Os primeiros camarotes da história do Carnaval de Ovar ficam à venda esta segunda-feira por 2.500 euros cada, destinando-se a empresas ou famílias que pretendam assistir aos corsos num local coberto, com ‘catering’ incluído e instalações sanitárias próprias.

Alexandre Rosas é o vereador que coordenada a organização do Entrudo vareiro e antecipou à Lusa: cada estrutura terá capacidade para 20 pessoas em cada tarde de desfile, ocupará cinco metros de frente, estará montada a cerca de 1,8 metros de altura do solo, combinará zona coberta com varanda, incluirá serviço de ‘catering’ para todos os ocupantes e integrará a sua própria casa-de-banho.

“É este o futuro do Carnaval de Ovar”, defende o autarca. “Se a experiência correr bem, podemos pensar em alargar estas estruturas a outro tipo de público, porque as pessoas cada vez estão mais recetivas a usufruir de condições com outro conforto”, explica.

Instalados no topo norte da área de desfile, na Avenida Sá Carneiro, os camarotes deverão ser montados na segunda semana de fevereiro, na quantidade correspondente à procura. “Temos previstos 10, mas só vamos montar os que realmente forem vendidos”, afirma Alexandre Rosas.

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Essa estratégia procura evitar o desperdício de recursos, tal como acontece com a opção pela venda de cada camarote para ambos os dias de corso carnavalesco, quando seria de esperar que o mesmo espaço fosse disponibilizado a uma empresa no domingo e a outra na terça-feira.

“Não se pode fazer isso porque cada camarote vai ser personalizado com a imagem da própria empresa que o comprou”, esclarece o vereador. “Se a estrutura não ficasse reservada para a mesma empresa nos dois dias, de domingo para segunda-feira teríamos que mudar à pressa toda a imagem estética do camarote, o que não ia compensar”, observa.

Alexandre Rosas admite, contudo, que alguns aspetos do funcionamento desses espaços se mantêm em aberto, até porque, ainda antes de serem colocados à venda, “já houve pessoas que sondaram a Câmara para avaliar a hipótese de comprarem um camarote de um dia para uso comum de toda a família ou de um grupo grande de amigos”.

Para o vereador, isso significa que as novas estruturas para os espetadores dos desfiles de Ovar se adivinham uma boa aposta em termos de retorno financeiro, mesmo que a receita de 10 camarotes se fique muito aquém dos cerca de 500.000 euros que a autarquia vem investindo no extenso programa da festa e no apoio às coletividades que a ela se dedicam.

“Este ano já tivemos três ou quatro vezes mais receita com a venda em hasta pública dos bares de rua, por termos melhorado a programação e ela passar a ser totalmente gratuita [com exceção para os corsos de domingo e terça-feira à tarde]”, declara Alexandre Rosas.

“Os camarotes vão ajudar a repor o orçamento da Câmara e o caminho é no sentido de encontrar patrocinadores que nos permitam cobrir os custos – se não da totalidade do evento – pelo menos da sua programação”, conclui o autarca.