O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, disse esta segunda-feira que a TAP é “um caso de incompetência do Estado português” e um problema que se arrasta há muitos anos.

“A TAP é um caso de incompetência, não do Governo, mas do Estado português. É um problema que já deveria estar resolvido há muitos anos”, afirmou Jardim à margem da homenagem ao mesatenista português Marcos Freitas, falando sobre a greve convocada pelos sindicatos da transportadora nacional para entre os dias 27 e 30 de dezembro.

“Em Portugal vigora aquilo que se chama ‘porreirismo nacional'”, declarou o responsável madeirense.

Segundo Jardim, “por outro lado, permite-se o direito à greve, que não é um direito absoluto, numa matéria como os transportes em que todos os dias as pessoas são incomodadas com greves” quando “todos os dias as pessoas fazem sacrifícios”.

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“É uma política com a qual não concordo e, ainda por cima, as pessoas veem esses seus sacrifícios com o dinheiro para se gastar a pagar as greves e os défices das empresas que sofrem com essas greves”, concluiu.

A plataforma de 12 sindicatos que representa os trabalhadores da TAP convocou uma greve de quatro dias, entre os dias 27 e 30, na sequência da recusa do Governo de suspender a privatização da companhia.

Na quinta-feira, o Governo aprovou uma requisição civil na TAP que abrangerá cerca de 70% dos trabalhadores da companhia, permitindo realizar todos os voos previstos para os quatro dias da greve.

Hoje, quinta-feira, o Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social (CES) decretou os serviços mínimos para a greve na TAP, que preveem a realização de voos para os Açores, Madeira, Brasil, Angola e Moçambique.