Diz-se quando alguém está de saída, constituindo uma maneira ofensiva de se despedir“. É este o significado, de acordo com um dicionário de expressões idiomáticas criado pela Universidade do Minho, da expressão utilizada pela Telepizza Portugal para responder a um cliente que utilizou a rede social Twitter para se queixar do facto de a cadeia de pizzarias ter deixado de servir refrigerantes da Coca-Cola e trocado essa marca pela rival Pepsi. “Vai pela sombra”ouviu o cliente, numa resposta que fonte oficial da empresa atribui ao “tom comunicacional amistoso, próximo e humorístico que a marca tem”.

A expressão utilizada pela conta oficial da Telepizza, gerida por uma empresa externa, provocou alguns comentários menos positivos de utilizadores.

Ainda através do Twitter, a Telepizza voltou a retorquir.

A discussão continuou.

Telepizza lamenta mal-entendido

Fonte oficial da Telepizza diz ao Observador que “não se trata aqui de uma atitude de desrespeito ou de ofensa, mesmo estando a falar de uma rede social onde por vezes o discurso é um pouco mais informal”. “Lamentamos que o comentário tenha sido menos bem interpretado do que gostaríamos”, diz a mesma fonte, sublinhando que “tudo não passou de uma brincadeira”.

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Esta não é a primeira vez que se proporcionam, nos últimos anos, interações nas redes sociais pouco felizes entre marcas e utilizadores. No início de 2013, a Sumol+Compal viveu uma situação semelhante quando o gestor da página de Facebook da marca de refrigerantes deu uma resposta politicamente incorrecta. Perante o despedimento coletivo de 70 colaboradores, um utilizador escreveu no perfil da Sumol+Compal que iria considerar “o não consumo de Sumol de Laranja”. A resposta que se seguiu gerou polémica: “Sempre tens o ananás, o limão e o maracujá!“.

https://twitter.com/pereirajoaof/status/289510546288562176

O comentário, recorda o Dinheiro Vivo, chegou a suscitar o alerta de outro utilizador: “[De] Certeza que esta é a página oficial da Sumol? É que dar uma resposta destas a uma crítica de um consumidor é de bradar”. Mais tarde, o gestor da página viria a pedir desculpas, afirmando que “infelizmente a conjuntura atual promove este tipo de situações”. Atualmente, o link para os comentários em questão já não se encontra disponível.

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D.R (Imagem retirada da página www.agenciainbound.com.br)

Dois anos antes, outro caso. Uma utilizadora declarou-se, em outubro de 2011, contra o plano nacional de barragens na página de Facebook da EDP. Em resposta, a empresa escreveu que o comentário ia contra o código de conduta instituído — o qual rejeitava comentários de spam, difamações ou injúrias, segundo o Jornal de Negócios –, pelo que seria forçada a apagá-lo.

A resposta tornou-se viral, à semelhança do que aconteceu com o caso da Sumol+Compal, e fez com que a Energias de Portugal alterasse a privacidade da página e bloqueasse a publicação de comentários de utilizadores da rede social. Mas a instituição não se ficou por aqui e acabou mesmo por suspender o perfil de Facebook.