As costas da União Europeia foram porta de entrada para cerca de 78 mil imigrantes ilegais nos primeiros seis meses do ano, uma subida face a igual período em 2013 particularmente na costa italiana, revelaram esta quarta-feira as autoridades.

De acordo com informações da Agência Europeia de Fronteiras (Frontex), só na costa italiana deu-se um aumento de 500% no fluxo de imigrantes ilegais, a maioria vindos de embarcações a partir da Líbia.

A Frontex estima que nos primeiros seis meses de 2013 tenham havido 12.915 imigrantes ilegais a tentar entrar via mar na União Europeia (UE), valor bastante abaixo dos 78.300 até junho deste ano.

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, reclamou no começo do passado mês de julho uma política europeia para enfrentar o fenómeno da imigração para a União Europeia a partir do norte de África e lembrou que o Mediterrâneo “não é o mar de Itália”.

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O chefe do Governo italiano defendeu o reforço da Frontex através de uma maior dotação económica para este organismo da União Europeia.

Matteo Renzi falava em Roma, no final de uma reunião com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, para examinar as prioridades da nova presidência da União Europeia que Itália começou a exercer a 1 de julho.

Em outubro de 2013, a Itália colocou em marcha o programa “Mare Nostrum” para patrulhar o Mediterrâneo e socorrer milhares de pessoas que tentam chegar ao país, pouco depois de 366 imigrantes morrerem num naufrágio a poucas milhas da ilha de Lampedusa.

A operação custa à Itália 300 mil euros diários, de modo que o país tem pedido ajuda, nos últimos meses, às autoridades europeias para financiar o trabalho de vigilância no Mediterrâneo e de acolhimentos dos imigrantes ilegais.