Quantas vez se deparou com um par cão-dono em que cada elemento parecia ter sido feito para o outro? Se nunca lhe aconteceu veja aqui alguns exemplos. Nestes casos, seria relativamente fácil emparelhá-los caso tivessem sido separados. Mas nem sempre os animais e respetivos donos são assim tão parecidos. Mesmo assim parece que há alguma coisa que os liga, conforme mostrou Sadahiko Nakajima, investigador na Universidade Kwansei Gakuin, no Japão, na revista científica Anthrozoos.

O professor do departamento de Ciências Psicológicas verificou que os avaliadores – pessoas que não conheciam os cães e os respetivos donos – eram capazes de juntar os pares corretos quando os viam em fotografias. A correspondência chegava aos 80% (49 respostas certas em 61) quando as fotografias eram mostradas por inteiro ou a 73% quando a boca do dono e animal eram tapadas. Porém, quando os olhos eram tapados, os avaliadores falhavam a maior parte dos emparelhamentos.

Perante os primeiros resultados, que pareciam mostrar que a semelhança estava nos olhos, a equipa de Sadahiko Nakajima decidiu mostrar apenas os olhos dos donos e dos animais aos avaliadores. Mesmo com tão pouca informação visual os avaliadores conseguiram encontrar os pares corretos em 74 a 76% dos casos. Para o professor de psicologia tem de haver algo mais do que a semelhança nos olhos, uma vez que os donos dos animais eram todos asiáticos de olhos escuros, logo com pouca variação entre eles, enquanto os cães representavam várias raças diferentes.

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