Foi um adeus para nunca mais. Alberto João Jardim despediu-se de 37 anos como presidente do Governo Regional da Madeira com uma “sensação de alívio” e sem “problemas de consciência”. Agora, pelo menos por ali, não quer ter mais nada para fazer: “A partir de agora não tenho nada a ver com isto”, disse.

Foi assim que o ex-líder do PSD-Madeira e ainda presidente em funções do Governo Regional se despediu em noite de eleições regionais e na noite em que viu ser eleito para o seu lugar Miguel Albuquerque. Em declarações citadas na Antena 1, pode ouvir-se o desabafo do ex-líder madeirense: “Foi uma vitória por maioria absoluta que era o que eu gostava. Estou satisfeito pelo plano de transição… acabou em cheio”, disse.

E “em cheio” significou uma maioria absoluta do PSD com a eleição de 24 dos 47 deputados regionais. A evolução dos resultados durante o dia ainda preocuparam Alberto João, é que o ex-líder madeirense mudou as regras das eleições criando um ciclo único, o que torna mais difícil maiorias absolutas. Jardim aproveitou o tempo de antena não para dar os parabéns a Miguel Albuquerque – esteve na ilha de Porto Santo e não no Funchal -, mas para dizer que foi uma vitória porque os adversários eram fracos:

“A certa altura estava a ver os resultados e estava preocupado, mas não esperava outro resultado dada a debilidade das listas do PS e do CDS”.

Agora, Alberto João Jardim, que nos últimos dois meses já andou a arrumar as coisas no Governo Regional, disse, a sensação, depois de saber os resultados oficiais foi de “alívio”.

“A partir de agora não tenho nada a ver com isto. É uma sensação de alívio. Se isto não tivesse corrido bem, ainda ficava com problema de consciência”, desabafou.

Alberto João Jardim esteve 37 anos à frente do Governo Regional. Agora a Quinta da Vigia vai ser ocupada por Miguel Albuquerque.

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