A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) considera que “a tragédia” ocorrida esta quarta-feira em Loures numa perseguição policial reflete o dia a dia destes profissionais e reiterou a necessidade do reconhecimento formal do risco da profissão.

“A ASPP/PSP tudo fará, em primeiro lugar, para que seja prestado todo o apoio, psicológico e não só, aos familiares e colegas de serviço dos dois profissionais, de 24 e 27 anos, que hoje perderam a vida no decorrer da sua missão. A tragédia hoje ocorrida reflete o quotidiano dos profissionais da polícia”, refere a associação num comunicado enviado à agência Lusa, manifestando um “profundo pesar” pelo sucedido.

A ASPP/PSP acrescenta que “é este tipo de risco que, todos os dias, os profissionais da PSP enfrentam” e, “mais do que palavras de circunstância por parte dos responsáveis políticos”, a associação “reforça que é imperativo que este mesmo risco seja reconhecido formalmente”.

A associação tem defendido que se crie legislação para obrigar o Governo a fiscalizar as condições dos polícias e que se defina, no estatuto profissional ou na lei orgânica da PSP, compensações pelo risco e pelo desgaste da carreira. O comunicado, assinado pela direção nacional da ASPP/PSP, termina dizendo que hoje “é mais um dia negro para a família policial”.

Os dois polícias, que estavam colocados na esquadra de São João da Talha, no concelho de Loures, foram colhidos esta manhã por um comboio entre a Bobadela e Sacavém, durante uma perseguição policial a dois homens suspeitos de terem assaltado uma residência. Segundo um comunicado do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, os detidos têm 17 e 20 anos e estavam já referenciados por roubo e furto. Os suspeitos vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial na quinta-feira, às 10:00, no Tribunal da Comarca de Lisboa Norte, em Loures.

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