O número de imigrantes em Portugal continua a diminuir, tanto devido à crise económica, como à naturalização da população estrangeira, indica um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgado esta segunda-feira. O único indicador a subir em termos de imigração no país é o número de vistos de estudante pedidos maioritariamente por angolanos e brasileiros – um fenómeno que a organização explica através do esforço das universidades portuguesas em captar novos alunos e desenvolver protocolos com entidades externas à UE.

No relatório onde a OCDE traça as perspetivas anuais sobre migrações, esta organização compara ainda a emigração portuguesa, com mais de 120 mil portugueses a saírem do país em 2012, à vaga dos anos 60 e 70. O perfil do emigrante português traçado neste relatório, e de acordo com dados de 2012, é de alguém entre os 15-29 aos e do sexo masculino – 70% dos emigrantes portugueses que deixaram o país nesse ano são homens. Os principais destinos da emigração portuguesa são União Europeia, Suíça e Angola.

“A saída crescente dos imigrantes de longo prazo, que começou com a recessão, prossegue”, observa a OCDE, destacando, porém, que, de um total de 121.500 pessoas que deixaram o país em 2012, 96% eram portuguesas e apenas 4% eram estrangeiras.

No que diz respeito à imigração, para além dos estudantes, indianos e chineses receberam o maior número de vistos de longa duração em 2012. Em 2013, a população imigrante diminuiu para 401 mil pessoas, quando em 2012 contava com 417 mil, refere o documento. Apesar de a população brasileira continuar a diminuir — 13.500 pessoas em 2013 –, quase um em quatro imigrantes é brasileiro.

Em 2013, 30.100 estrangeiros pediram nacionalidade portuguesa, um pouco mais do que em 2012, e a maioria teve resposta positiva, segundo o relatório. Ainda no ano passado, o número de pedidos de asilo aumentou para 500, dos quais 39% foram provenientes de cidadãos sírios.

 

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