Tigres, leões, pitões, crocodilos e até uma jibóia. Ao todo, em três anos de fiscalização da nova lei que obriga ao registo de alguns animais, foram encontrados 62 animais ilegais em circos. Alguns deles ainda estão à espera de colocação em jardins zoológicos ou em centros de resgate.

A maioria dos animais que não estão registados são tigres (pantheras tigres). Ao todo foram localizados 34 destes animais em circos ou com artistas com atividade similar. Mas há mais. Dos animais em vias de extinção (classificados ao abrigo da convenção CITES), foram ainda encontrados :

  • Dez leões
  • Seis leões asiáticos
  • Um hipopótamo
  • Um jacaré
  • Uma jibóia
  • Seis pitões de várias sub-espécies
  • Um caimão

De acordo com a resposta dada pelo Ministério do Ambiente, “todos os animais foram colocados em regime de fiel depositário, encontrando-se o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), enquanto autoridade administrativa CITES, a diligenciar uma colocação em zoos ou centros de resgate devidamente legalizados”. Alguns estão ainda à espera que os processos de contra-ordenação sejam encerrados.

Existem em Portugal 26 circos e quatro artistas de espetáculos similares que detêm (registados até 2013) 143 animais em vias de extinção. Nas contas legais destas entidades, os tigres são também os que mais contribuem para os espetáculos (existem 51). Existem ainda seis elefantes asiáticos registados e mais cinco elefantes da savana, além de 25 leões e de duas pumas.

As contas foram divulgadas pelo Ministério do Ambiente em resposta ao deputado do PCP, Miguel Tiago, que queria saber qual o cumprimento dado ao decreto-lei de 2009 que obrigava os circos a registarem uma lista de animais, ao abrigo da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Ameaçada de Extinção (CITES).

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