A conferência anual de luta contra a SIDA em Melbourne, na Austrália, está a levar centenas de cientistas e ativistas à cidade para apresentar e discutir os avanços da luta contra a doença. Mais de 100 pessoas a bordo do voo MH17 tinham como destino final Melbourne e eram alguns dos investigadores mais importantes neste campo de pesquisa. A Associação Médica da Austrália diz que estas mortes significam “um retrocesso para a cura e prevenção estratégica da SIDA”.

Um dos passageiros deste voo era o holandês Joep Lange, ex-presidente da Associação Internacional da SIDA e um dos investigadores que liderava a comunidade científica na pesquisa do vírus da SIDA. Acompanhava a evolução do vírus desde 1983 e era professor da Universidade de Amesterdão. Estava à frente de várias terapias em teste para combater o vírus. Tinha 60 anos e viajava com a mulher. Outro dos passageiros era Glenn Thomas, um porta-voz da Organização Mundial da Saúde e ex-jornalista da BBC.

A Associação Médica da Austrália diz que estas mortes são um “retrocesso significativo” e terão “um impacto devastador” na pesquisa e luta contra a SIDA. “A quantidade de tempo que se leva a atingir um patamar em que se consiga ter as ideias e conhecimento que estas pessoas tinham sobre a SIDA não pode ser substituído em pouco tempo. Portanto, estamos mesmo a falar de um retrocesso significativo”, disse Brian Owler, presidente da Associação Médica da Austrália à Time.

A conferência AIDS 2014 vai decorrer entre 20 e 25 de julho e os jornais australianos avançam que 108 participantes iam no voo que se despenhou na Ucrânia.

 

 

O título desta notícia foi atualizado depois de se ter confirmado que, dos mais de cem passageiros que tinham como destino final a Conferência Aids 2014, apenas seis eram investigadores — como referimos nesta notícia.

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