Os Estados Unidos não têm dúvidas: nos últimos dias houve vários rockets disparados da Rússia para a Ucrânia. E desta vez, o Departamento de Estado divulgou imagens que mostram a trajetória dos mísseis.

A administração de Barack Obama divulgou imagens de satélite que, garante o Departamento de Estado americano, evidenciam o disparo de rockets da Rússia para unidades militares na Ucrânia. A revelação  surge com fotografias que foram tiradas entre quarta (21 de julho) e sábado (26 de julho),  que indicam que a Rússia disparou mísseis do seu lado da fronteira para solo ucraniano e passou “artilharia pesada” para os separatistas através da fronteira.

russia ucarnia misseis rockets Fonte: departamento de Estado dos Estados Unidos da América.

No documento de quatro páginas, divulgado pelo Departamento de Estado, liderado por John Kerry, são visíveis as imagens com as crateras e outras marcas provocadas pelos rockets. Fonte oficial do governo norte-americano diz que as imagens mostram disparos de “armas pesadas” entre 21 e 26 de julho, depois da queda do avião MH17, a 17 de julho.

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A CIA já tinha defendido que os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia são responsáveis ​​pela queda do avião da Malaysia Airlines. Na altura, já tinham divulgado conversas intercetadas e imagens de satélite como prova de que um míssil russo, o SA-11, atingiu o MH17. Agora, estas imagens mostram atividade militar da Rússia para a Ucrânia após a queda do avião.

A 21 de julho, no comunicado avançado pelo Kremlin sobre o voo MH17, Vladimir Putin afirmou que “ninguém tem o direito de usar esta tragédia para perseguir os seus objetivos políticos”. O presidente russo garantia que a Rússia ia “fazer tudo o que estava ao seu alcance” para que o conflito no leste da Ucrânia passasse “da fase militar para a fase de negociação, através de meios pacíficos”.

O braço de ferro entre ocidente e Rússia continua há largas semanas. Depois de os países europeus terem decidido aumentar as sanções contra a Rússia, agora os EUA dão um passo além na escalada da tensão com os russos e garantem que o regime de Putin manteve atividade militar nos últimos dias na Ucrânia.