Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • O dia é histórico para a Europa, mas o desfecho da situação da Grécia pode ainda tardar. É o primeiro país de economia avançada a entrar incumprimento, mas isso não significa um default irreversível.

    Esta quarta, pelas 10h30, as propostas de Tsipras voltam a estar em cima da mesa em mais uma reunião do Eurogrupo. Os ministros europeus das Finanças podem dar continuidade às negociações e ao debate.

    O liveblog do Observador regressa pela manhã com novas notícias.

    Obrigada por acompanhar-nos desse lado.

  • "Grécia está em incumprimento", diz FMI

    “Confirmo que o reembolso de 1.5 mil milhões que a Grécia deve ao FMI não foi recebido hoje. Informamos o nosso Quadro Executivo que a Grécia está agora em incumprimento e só pode receber o financiamento do FMI quando o atraso for compensado”, lê-se no comunicado que o FMI enviou para as redações, citando Gerry Rice, director de comunicação do FMI.

    “Posso ainda confirmar que o FMI recebeu hoje um pedido das autoridades gregas para uma extensão do cumprimento do reembolso grego que venceu hoje, que segue agora para o Quadro Executivo do FMI em curso”, diz ainda o documento.

    A Grécia é assim a primeira economia avançada a entrar em incumprimento com o FMI. Mais: é o maior pagamento em falta na história do Fundo Monetário Internacional.

  • O FMI já confirmou que não recebeu o reembolso: a Grécia está oficialmente em incumprimento, avança a Associated Press.

  • Prazo de pagamento termina oficialmente

    É oficial: o prazo para o pagamento do reembolso de cerca de 1.5 mil milhões de euros expirou. A Grécia acaba de perder o acesso ao financiamento existente.

    A dívida devia ter sido saldada até às 22h (23h em Portugal) e Dragasakis pediu esta tarde, na conferência extraordinária da zona euro, o prolongamento do prazo de pagamento até novembro. O adiamento evitava que o país entrasse em incumprimento com o FMI, mas agravaria a situação financeira que já é crítica.

    Com este pedido, a Grécia utiliza uma disposição prevista na carta do FMI que permite “a pedido de um Estado membro” e sem votação “adiar” a data de um reembolso com um limite de 3 a 5 anos, que corresponde à duração dos seus empréstimos.

    Esta disposição foi utilizada duas vezes na história do FMI, ambas em 1992, pela Nicarágua e pela Guiana, ex-Guiana Britânica.

  • Em entrevista à CNN, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, diz que a Grécia entra em incumprimento às 23h.

  • FMI reunido de emergência

    O FMI está reunido esta noite de urgência para avaliar o pedido do Governo grego para o adiamento para novembro do reembolso de 1,6 mil milhões de euros.

  • Governo grego pede novo prazo de pagamento até novembro e admite cancelar o referendo

    A Grécia pediu ao FMI para estender o prazo de pagamento até novembro, revelou o vice-primeiro-ministro Ioannis Dragasakis entrevistado pela televisão pública ERT TV. O pagamento de 1,6 mil milhões de euros deveria ser feito até às 23h de Lisboa.

    Ao mesmo tempo Reuteurs avança que o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, ainda admite cancelar o referendo. A notícia surge depois da conferência extraordinária de hoje entre os ministros das Finanças da zona euro. Se houver um novo empréstimo, o governo grego recua.

  • Grécia: "Estamos a fazer esforço adicional" para ter novo plano

    O primeiro-ministro-adjunto, Yannis Dragasakis, foi à televisão estatal revelar que a Grécia enviou uma carta ao Eurogrupo que “estreita ainda mais as diferenças”.

    “Estamos a fazer um esforço adicional”, disse Dragasakis. “Há seis pontos onde este esforço pode ser feito. Não quero entrar em pormenores mas os temas incluem pensões e mercado de trabalho”.

