Começa esta semana o segundo fórum organizado pelo Banco Central Europeu (BCE), que vai juntar os principais líderes dos Bancos Centrais de todo o mundo, bem como alguns dos mais conceituados economistas. Depois da primeira edição, Sintra volta a ser palco deste encontro, cujos temas serão o desemprego e a inflação na Europa.

Além de Mario Draghi, presidente do BCE, estarão ainda Mark Carney, governador do Banco de Inglaterra, e os seus homólogos do Japão e da China, Haruhiko Kuroda e Zhou Xiaochuan, respetivamente. A grande ausente do encontro será Janet Yellen, presidente da Reserva Federal norte-americana, que será representada pelo número dois da instituição, Stanley Ficher.

O encontro entre os cinco principais bancos centrais – juntos representam mais de metade do PIB do planeta – surge numa altura em que as economias mundiais atravessam ciclos muito diferentes. Na Zona Euro, a “bazuca de Draghi” – uma injeção de 1,1 biliões de euros na economia – está a tentar afastar os fantasmas da baixa inflação e deflação. Os mercados têm reagido positivamente ao plano de Mario Draghi, mas ainda é muito cedo para retirar conclusões.

No Reino Unido e nos Estados Unidos o ar que se respira é outro. A economia britânica e norte-americana têm conhecido sinais de retoma e o recém-reeleito Governo Conservador de Cameron e a Administração Obama preparam-se para começar a subir taxas, o que pode ter impacto noutras economias – Zona Euro incluída.

À semelhança do que acontece com a relação de forças Zona Euro/Reino Unido-Estados Unidos, também os ritmos de crescimento económico são diferentes no Japão e na China. Enquanto a deflação teima em assombrar Tóquio,  a economia de Pequim tem crescido a um ritmo de  7% – revelando, ainda assim, ligeiros sinais de abrandamento. Este encontro revela-se, por isso, decisivo no sentido de encontrar respostas para enfrentar os desafios económicos – e políticos – que deverão afetar as principais economias mundiais nos próximos anos.

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