Joaquim Chissano, antigo presidente de Moçambique, Osvaldo Lopes da Silva, antigo ministro das Finanças de Cabo-Verde, Iko Carreira, general na guerra civil angolana e Pedro Pires, ex-presidente de Cabo Verde. Todos estes destacados líderes africanos passaram pela Casa dos Estudantes do Império (CEI), criada em 1944 por Salazar para “portugalizar” os estudantes vindos das colónias. A CEI funcionou até ao início dos anos 60, altura em que foi encerrada depois de 120 estudantes terem conseguido fugir e regressar aos seus países de origem. Essa fuga foi revisitada pelo jornal The Guardian este fim de semana.

Chissano, Lopes da Silva, Carreira e Pires estavam entre os fugitivos que atravessaram Espanha e partiram de França para se juntarem aos movimentos de libertação para combater as forças portuguesas na Guerra do Ultramar. Depois das independências, tornaram-se figuras proeminentes nos Governos dos respetivos países.

Este ano, a Casa do Império está a ser homenageada pela União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA). No próximo dia 21 de maio, os Paços do Concelho de Lisboa acolherão uma exposição sobre a CEI. Nos dias seguintes (22, 23 e 25 de maio) haverá um colóquio internacional na Fundação Calouste Gulbenkian.

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