O juíz Eloy Velasco determinou esta quarta-feira à noite a prisão preventiva, sob fiança de 60 mil euros, do presidente da câmara de Torrejón de Velasco, Gonzalo Cubas (do PP) e do presidente de Parla, José María Fraille (do PSOE), bem como o chefe de gabinete deste último, Antonio Borrego. Foi também preso preventivamente, sob uma fiança de 25 mil euros, Antonio Cándido Ruiz, administrador de uma empresa do construtor David Marjaliza, um dos “cérebros” do esquema desmantelado na Operação Púnica, segundo o El País.

Tanto David Marjaliza como o ex-secretário geral do PP em Madrid, Francisco Granados, serão ouvidos pelo juiz esta quinta-feira. Assim como Marcos Martínez (do PP), responsável da Província de Leão, entre outros 14 acusados.

Melhor sorte tiveram outros dois nomes ligados à política, entre os quais o presidente da câmara de Collado Villalba, Agustín Juaréz. Neste caso o juiz aceitou libertá-lo sob fiança de 40 mil euros, a ser paga nos próximos dez dias. Outras seis pessoas acusadas neste processo e ouvidas esta quarta-feira pelo juiz foram deixadas em liberdade.

A Operação Púnica é uma rede de corrupção desmantelada pelas autoridades espanholas e que levou à detenção de 37 pessoas na passada segunda-feira, de um total de 51 acusados, entre os quais se encontram dezenas de políticos (sobretudo do PP) e empresários. O rosto mais conhecido nesta megaoperação anticorrupção é o do antigo número dois do PP de Madrid, Francisco Granados, acusado de ser o “mentor” deste esquema que operou nas regiões de Madrid, Múrcia, Valência e Leão.

Em causa estão adjudicações irregulares na ordem dos 250 milhões de euros ao longo dos últimos doisanos. Ao que tudo indica os responsáveis municipais alteravam concursos públicos para favorecer empresas que lhes pagariam comissões. As investigações começaram em dezembro de 2013, quando autoridades suíças informaram Espanha que estavam a investigar Granados e Marjaliza por uma suspeita de crime de branquamento de capitais agravado.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR