Um mês depois, o governo grego parece já a estar a perder o estado de graça. De acordo com a sondagem divulgada este sábado pelo jornal grego Efimerida Ton Syntakton, a opinião positiva que os gregos têm do executivo de Alex Tsipras caiu para 64%, quando há um mês se fixava em 83,6%, diz a Bloomberg.

Num mês, mais 31,4% de pessoas mostraram-se descontentes com o desempenho do governo liderado pelo partido de esquerda radical Syriza, eleito em janeiro, e que tem Yanis Varoufakis como ministro das Finanças.

A notícia surge depois de o primeiro-ministro ter dito, em entrevista à revista alemã Der Spiegel, que pediu a todos os seus ministros que assumissem uma atitude de “menos palavras e mais ação”. No final, referiu ainda que não quer que a Grécia saia da zona euro, porque “ama a Europa”.

O primeiro-ministro grego pediu ao Banco Central Europeu, na mesma entrevista, que viabilize que a intenção do Estado grego de emitir mais dívida de curto prazo, para que os bancos possam utilizá-la como garantia para nova liquidez. Disse ainda que se isso não acontecesse, a Europa assistira a mais “um thriller” como o que houve “antes de 20 de fevereiro”, o dia da última reunião do Eurogrupo, em que se chegou a um princípio de acordo para iniciar negociações.

Na carta que Yanis Varoufakis enviou ao presidente do Eurogrupo, soube-se que o governo grego pretende utilizar domésticas, estudantes e turistas para combater a evasão fiscal, equipados com sistemas de captação de som e imagem.

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