantes da internet nas suas posições dominantes para que essa inovação seja possível.

Defendemos uma internet de alta velocidade para todos, pois consideramos que o acesso difícil ou lento à Internet pode tornar-se um espartilho para a sociedade e para a economia.

Precisamos também de investir em infraestruturas e harmonizar os direitos de autor na União Europeia para proteger a criatividade e propriedade intelectual.

O tempo urge para desenvolver o Mercado Único Digital. Se não conseguirmos fazê-lo, as empresas de Silicon Valley, as mentes criativas na Índia e os engenheiros de software na China continuarão a rir-se de nós.

* Presidente do Grupo do PPE no Parlamento Europeu