O diretor da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, António Tavares, confirmou a entrada de 33 pessoas infetadas com a bacteria legionella no Hospital de Vila Franca de Xira, avança o Jornal de Notícias. Os pacientes, com idades compreendidas entre os 30 e 80, são residentes nas freguesias de Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa e Vialonga. De acordo com o Público, há pacientes provenientes também de Bucelas (concelho de Loures) e Samora Correia (concelho de Benavente). A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira apela a que não se consuma nem utilize a água da torneira. No entanto, a transmissão acontece apenas pela via respiratória. Ou seja, ar condicionados e vapor de água são hipóteses.

O Observador teve conhecimento da situação algumas horas antes do comunicado e contactou o hospital, mas sem sucesso. De seguida, quando contactada, a Câmara de Vila Franca de Xira ainda não tinha conhecimento da situação. Tal como os bombeiros de Vila Franca de Xira. Durante a tarde, a autarquia emitiu um comunicado confirmando a situação.

Por volta das 20h, o hospital fez um comunicado a dar conta que tinham entrado no hospital 27 pessoas com suspeita de legionella. Sete pessoas estão internadas em unidades de cuidados intensivos, sendo que uma está em estado grave. Esta bactéria pode provocar problemas respiratórios graves, nomeadamente infecções respiratórias, febres e dores musculares. Segundo o Público, a Direção Geral de Saúde está reunida para estudar eventuais medidas a tomar perante este caso.

“Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento [SMAS] de Vila Franca de Xira e a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira foram informados, depois das 15 horas de hoje (sexta-feira, 7 de novembro), da ocorrência de diversos cidadãos (13) do Forte da Casa e Póvoa de Santa Iria a recorrerem ao Serviço de Urgência do Hospital Professor Reynaldo dos Santos (Vila Franca de Xira), alegadamente por terem ingerido água”, pode ler-se no comunicado da CM. A câmara informou ainda que os serviços laboratoriais dos SMAS de Vila Franca de Xira estão a proceder a análises à água.

Mário Jorge Santos, presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, disse à Agência Lusa que a situação configura a de “um evento ocorrido num espaço com ar condicionado”, dado o número de casos de infeção confirmados no mesmo dia. O médico esclareceu que a bactéria não se transmite de pessoa para pessoa, mas através da inalação de gotículas de água, invisíveis a olho nu e alojadas em sistemas de refrigeração ou aquecimento e duches, com falta ou má manutenção.

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