O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, voltou hoje a defender a necessidade de Governo e da oposição discutirem os problemas do país, afirmando querer “um amplo debate nacional sobre matérias importantes” como a reforma do Estado.

“Gostaria muito que nós conseguíssemos fazer um amplo debate nacional sobre estas matérias que são importantes. Os governos duram o que têm que durar nos termos da Constituição e desde que não haja crises (…). Temos este tempo ainda para que o Governo governe e para que a oposição faça oposição, mas entre quem governa e quem faz oposição tem de haver espaço para discutir os problemas do país”, afirmou Pedro Passos Coelho, na Casa das Artes de Arcos de Valdevez.

“Agora andam várias pessoas interessadas em discutir a antecipação das eleições, há sempre que goste de se distrair com conversas que dizem pouco às pessoas e quando chega a altura de discutir coisas que são mesmo importantes, dizem que só discutem depois das eleições”, criticou.

Segundo o primeiro-ministro, Portugal tem “problemas que se arrastaram durante muitos anos” e, apesar do Governo procurar nos últimos três anos resolver muitos deles, “permanecem aspetos estruturais que são muito relevantes e que precisam de ser devidamente respondidos”.

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O primeiro-ministro alertou que os aspetos estruturais existentes no país “não se respondem nem num mês nem num ano, demoram vários anos a produzir resultados”.

Quanto à reforma do Estado, disse que “ainda há muito a fazer nessa medida” e apelou ao contributo do poder local.

Em resposta ao presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, o social-democrata João Esteves, que pediu apoios para a regeneração urbana, qualificação da estrada nacional que liga o concelho a Ponte da Barca e depois a Orense, bem como contribuir para o aumento da competitividade das empresas na região, Pedro Passos Coelho afirmou que “o apoio aparecerá consoante as possibilidades que o Governo e o Estado têm”.

Contudo, adiantou que o Governo ajudará a concretizar alguns dos projetos.