    Yanis Varoufakis deverá apresentar uma lista de seis pontos aos outros ministros do Eurogrupo, que voltam a falar ao telefone 10h30 de Lisboa, amanhã.

  • Multidão imensa na defesa do "sim" no referendo

  • Eurogrupo recusa proposta de Tsipras. Dijsselbloem: "Novo programa terá condições mais duras"

    A teleconferência dos ministros das Finanças da zona euro já terminou e o presidente da instituição, Jeroen Dijsselbloem, já falou aos jornalistas. Ideia principal: “qualquer novo programa para a Grécia virá com condições mais duras”.

    Como se esperava, os ministros não acolheram a sugestão de Tsipras, como se pode ver pelas declarações do ministro finlandês, Alexander Stubb. Não há possibilidade de um corte na dívida agora, diz o ministro, acrescentando que um novo pacote terá de seguir os “trâmites normais”.

  • Vídeo curto da manifestação pelo "Sim" ao referendo

  • Fundo europeu lamenta que programa grego termine hoje

    Klaus Regling, presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade (a quem a Grécia pede novo programa) mas também do extinto Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (que emprestou à Grécia), diz que “é lamentável que o programa termine hoje sem qualquer acordo subsequente e que os resultados positivos do programa sejam postos em risco”.

    A nota, citada pelo Financial Times, explica que, com o final do programa à meia-noite (23 horas em Lisboa) a tranche de 1,8 mil milhões deixará de estar disponível e os 10,9 mil milhões vocacionados para recapitalização da banca serão cancelados.
    CIxEEoFWoAA0bwu

  • "Ficamos na Europa"

    Milhares de pessoas juntaram-se hoje na Praça Syntagma, em Atenas, numa concentração a favor do “sim” ao referendo do próximo domingo. De acordo com a Bloomberg, que falou com a polícia local, estiveram entre 10 a 12 mil pessoas com cartazes onde se lia “Ficamos na Europa”. Quis a chuva que muitos manifestantes abandonassem o local, mas muitos gregos resistiram. O protesto surge depois da concentração de ontem a favor do “não”, que levou para a rua cerca de 13 mil pessoas.

  • A JSD enviou esta terça-feira uma carta aberta ao secretário-geral do PS, António Costa, questionando-o sobre como votaria no referendo grego de dia 5.

    “A história da Humanidade é, como sabe, uma história de incerteza, de mudanças e de conflito. É uma história de confronto e de discordância, mas é também uma história de convergência, de encontro e de compromisso. Disso são prova os séculos de história da Europa e do nosso próprio país. A nossa participação na construção do projeto europeu tem sido, creio que nisso concordamos, em larga medida positiva. Não será por acaso que tanto o PS como o PSD se mantêm partidos fortemente europeístas.

    A situação que a Grécia, a Zona Euro e o projeto europeu enfrentam é difícil. Não é só fruto de opções políticas erradas mas também de visões diferentes para o futuro deste extraordinário projeto de paz e estabilidade. O povo grego não pode hoje aceder às suas poupanças e pensões, vivendo uma verdadeira emergência social.

    Discordo, como calculará, do rumo seguido pelo governo do Syriza em coligação com os Gregos Independentes, da extrema-direita. Confesso-me confuso, no entanto, com a posição de V. Exa., enquanto secretário-geral do Partido Socialista: não sei se defende que Portugal se deve colocar isoladamente do lado da Grécia ou se, pelo contrário, posicionar-se junto dos restantes parceiros europeus. Não sei eu, nem sabem os eleitores portugueses, que merecem um esclarecimento.

    Na ressaca da eleição do partido liderado por Alexis Tsipras, há meros cinco meses, V. Exa. afirmou (com amplo eco) que “o triunfo do Syriza nas eleições gregas é um sinal de mudança que dá força a Portugal e a outros países europeus para seguirem a mesma linha.

