O AngoSat-1, o primeiro satélite angolano, estará pronto a ser lançado em órbita em novembro de 2016 e permitirá assegurar telecomunicações em todo o território nacional, foi anunciado esta terça-feira em Luanda.

A construção do satélite, a cargo de um consórcio russo, arrancou a 19 de novembro de 2013, cerca de doze anos depois de iniciado o processo, e deverá prolongar-se por 36 meses, calendário que o governante garante estar a ser cumprido integralmente.

“Estamos a 31 por cento da construção, um atraso de um dia neste projeto é um problema muito grande. Em novembro de 2016 o satélite estará pronto a ser lançado, dependendo depois da janela de oportunidade [do lançamento]”, explicou o secretário de Estado das Telecomunicações, durante a apresentação de projetos angolanos nesta área.

De acordo com Aristides Safeca, o AngoSat-1 vai disponibilizar serviços de telecomunicações, televisão, internet e governo eletrónico, devendo permanecer em órbita “na melhor das hipóteses” durante 18 anos. “Vai permitir levar as comunicações a todo o país”, assegurou o governante, ao assinalar o primeiro ano de construção do satélite, que além de um consórcio russo envolve cerca de 30 empresas subcontratadas.

A construção do satélite, cuja incorporação nacional, além da formação de alguns quadros angolanos, – como admitiu o próprio secretário de Estado – é praticamente nula, estava avaliada em 2013 em 37 mil milhões de kwanzas (cerca de 300 milhões de euros).

Está ainda prevista a construção de duas estações de controlo do satélite em Luanda (Angola) e Korolev (Rússia). Contudo, como destacou Aristides Safeca, o AngoSat-1 é “apenas” um dos sete projetos previstos ao abrigo do Programa Especial Angolano e que envolve a formação de quadros, a transferência de conhecimentos nesta área e o lançamento da Agência Espacial Angolana. O AngoSat-1 deverá estar em pleno funcionamento durante o primeiro semestre de 2017, precisou o governante.

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