Isabel dos Santos ainda não decidiu se irá ou não retirar a oferta pública pela PT SGPS, estando nesta altura a “analisar as possíveis vias de atuação”. O Diário Económico havia noticiado que a empresária angolana iria deixar cair a OPA e que deveria comunicar isso mesmo ainda esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O reguladora já levantou a suspensão da negociação das ações da PT SGPS e estas reabriram a perder 1,5%.

A Terra Peregrin “não tomou ainda qualquer decisão relativamente à prossecução ou retirada da oferta, no seguimento da resposta divulgada ontem pela CMVM relativamente ao requerimento de derrogação do dever de lançamento de oferta pública de aquisição subsequente apresentado pela Oferente no âmbito do pedido de registo da Oferta”, escreve a empresa controlada por Isabel dos Santos em comunicado à CMVM.

A empresária encontra-se, “presentemente, a analisar as possíveis vias de atuação”, acrescenta o comunicado. “Qualquer decisão tomada nesta sede será oportunamente comunicada ao mercado”, remata a Terra Peregrin.

O regulador do mercado levantou, entretanto, a suspensão da negociação das ações da PT SGPS na bolsa de Lisboa. Estas reabriram a perder 1,5%.

A CMVM tinha recusado à Terra Peregrin a derrogação do dever de lançamento de uma OPA sem subir o preço, que a empresária tinha colocado como pré-condição essencial para a operação avançar. Na quarta-feira, a CMVM indicou que Isabel dos Santos tinha de fixar o preço com base na média dos últimos seis meses, o que representaria um valor mais elevado que os 1,35 euros por ação que a Terra Peregrin estava a oferecer, algo que a Terra Peregrin considerava injusto por considerar que não refletia o valor real da empresa.

Para a empresa de Isabel dos Santos, a valorização da empresa deve ser feita após a recusa de um tribunal do Luxemburgo da proteção de credores à Rioforte, obrigando a empresa a declarar insolvência – o que representa uma queda ainda maior da PT com os empréstimos feitos à Rioforte e que terminaram com o afastamento de Henrique Granadeiro e Zeinal Bava da empresa.

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