A ministra de Estado e das Finanças, Maria Luís Albuquerque, anunciou esta sexta-feira que, em março, Portugal reembolsará seis mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional, o que significará “uma redução muito importante nos juros pagos pelo país”.

“Tivemos a autorização política, foi já aprovado nos [respetivos] parlamentos, onde tem de ser, e estaremos em condições de, no mês de março, fazer uma amortização de seis mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional”, afirmou a governante em Viseu, durante uma sessão política organizada pelo PSD e pelo CDS-PP, sob o lema “Jornadas do Investimento”.

A ministra lembrou que Portugal pediu “a dispensa de reembolso simultâneo de até 14 mil milhões de euros” e que começa esta tranche de seis mil milhões e, em função das circunstâncias, tenciona acelerar tanto quanto possível o remanescente”.

Numa intervenção longa, Maria Luís Albuquerque explicou também que a intenção da atual maioria é, se for eleita para nova legislatura, “gradualmente ir revendo as carreiras” e as progressões e promoções na Administração Pública, acrescentando que “não houve qualquer tipo de castigo”. “O que tivemos de fazer foi um corte forte, rápido e doloroso na despesa do Estado, devido às existências do ajustamento. Já começámos a reverter e tencionamos continuar a reverter”, prometeu a ministra.

Mas a mensagem política também esteve presente no discurso, com farpas para dentro da maioria e também para a troika: “Não devemos ter vergonha de ser bom aluno, e de dizer ‘sim, conseguimos’. Não devemos esconder-nos numa fila de trás porque conseguimos e outros não”. A ministra disse ser “difícil” quando as instituições fazem “discursos um bocadinho contraditórios. Criticam um conjunto de medidas que recomendaram, digamos assim, fortemente. As instituições têm também influência na perceção dos cidadãos”.

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