Histórico de atualizações
  • O liveblog do Observador despede-se por hoje. Obrigada por acompanhar-nos desse lado. Boa noite.

  • Com os votos todos contados, o Não vence com 61,3% dos votos e o Sim obtém 38,6%.

  • Presidente do Eurogrupo: "Este resultado é muito lamentável"

    O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, foi seco e curto na declaração que publicou há minutos:

    Registo o desfecho do referendo grego. Este resultado é muito lamentável para o futuro da Grécia. Para a recuperação da economia grega, medidas difíceis e reformas são inevitáveis. Vamos agora esperar pelas iniciativas das autoridades gregas. O Eurogrupo discutirá o estado das coisas na terça-feira, 7 de julho”

  • Aí estão as primeiras primeiras páginas dos jornais de amanhã:

  • Martin Schulz: é preciso um programa de ajuda humanitária para a Grécia

    Marin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, voltou a falar sobre o referendo grego, desta vez apelando a um programa de ajuda humanitária para a Grécia.

    Hoje é um dia difícil: existe uma maioria na Grécia e a promessa do primeiro-ministro Tsipras ao povo grego de que com o Não a posição da Grécia para negociar um acordo melhora é, a meu ver, falsa”

    Porque acredito que o povo grego vai ser, durante a semana e todos os dias, numa posição ainda mais difícil, penso que deveríamos amanhã, no mais tardar terça-feira, discutir na cimeira da zona euro um programa de ajuda humanitária para a Grécia.

    Os cidadãos comuns, os pensionistas, os doentes ou as crianças no jardim de infância não devem pagar o preço pela situação dramática em que o país está e a que o governo levou o país agora. Por isso, um programa humanitário é imediatamente necessário e espero que o governo grego faça propostas construtivas e significativas nas próximas horas, permitindo que seja possível e significativo renegociar. Se não, entraremos num período muito difícil e até dramático.”

    Pode ver aqui o comentário completo de Schulz:

  • Guy Verhofstadt: "Uma segunda oportunidade" para Tsipras.

    O líder do grupo Liberal no Parlamento Europeu, Guy Verhofstadt, pede uma segunda oportunidade para Tsipras.

  • Bruno Maçães: Momento de "reconstruir pontes"

    O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Bruno Maçães, pede que se “reconstruam pontes” e apela à reflexão da esquerda quando fica do mesmo lado que Marine Le Pen a festejar o ‘Não’ no referendo grego.

  • BCE vai manter liquidez de emergência na mesma

    O BCE deverá manter inalterado o nível da liquidez de emergência aos bancos gregos, nem o aumentando nem o eliminando para já, segundo a agência Reuters. A agência cita fontes próximas do processo para avançar com esta informação.

    O Conselho de Governadores do BCE vai discutir a situação dos bancos gregos amanhã, segunda-feira. O português Vítor Constâncio disse na sexta-feira que “a única coisa que importa” é que continue a haver uma “perspetiva de acordo entre a Grécia e os credores“. E porquê? Porque, sem alternativas claras para o financiamento (nenhum investidor privado participaria em leilões de dívida), pode ficar em causa a solvência do Estado grego. Um Estado que até já falhou um pagamento de dívida – ao FMI – a 30 de junho.

    E, se a solvência do Estado grego estiver em causa, a solvência dos bancos pode, também, ficar em risco pelo facto de estes terem dívida pública entregue como garantia para os empréstimos recebidos do BCE (por via do banco central grego, por se tratar da plataforma de emergência). Aí, o BCE poderá deixar de ter alternativa porque o seu mandato impede-o de entregar liquidez a bancos que não sejam solventes. Esta limitação legal foi recordada, recentemente, por vários responsáveis do BCE, incluindo o austríaco Ewald Nowotny.

  • Marcelo e as repercussões em Portugal: "Abriu-se uma luzinha de esperança para António Costa"

    O comentador Marcelo Rebelo de Sousa analisou este domingo as implicações do Não grego na política portuguesa, em especial para o Partido Socialista. “Abriu-se uma luzinha de esperança para António Costa”, disse Marcelo, referindo-se ao facto de o líder socialista ter regozijado com a vitória do Syriza em janeiro e ter, depois, mudado o discurso relativamente ao governo grego.