    Contudo, nos últimos dias ziguezagueou e fintou a sua própria opinião, dizendo não só que Tsipras e o Syriza têm combatido a Europa de forma “tonta”, mas ainda que “o governo grego errou ao assumir uma opção estratégica de confrontação às instituições europeias”. Bem sei que compatibilizar o interesse nacional com a sua obsessão em ganhar as eleições não é tarefa fácil. Contudo, para os eleitores é fundamental saberem o que pensa sobre a atual situação grega. É por isso que lhe pergunto – sintética e frontalmente – o seguinte:

    Como votaria no referendo grego?
    Aliás, para que não fuja à pergunta: que apelo fará aos eleitores gregos? Aceitar a proposta dos credores, permitindo a manutenção da atual estratégia europeia, ou votar contra, ao lado do Syriza, continuando o confronto com os restantes países da zona euro?”.

  • Grécia pode cancelar referendo, diz o "The Times of Malta"

    A presidente do Parlamento grego disse esta tarde que não é possível desmarcar um referendo, mas voltam a surgir notícias – agora no Times of Malta – de que este poderá ser cancelado caso seja feita uma oferta que satisfaça o governo grego.

  • Alexis Tsipras e as duras críticas ao referendo (de 2011)

    O Observador recordou, há poucos dias, o referendo de 2011, anunciado pelo então primeiro-ministro Giorgios Papandreou.

    O site GreekReporter recuperou, por ocasião do referendo agora anunciado por Alexis Tsipras, o que o então líder do pequeno partido Syriza dizia a respeito desse referendo: era “uma forma de Papandreou se aguentar no cargo mais algum tempo” e a vontade popular “expressa-se da forma mais democrática através de eleições, não de referendos”.

    Mais recentes são as declarações de Yanis Varoufakis sobre a possibilidade de um referendo, a 19 de maio, quando a própria Alemanha recomendava esse caminho. Yanis Varoufakis dizia-se contra um referendo. “Seria injusto para os cidadãos gregos obrigá-los a tomar uma posição [sobre os termos de um eventual acordo], pedindo-lhes que respondessem sim ou não”, dizia o ministro das Finanças da Grécia há pouco mais de um mês.

  • PS marca distância do Syriza, Governo não comenta metas

    A preocupação do PS é vincar o que o diferencia do Syriza – neste caso, o facto de não ter procurado aliados na União Europeia para uma estratégia que, defende, não deve ser de confrontação. Já o Governo continua a insistir na mensagem de que o país está preparado para uma eventual saída da Grécia da zona euro, mas sem se pronunciar sobre um ponto essencial: tem ou não que rever as previsões de crescimento económico e de poupança de juros para os próximos quatro anos incluídas no Programa de Estabilidade que entregou em abril em Bruxelas.

  • Mais de 80% dos economistas veem Grécia dentro da zona euro no final de 2015

    A agência Bloomberg fez uma sondagem a um vasto conjunto de economistas e descobriu que mais de 80% acreditam que a Grécia continuará a ser um membro da zona euro, pelo menos até final de 2015.

    O que será bom para o país, já que 69% acreditam que se a Grécia ficar na zona euro estará melhor daqui a cinco anos do que se sair.

  • Data mais importante é 20 de julho, diz membro do BCE

    O Observador falou-lhe a este respeito, ontem, neste texto.

  • Tsipras admite (indiretamente) condicionalidade e um memorando

    Alexis Tsipras, que venceu as eleições de 25 de janeiro insurgindo-se contra o “memorando”, não faz qualquer menção às palavras “condicionalidade” e “memorando”, mas diz que o pedido para um novo programa é feito à luz do Tratado do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) e à luz dos seus pontos 12 e 16. O que dizem estes pontos?

    “O MEE poderá prestar apoio a um membro, mediante a sujeição a condicionalidade rígida”, pode ler-se no ponto 12. “Esta condicionalidade pode ir de um programa de ajustamento macroeconómico ao respeito contínuo de condições preestabelecidas”.

1 de 3