O caso BES é um “abcesso” que é “preciso retirar” da “caminhada de prestígio do país”, afirmou o presidente do BPI, Fernando Ulrich, esta quinta-feira, numa sessão com antigos alunos do IESE Business School, avança o Diário Económico. A melhor forma de retirar o BES dos “holofotes mediáticos” é, segundo Ulrich, respondendo a três questões. A primeira centra-se em Angola. “Foi mostrada a fotografia mas há que mostrar o filme todo. Alguém acredita que um estado soberano como Angola dê uma garantia de 4,2 mil milhões de euros (70% do total da dívida) e não exige nada em troca?”, questionou o líder do BPI.

A segunda questão que deve ser esclarecida tem a ver com a Portugal Telecom: “Já se sabe que a PT fez este investimento. Qual a dificuldade em explicar se se vai pagar à PT, ou não? E se não for paga o que acontece?”. Para último, ficaram as holdings do grupo. “Tem que se mostrar contas e gráficos com setinhas em que se explique tudo tim-tim por tim-tim para que qualquer aluno da quarta classe perceba o que se passa”, referiu. O líder do BPI adiantou que espera que as dúvidas sejam esclarecidas porque o que se passa no BES é um “assunto muito sério que tem sido agravado por uma comunicação desastrosa”. “É um case study de desastre comunicacional. Se queriam construir a tempestade perfeita não haveria melhor forma de o fazer”, disse durante a sessão de antigos alunos do IESE Business School, que decorreu  no Centro Cultural de Belém.

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