O número de divórcios na China continuou a aumentar em 2014, para 3,67 milhões, e em 40% dos casos os casamentos duraram menos de três anos, indicam estatísticas divulgadas nesta terça-feira na imprensa oficial. Trata-se de um aumento de 3,9% em relação a 2013 e corresponde a mais do dobro dos divórcios registados há apenas uma década, precisam os dados do Ministério dos Assuntos Civis.

A maioria dos divórcios ocorre entre os casais nascidos na década de 1980, quando o governo chinês impôs à população urbana do país a política de “um casal, um filho”, criando uma geração de filhos únicos conhecidos como “xiao huangdi” (pequenos imperadores).

“Foram muito mimados e por isso têm dificuldade em tolerar e ajustar-se à sua cara-metade”, observou Fang Xiaoyi, diretor do Instituto de Psicologia da Universidade Normal de Pequim, citado pelo China Daily.

Pequim, sede de um município com 21,5 milhões de habitantes e uma área equivalente a metade da Bélgica, ocupa o primeiro lugar, com 55.944 divórcios em 2014 – mais 1.408 do que ano anterior.

Contudo, o número de casamentos na capital chinesa aumentou, para 169.128, mais 5.454 do que em 2013. Pelas contas indicadas na imprensa chinesa, a Rússia é o país com mais elevada incidência de divórcios (4,5 por mil casais), seguida dos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França e Japão.

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