Rui Rio acusa “setores que não serão alheios ao próprio partido e, quiçá, a alguma organização mais ou menos secreta” de estar por trás das últimas notícias do jornal i que dão conta de que uma empresa do ex-autarca do Porto terá sido beneficiada em concurso público.

“O objetivo foi muito claro: denegrir, neste momento concreto, a minha pessoa do ponto de vista político e profissional”, afirmou o ex-presidente da Câmara do Porto num comunicado emitido no fim de semana, dizendo que houve uma espécie de conspiração jornalística para o travar. Aponta o dedo a uma organização “mais ou menos secreta” que, diz, se move com “maior destreza” nos meios do jornalismo e que, por isso, pode ter alguma coisa a ver com “estas coisas” – leia-se, as notícias que, segundo Rio, procuram atingir o seu nome e reputação.

“Se assim não fosse, e se realmente tivesse havido alguma irregularidade – que não houve – o sujeito e o destaque da notícia nunca deveria ser eu, mas sim, o membro do Governo que a tivesse praticado. A invenção de uma alegada “empresa de Rui Rio”, e o exagerado ênfase dado ao meu nome, demonstram a infantilidade de quem não tem ainda know how suficiente para fazer “estas coisas” com a habitual sofisticação”, escreveu.

O ex-autarca do Porto termina o “desmentido” dizendo que vai avançar com uma ação judicial, e deixando a sua opinião sobre o assunto: “o senhor secretário de Estado [do Desenvolvimento Regional] (…) mais não quis do que acautelar a impossibilidade de todos eles [potenciais candidatos] – direta ou indiretamente – poderem ter uma especial ligação a apenas um qualquer partido ou a apenas um qualquer grupo de influência que, eventualmente, por ai possa existir”.

Nos últimos dias, Rui Rio negou estar envolvido em estratégias ou movimentos para chegar à liderança do PSD, referindo-se nomeadamente à página de Facebook ‘Movimento de Apoio a Rui Rio’. Mas antes, em julho, tinha alimentado a ideia de que pode saltar brevemente para a linha da frente, como sucessor de Passos Coelho no PSD, tendo dito à Rádio Renascença que, se houver uma grande vaga de apoio, ou seja “se sentir que o movimento é muito grande, é evidente que uma pessoa pode defraudar as pessoas e fugir”.

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