Hoje tenho dois heróis: por um lado, a Selecção Portuguesa e o sempre confiante na vitória treinador Fernando Santos, que tornaram Portugal campeão do Euro e galvanizaram multidões de milhões de portugueses, de lusodescendentes, de quem tem Portugal no coração, ao redor de todo o Mundo. Um fenómeno único que só o futebol propicia, mas que é inspirador do poder da força indestrutível da solidariedade e da esperança, que podem também ser transformadoras do Mundo.

O meu outro herói é Mathis (com nome que soa ao do grande pintor Matisse, e o qual agora se tornou impressivo “pintor” de amor), filho de portugueses, pequeno em idade (10 anos), grande pela convicta atitude de ter resolutamente ido consolar no estádio um desolado francês perdedor do jogo. Eu gostaria imenso de ver Mathis também condecorado, para melhor inspirar outros “pintores de amor”, crianças e adultos, em todas as culturas, pelo mundo fora.

Sublinho o facto de esta linda atitude de solidariedade de Mathis ter também sido tão bem aceite no “calor” ainda do confronto das duas equipas, pelos imensos portugueses que assistiram a esse gesto de ternura, em mais uma demonstração do felizmente arreigado Humanismo português, que pode ser cimento e fermento também de um Mundo melhor.

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