Trinta arguidos, incluindo dois agentes da Polícia de Segurança Pública, acusados de associação criminosa, furto qualificado, abuso de poder e recetação, conhecem esta sexta-feira o acórdão do julgamento nas Varas Criminais de Lisboa.

A sessão está agendada para as 14h na 1.ª Vara Criminal de Lisboa, no Campus de Justiça, após dois adiamentos. Os arguidos são suspeitos de levarem a cabo dezenas de assaltos de norte a sul do país.

Segundo o despacho de acusação do Ministério Público (MP), a alegada rede criminosa, composta maioritariamente por cidadãos de nacionalidade romena, terá cometido, entre 2010 e 2012, “de forma sistemática” assaltos a bombas de gasolina, residências, armazéns, oficinas, restaurantes, escolas, edifícios públicos, ourivesarias, tabacarias e quiosques.

Mais de uma dezena de arguidos encontram-se em prisão preventiva, enquanto os dois polícias, que respondem por recetação, abuso de poder, furto qualificado e cumplicidade com a associação criminosa, estão suspensos de funções.

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O MP sustenta que os dois polícias apoiaram “material e moralmente” o grupo, o qual desenvolvia a atividade ilícita a partir de Lisboa.

O alegado grupo criminoso, que terá levado a cabo dezenas de assaltos do Minho ao Algarve, foi desmantelado em 2012 pela Unidade Nacional de Contra Terrorismo, da Polícia Judiciária. Além de cidadãos romenos, foram julgados arguidos de nacionalidade húngara, cabo-verdiana e portuguesa.