    “António Costa nem sei bem o que é que votaria”, afirmou o comentador, para quem um eventual acordo com a Grécia nos próximos tempos “é favorável a António Costa” na campanha para as legislativas.

  • Eslováquia admite saída da Grécia do euro

    Reação muito dura de Peter Kažimír, ministro das Finanças da Eslováquia, um dos países que mais se tem oposto às posições gregas no Eurogrupo.

    Depois de se manifestar muito desapontado com o resultado, considerou que nada agora será mais fácil:

    A seguir acrescentou que a saída de um país do euro é uma possibilidade real.

  • Tsipras: "Provámos que a democracia não pode ser chantageada"

    Alexis Tsipras diz, em declarações gravadas que estão a ser transmitidas pela televisão estatal, que o seu governo tem, agora, “um mandato para que se chegue a um acordo, não um mandato para uma rutura com a Europa”.

    O primeiro-ministro da Grécia confirma que as partes vão voltar à mesa das negociações amanhã, segunda-feira, e garante que “desta vez, o perdão da dívida estará em cima da mesa”.

  • Antonis Samaras, do Nova Democracia, demite-se

    Antonis Samaras, antigo primeiro-ministro e até este domingo líder do partido Nova Democracia, acaba de se demitir do cargo.

    Entretanto, Stavros Theodorakis, líder do partido To Potami, pede ao governo para que celebre um acordo com os credores em 48 horas, “como prometido”.

  • Merkel e Hollande convocam cimeira europeia de emergência

    Angela Merkel e François Hollande concordam que “a decisão dos gregos tem de ser respeitada“.

    A decisão de convocar uma cimeira europeia para terça-feira para debater este tema foi tomada depois de uma conversa telefónica entre Hollande e Merkel.

  • PCP: "Uma derrota para a UE e o FMI"

    O eurodeputado do PCP João Ferreira considera que “o resultado do referendo na Grécia constitui uma importante derrota para a União Europeia e para o FMI”, criticando a “inaceitável postura do Governo português e do Presidente da República”.

    Em declarações à agência Lusa sobre os resultados provisórios do referendo que são conhecidos – que dão uma vitória ao não –, João Ferreira afirmou que estes constituem “uma importante derrota para a União Europeia e para o FMI, para todos aqueles que representam e atuam em função de intentos e interesses dos grandes grupos económicos e financeiros”.

    “A inaceitável postura do Governo português PSD/CDS e do Presidente da República traduz a sua clara opção de procurar impor a todo o custo a política de direita e branquear as suas responsabilidades pelas suas brutais consequências económicas e sociais”, condenou ainda. O PCP deixou ainda um “alerta para o prosseguimento das manobras daqueles que, com a UE e o FMI, desrespeitando a vontade do povo grego, procurarão impor à Grécia, como impõem a Portugal, a dependência e o desastre económico e social”, sublinhando que aquilo que se impõe é “o respeito da vontade uma vez mais expressa pelo povo grego”.

  • Marcelo: "A Europa vai ser obrigada a tomar uma posição rapidamente. Não é possível estar a tomar uma decisão daqui a não sei quantos dias."

    “Eu estava convencido de que o Sim iria ganhar” foi a primeira frase do comentário semanal de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI. O professor pensa que as declarações de vários responsáveis europeus, conjugadas com a forma como o governo grego tratou o referendo, ajudaram à vitória do Não.

    É uma grande vitória política do governo grego, mas a situação financeira da Grécia não pode ser pior”, disse Marcelo, acrescentando depois que “o governo grego está fortíssimo politicamente.”

    Estas situações abrem caminho para um acordo, que não é fácil. De um lado estão guerrilheiros, do outro lado está um exército convencional.”

    A Europa vai ser obrigada a tomar uma posição rapidamente. Não é possível estar a tomar uma decisão daqui a não sei quantos dias.

    Não existe alternativa a este governo. Se amanhã fosse preciso substituir o Syriza, a Europa tinha de inventar um governo de tecnocratas.”

