O Presidente dos Estados Unidos falou com a chanceler alemã Angela Merkel, pela primeira vez desde as suspeitas de espionagem que levaram à expulsão do chefe dos serviços secretos americanos na Alemanha, segundo um responsável norte-americano.

Ben Rhodes, o conselheiro adjunto para a segurança nacional de Barack Obama, escreveu no Twitter que os dois dirigentes falaram “da Ucrânia, do Irão e da cooperação entre os Estados Unidos e a Alemanha”. Obama e Merkel desenvolveram uma forte relação, mas sucessivas revelações sobre a espionagem norte-americana colocaram sob tensão as relações EUA-Alemanha e a líder alemã sob pressão no seu país.

A conversa ocorreu na véspera da reunião dos líderes da União Europeia em Bruxelas, que irá analisar a possibilidade de agravamento das sanções sobre a Rússia, em consequência do que o ocidente vê como um comportamento desestabilizador daquele país na Ucrânia.

Notícias recentes de que dois quadros do Governo alemão estavam a ser investigados por alegadamente serem agentes duplos ao serviço da norte-americana CIA arrefecerem as relações EUA-Alemanha, que ainda não tinham recuperado das alegações de que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla inglesa) tinha colocado o telefone de Merkel sob escuta.

A polémica sobre a espionagem teve início no ano passado no âmbito de revelações feitas pelo antigo funcionário da NSA Edward Snowden de que a agência norte-americana estava a realizar ações de espionagem e a recolher uma vasta informação de dados na Internet e através do telefone de cidadãos, incluindo na Alemanha.

O secretário de Estado norte-americano John Kerry realizou uma tentativa da administração norte-americana para melhorar os laços com a Alemanha no domingo, durante conversações com o seu homólogo alemão Frank-Walter Steinmeier em Viena. Kerry disse que os dois aliados transatlânticos continuavam “grandes amigos”. Steinmeier, por sua vez, disse que a Alemanha queria uma parceria renovada com Washington baseada na “confiança”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR