Só falta a seleção nacional garantir que vai lá estar, porque os jogos vão ser transmitidos em sinal aberto — a RTP revelou que assegurou os direitos televisivos do Campeonato da Europa de 2016. O acordo com a UEFA já estava feito “há bastante tempo”, assegurou ao Observador fonte do canal público de televisão, sendo que esta quarta-feira se deu apenas a “oficialização” do vínculo. O Europeu, que decorrerá em França, realiza-se entre 10 de junho e 10 de julho e ainda não se sabe se Portugal vai lá jogar — a seleção está no primeiro lugar do grupo G, do qual se apuram três equipas.

O Observador tentou saber qual foi a quantia gasta pela RTP para garantir os direitos de transmissão, mas o canal alegou um termo de confidencialidade e respondeu que não pode divulgar os valores. A estação, além da final da competição, deverá transmitir todos os jogos da seleção portuguesa, isto caso Portugal se qualifique para a fase final da prova. Em comunicado, a estação pública disse estar “disponível para sublicenciar a outros operadores de televisão portugueses um pacote de jogos a definir oportunamente”. Ou seja, pode revender estes direitos de transmissão.

A UEFA também confirmou esta quarta-feira que fechou o acordo com a Rede de Transmissão Europeia, que engloba 26 países e respetivos canais de televisão. A entidade que rege o futebol europeu, contudo, não mencionou a RTP ou qualquer outra estação.

O canal de televisão do Estado garante assim os direitos do próximo Europeu, já depois de ter assegurado o mesmo para a Liga dos Campeões. Em novembro, soube-se que a RTP tinha pagado cerca de 15 milhões de euros à UEFA pelos direitos da principal competição europeia de clube para o triénio 2015-2018. A decisão foi tomada por Alberto da Ponte, ex-presidente da estação pública, mas, em fevereiro, a nova administração do canal confirmou que ia manter os direitos, por ser “historicamente um produto da RTP”.

Na altura, a quantia gasta pela estação pública causou alguma polémica. O Conselho Geral Independente (CGI) do canal até acusou a administração de violar o princípio de lealdade, por não ter informado o órgão da decisão de adquirir os direitos da Champions. Luís Marques Guedes, ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, chegou a criticar a decisão, embora, depois, se descobrisse — como o Observador noticiou — que a compra dos direitos de transmissão estava prevista no Contrato de Concessão da RTP.

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