O mercado dos smartphones continua a crescer, com um aumento de 25,3% no segundo trimestre de 2014, que corresponde a 301 milhões de unidades vendidas. A sul-coreana Samsung continua a ser líder, mas segundo a Quartz, dados recentes sugerem uma tendência para que esta posição de domínio se altere. As receitas têm vindo a descer desde meados de 2012 e a Samsung já anunciou que espera uma quebra de 60% nos lucros do próximo trimestre, comparativamente com o período homólogo.

Os números não são animadores mas não parecem, para já, retirar o protagonismo da marca sul-coreana no mercado móvel. Como nota a Quartz, mais do que o valor que representam, a Apple começa a ganhar vantagem na “guerra” com a Samsung, cujos lucros descem enquanto os da Apple continuam a subir. O anúncio do lançamento dos Galaxy Note 4 na China está marcado para o final desta semana, numa altura em que o número de encomendas dos novos iPhone já atingiu os 10 milhões de unidades — vai ser lançado no dia 17 de outubro.

A Samsung é a marca que mais gasta em publicidade (14 mil milhões de dólares em 2013), mas isso não parece ser o suficiente para definir a posição de uma marca com cada vez mais concorrência em todos os segmentos. Por um lado, no posicionamento premium pelo iPhone e por outro, nos segmentos mais baixos, marcas como a Lenovo e Xiaomi lideram no mercado chinês, o mais competitivo do mundo.

Nos “wearable” (os “acessórios de vestir” como os relógios inteligentes) a corrida ainda mal começou mas a competição já se adivinha. No início do próximo ano o Apple Watch da Apple vai fazer concorrência direta ao Samsung Gear S e não será difícil de prever que o carisma da marca da maçã se vai apresentar como um adversário que o dinheiro, por si só, dificilmente será capaz de pagar.

Contudo, é curioso notar que a Samsung mantém uma posição importante na produção de componentes para smartphones, nomeadamente para a concorrente Apple: 40% dos microchips que equipam os iPhone 6 são produzidos pela Samsung. Uma influência que não basta para se traduzir em lucro no mercado cada vez mais competitivo dos smartphones.

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