O acordo ainda é provisório, mas já foi catalogado de “histórico”. Até ao final de junho os representantes dos sete países, Irão, Estados Unidos, China, Rússia, Alemanha, França, Reino Unido, vão trabalhar no acordo final para que o Irão deixe de produzir armas nucleares. Mas entretanto quais foram as bases gerais do acordo que permitiu às sete potências (a que se juntou a União Europeia) apertarem as mãos?

  • A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) vai ter acesso a todas as instalações nucleares iranianas para poder confirmar atividades passadas e atuais;
  • Os Estados Unidos e a União Europeia vão suspender as sanções económicas que tinham imposto ao Irão assim que a (AIEA) verificar os progressos feitos pelo país para cumprir o acordo. Mas há aqui nuances em relação às sanções. Os Estados Unidos, pela voz do secretário de Estado, John Kerry já avisaram que o acordo tem de se basear em factos e não em promessas e que caso o Irão não cumpra com o prometido, as sanções podem regressar. O Irão garante que vai cumprir com o acordado;
  • A duração é o calcanhar de Aquiles deste acordo. O acordo é para 15 anos, mas apenas nos primeiros dez há restrições mais precisas para a produção nuclear. Nos últimos cinco anos do acordo, o Irão poderá começar a aumentar a produção nuclear e este expira assim que terminarem os 15 anos. Um dos pontos que a oposição a Obama está a aproveitar para criticar o acordo alcançado;
  • Além do prazo, ficou acordado que o Irão iria reduzir a capacidade de produção em dois terços;
  • O Irão vai participar na cooperação internacional no domínio da energia nuclear civil, que pode incluir a disponibilização de reatores de energia e de pesquisa;
  • Apenas a instalação nuclear de Natanz poderá ter capacidades de enriquecimento de urânio;
  • A instalação nuclear de Fordo (Fordow na versão em inglês) vai deixar de produzir plutónio e em vez de ser uma instalação de produção de armas nucleares passará a ser um centro de física e tecnologia de investigação nuclear. Além disso, neste local não serão permitidos materiais físseis;
  • O grande reator em Arak vai ser redesenhado para deixar de produzir armas de plutónio e o que têm armazenado vai ser exportado;

O acordo ainda vai demorar a ficar pronto e de acordo com John Kerry, o Irão poderá demorar seis meses a um ano até cumprir com o acordado. A declaração conjunta poderá ser lida, aqui.

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