Portugal é o país da Europa que tem menor percentagem de mulheres em cargos de topo, avança a Bloomberg, acrescentando que contrasta significativamente com alguns países onde foram introduzidas leis que estimulam as empresas a contratar mulheres para cargos de dirigentes – como é o caso da Noruega. Os números compilados pela Bloomberg Intelligence baseiam-se no índice Stoxx de 2013, que reúne dados de 600 empresas de 18 países europeus.

Em Portugal, apenas 5% dos quadros de topo das empresas são mulheres, sendo este o número mais baixo da Europa. Segue-se a Grécia, com uma percentagem igualmente baixa, de 6.7%, e Itália, com 10.5%. Espanha e Suíça vêm a seguir, não chegando ainda aos 15%.

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Fonte: Bloomberg

A Noruega, por oposição, é o país com maior percentagem de mulheres nos altos cargos: 40%, tendo atingido o seu pico desde que em 2003 estabeleceu quotas nesse sentido. A Finlândia e França (perto de 30%) completam o pódio, tendo também legislação em vigor para colmatar estas desigualdades.

“Um dos maiores problemas do crescimento económico é que haja tão poucas mulheres no mercado de trabalho, e as que há, não estão a ver o seu potencial plenamente aproveitado”, disse à Bloomberg Helena Morrissey, fundadora do ‘30% Club‘, cuja meta é ver 30% de representação feminina no FTSE 100 Index (índice das 100 maiores empresas cotadas na bolsa de Londres) até ao fim de 2015.

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