O norte-americano Warren Buffett tem um conselho para os líderes políticos da zona euro: não recompensem o mau comportamento que estão a tentar erradicar da zona euro. Na análise à crise grega, o famoso investidor – e terceiro homem mais rico do mundo – não se declara a favor da saída da Grécia da zona euro, como fez o antigo presidente da Reserva Federal Alan Greenspan, mas diz que a indefinição em torno da Grécia mostra a “fragilidade do conceito” que está na base da união monetária europeia.

Em entrevista à cadeia televisiva financeira CNBC, citada pelo MarketWatch, Warren Buffett mostrou na segunda-feira ter uma visão maniqueísta da crise grega. O investidor acredita que cabe aos outros países da zona euro decidir se querem ou não fornecer “assistência estrangeira” à Grécia caso o país decida não cumprir as regras que lhe estão a ser impostas.

O que a zona euro não deve fazer é “recompensar” os “maus comportamentos” que os principais líderes políticos da zona euro estão a tentar erradicar, numa alusão ao endividamento público excessivo.

Warren Buffett acredita, contudo, que apesar da “fragilidade do conceito” da zona euro que a Grécia está a tornar evidente, a união monetária deverá sobreviver. Mas o investidor norte-americano, líder da Berkshire Hathaway, avisa que terão de ser feitas alterações à arquitetura da zona euro. Alterações que, em certa medida, se podem comparar às emendas que foram feitas à Constituição dos EUA.

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