Miguel Albuquerque, o candidato mais bem posicionado para suceder a Alberto João Jardim à frente do PSD/Madeira, está confiante numa vitória na segunda volta das eleições, marcadas para dia 28.

“Há duas coisas essenciais a dizer neste momento: em primeiro lugar os militantes optaram claramente pela renovação: da politica, dos protagonistas, de procedimentos; em segundo lugar fica igualmente muito claro que escolheram a minha candidatura para liderar o novo ciclo politico do partido e da Madeira”, diz o ex-autarca do Funchal, o único que desafiou Jardim numa corrida pela liderança do partido na região.

Interrogado sobre a possibilidade de negociações entre as restantes quatro candidaturas – Miguel de Sousa, João Cunha Silva, Sérgio Marques e Jaime Ramos – para que apelem ao voto em si no próximo dia 28, Albuquerque, que ganhou em dez dos onze concelhos, mostrou-se otimista: “Durante a campanha eleitoral os outros candidatos mostraram-se também contra statu quo representado pela candidatura de Manuel António”, o candidato que passou com ele à segunda volta. “É natural que agora confiem em mim para pôr termo a esse mesmo status quo, apoiando a minha segunda volta.”

Miguel Sousa admite apoiar Albuquerque

“Naturalmente que votaremos em alguém no dia 29, isso é seguro!” afirmou Miguel Sousa ao Observador pouco tempo após serem conhecidos os resultados da votação na Madeira.

“E naturalmente que estaríamos sempre mais perto da candidatura de Miguel Albuquerque mas… É cedo para ser definitivo, vai ser preciso conversar. Queremos ouvir os candidatos que irão disputar a segunda volta mas também apresentar as nossas dúvidas. Há algumas reticências que pomos a ambas as candidaturas e determinados perfis que não nos agradam. Não, não antevejo nem negociações nem conversas demoradas. Julgo até que ainda antes do Natal estará tudo decidido.”

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Sérgio Marques ainda não decidiu quem vai apoiar

“Não há absolutamente negociação nenhuma em curso para saber quem apoiarei no próximo dia 29″ disse ontem a noite ao Observador, Sérgio Marques, candidato que logrou um algo inesperado quarto lugar nas eleições madeirenses. Foi o próprio ex dirigente do PSD/M e ex-deputado europeu quem o assumiu frontalmente ao admitir que as suas expectativas e as do seu grupo de trabalho eram maiores. Algumas sondagens privadas efetuadas nos últimos dias colocavam Sérgio Marques em melhor posição do que o quarto lugar que veio finalmente a obter nesta corrida.

Recusando pronunciar-se sobre qual a sua “inclinação”entre duas candidaturas tão dissonantes como as que opõem Manuel António Correia e Miguel Albuquerque, Sérgio Marques remeteu para após o Natal a divulgação da sua decisão: “Seria incapaz de me pronunciar sem primeiro ouvir a opinião e perceber qual o sentimento da minha equipa. Devo-lhes muito, é uma questão de respeito para com o seu empenho na minha candidatura. E além disso é preciso conversar. Há muita coisa em aberto…”