Dois campos petrolíferos situados no centro da Líbia foram ocupados nesta terça-feira por islamitas radicais, disse à agência noticiosa AFP o porta-voz dos guardas locais responsáveis pela segurança das instalações. “Extremistas assumiram o controlo dos campos de Al-Bahi e Al-Mabruk, e estão à beira de tomar o campo de Al-Dahra, após a retirada da força que estava encarregada de vigiar estes locais devido à escassez de munições”, declarou o coronel Ali Al-Hassi.

Os campos de Al-Bahi e Al-Mabruk (200 quilómetros a sul de Syrte e 500 quilómetros a leste de Tripoli) estão inativos há várias semanas, devido às violências e ao deficiente funcionamento dos terminais de exportação. O pessoal dos dois campos foi retirado após um primeiro ataque no início de fevereiro, que provocou pelo menos 11 mortos. Este ataque, que não foi reivindicado, foi igualmente atribuído pelos guardas das instalações petrolíferas a islamitas radicais.

O campo de Al-Mabruk é explorado por um consórcio de empresas dirigida pela Companhia líbia de petróleo e no qual também participa o grupo francês Total.

A Líbia é palco desde há várias semanas de uma série de ataques reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI), uma das formações ‘jihadistas” ativas no país do norte de África. O país permanece numa situação caótica e continua a manter dois parlamentos e dois governos rivais, um próximo da coligação de milícias Fajr Líbia e o outro reconhecido pela comunidade internacional e sediado em Tobruk, leste do país.

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