  • Os Verdes: "Povo grego não se deixou amedrontar"

    O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) saudou a “coragem e dignidade do povo grego” no referendo, esperando que a União Europeia e o FMI compreendam que as políticas foram rejeitadas e que este resultado tenha consequências nas negociações. Em comunicado – e ressalvando que ainda não estão disponibilizados os resultados oficiais do referendo hoje realizado na Grécia – o PEV “saúda e louva a grande coragem e dignidade do povo grego por não se ter deixado amedrontar e por não vergar perante os vergonhosos e insultuosos ultimatos, chantagens, pressões e medos” da União Europeia e do FMI.

    “Os Verdes esperam, agora, que a União Europeia e o FMI compreendam, de uma vez por todas, que as suas políticas foram rejeitadas pelo povo grego, questão que tem que ter consequências nas negociações a realizar doravante”, defendem, esperando que estas sejam “conduzidas em consonância com a expressão da vontade do povo grego e não em função dos interesses dos mercados sem rosto”.

    Com o “não” no referendo, os cidadãos da Grécia rejeitaram a “política de austeridade e de empobrecimento que a União Europeia e o FMI querem impor”, tendo o povo grego reclamado “condições de desenvolvimento do seu país” e negado “uma subserviência catastrófica às imposições das elites europeias e do FMI”.

  • Livre/Tempo de Avançar: "Acabou o tempo dos ultimatos"

    O partido Livre/Tempo de Avançar saudou os gregos pela sua “coragem e dignidade”, considerando que a vitória do ‘não’ no referendo de hoje reforça a posição do governo da Grécia. Em comunicado, o partido saúda também o governo da Grécia “pela forma como, com determinação, se manteve fiel aos princípios da União Europeia: solidariedade e democracia”.

    Para o Livre/Tempo de Avançar, a “vitória clara” do ‘não’ “vem reforçar a posição do governo grego na busca de uma solução para a crise do euro”. “Respeitemos o povo grego e reconstruamos a Europa. Acabou o tempo dos ultimatos. A União Europeia deve agora arrepiar caminho, pôr termo à austeridade e resolver as dívidas públicas numa conferência de todos os países membros com todos os credores”, defende o movimento.

    O Livre/Tempo de Avançar considera que “é também chegada a hora de o governo português abandonar a sua irresponsável posição de inflexibilidade e bloqueio”. “Em nome do interesse nacional e do interesse europeu, Portugal deve estar do lado das soluções: reestruturação dívida e relançamento da economia já!”, lê-se no comunicado.

  • PSD: Governo grego tem "o dever" de apresentar solução

    O vice-presidente do PSD Marco António Costa diz que o resultado no referendo de Atenas, onde tudo aponta para uma vitória do “não”, coloca nas mãos do governo helénico o “dever” de apresentar uma solução para o país.

    “A realidade torna-se muito simples: o referendo coloca agora nas mãos do governo grego a capacidade e o dever de apresentar uma solução para o impasse a que se chegou”, declarou o social-democrata numa declaração sem direito a perguntas feita na sede do partido, na Lapa, em Lisboa. Tal solução, acrescentou o social-democrata, deverá encontrar um equilíbrio entre as “legítimas aspirações dos gregos” mas tendo em conta o “respeito pelas regras da união monetária”,

    “Não é tempo para exaltações, muito menos para precipitações, antes de [haver] diálogo com realismo e responsabilidade”, prosseguiu Marco António Costa. O PSD, “contrariamente a outros, não navega ao sabor dos ventos”, e “mantém inabalável o seu compromisso de projeto europeu”, disse ainda o dirigente social-democrata, lembrando que Atenas continua a viver uma situação de “emergência financeira e social”.

  • Cidadãos alemães manifestam-se na manifestação que, em Atenas, celebra a vitória do “não”.

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  • Manuel Alegre: "Grande lição aos políticos com alma de lacaios"

    O ex-deputado do PS e ex-candidato presidencial Manuel Alegre comentou os resultados conhecidos do referendo grego, classificando este dia de “momento histórico” e de uma “grande lição de coragem e dignidade a toda a Europa e sobretudo aos políticos com alma de lacaios”. “Viva a Grécia”, disse, numa mensagem colocada no Facebook.

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