O Alentejo dispõe de 1.082 milhões de euros de apoios comunitários até 2020, através de um novo programa operacional, cujas candidaturas deverão abrir na segunda quinzena de março, revelou esta quarta-feira o presidente da comissão diretiva do programa.

O Alentejo 2020, o Programa Operacional Regional do Alentejo para o período 2014-2020, tem uma dotação global de 1.082,9 milhões de euros, “mais 26%” do que o programa anterior, o InAlentejo, que vigorou entre 2007 e 2013, precisou à agência Lusa António Costa Dieb.

O também presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA) falava à margem da primeira reunião do Comité de Acompanhamento do novo programa, hoje realizada em Beja.

Segundo o responsável, da dotação global do Alentejo 2020, 898,2 milhões de euros provêm do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e 184,7 milhões de euros do Fundo Social Europeu (FSE).

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“Cerca de 35%” da dotação global do Alentejo 2020 “vai diretamente para as dimensões de apoio à economia empresarial e cerca de 15% para fatores de competitividade, nomeadamente capital humano, investigação e transferência de tecnologia”, indicou.

O resto será distribuído pelas áreas de regeneração urbana, sustentabilidade, ambiente e economia verde, desenvolvimento local e intervenções territoriais, sublinhou.

De acordo com António Costa Dieb, através dos apoios do Alentejo 2020, a CCDRA e a comissão diretiva do programa vão “trabalhar para atingir grandes indicadores regionais”, como “reduzir em 10%” a diferença entre o máximo e o mínimo de rendimento médio interno per capita e o abandono escolar da região.

A CCDRA e a comissão diretiva do programa também querem “aumentar o investimento nas questões do capital humano e da investigação e transferência de tecnologia” com o objetivo de fazer as instituições de ensino superior do Alentejo “subirem dois pontos nas tabelas internacionais”.

Se estes indicadores “forem satisfeitos de uma forma muito próxima”, será possível criar, “com certeza”, “alguns milhares de postos de trabalho, diretos e indiretos, e garantir a “sustentação de outros”, frisou.

A preparação dos regulamentos específicos de cada um dos eixos do Alentejo 2020 está “na fase final” e “tudo indica que a partir da segunda quinzena de março estaremos em condições de começar a abrir os avisos dentro da normalidade”, adiantou.

“Atualmente, já estão abertos avisos para a preparação das intervenções territoriais, por parte das comunidades intermunicipais, e das intervenções de base local, por parte das associações de desenvolvimento local, e a partir da segunda quinzena de março entraremos na normalização do processo do Alentejo 2020”, disse.