Lisboa, 21 jun (Lusa) – A CGTP marcou hoje uma nova manifestação de protesto para 10 de julho para tentar impedir a aprovação na Assembleia da República das novas regras para a contratação coletiva. A manifestação nacional foi anunciada pelo secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, e aprovada, no âmbito de uma resolução reivindicativa, pelos milhares de trabalhadores que protestaram hoje em Lisboa contra as políticas sócio laborais do Governo.

A central sindical considera que as propostas de lei do Governo que estão no Parlamento, que vão reduzir os prazos de caducidade e de sobre vigência das convenções coletivas, vão destruir a contratação coletiva. A manifestação de 10 de julho incluirá duas concentrações – uma no Marquês de Pombal e outra no Cais do Sodré – que vão convergir em S. Bento, junto à Assembleia da República.

Hoje, alguns milhares de trabalhadores desfilam esta tarde pelas ruas da baixa lisboeta para exigir a demissão do Governo, correspondendo à chamada feita pela central sindical CGTP-IN, liderada por Arménio Carlos. “Sem contratação, não há democracia”, é uma das principais palavras de ordem gritadas pelos manifestantes que se dirigem para o Rossio em protesto contra as políticas socio laborais do Governo.

A manifestação, colorida pelas bandeiras sindicais, chama a atenção dos comerciantes, transeuntes e dos turistas que param nos passeios para os ver passar e até fotografar a iniciativa. “A luta continua, Governo para a rua” e “existem soluções, queremos eleições” foram outros dos chavões usados para reafirmar o pedido de demissão do Governo de Passos Coelho e a realização de eleições legislativas antecipadas.

Esta manifestação tinha como lema “Acabar com esta política de direita — Governo Rua! – Por uma política alternativa, de Esquerda e Soberana”, depois de já se ter realizada uma manifestação semelhante há uma semana no Porto.

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